Apoiar a resistência palestina. Fim dos bombardeios e do cerco a Gaza

Enquanto fechamos esta edição, um tenebroso bombardeio das Forças Armadas Israelenses destruiu bairros inteiros em Gaza. A noite de domingo, 22/10, foi uma das noites mais terríveis. Caminhamos para a terceira semana do cerco do Estado sionista de Israel contra o Povo Palestino, que sofre sem água, eletricidade, combustíveis e alimentos. A brutalidade dos Sionistas ficou à mostra com a ordem de evacuação do norte do território, impondo um deslocamento de cerca de 1 milhão de pessoas, bem como no bombardeio do Hospital Árabe Al-Ahli no dia 17/10, assassinando 500 pessoas. A verdade é que Israel transformou Gaza num campo de concentração e quer exterminar os palestinos. Isso não começou hoje. São 75 anos de colonização dos territórios palestinos, mas o povo palestino é heroico e continua resistindo e são milhões de trabalhadores e jovens no mundo que os apoiam ativamente, com imensas passeatas e todo tipo de ações.

Somos milhões e unidos e mobilizados somos mais fortes

O epicentro dos protestos envolve todo o Oriente Médio e os países próximos com gigantescas manifestações. Na Europa, as tentativas de proibir os protestos não surtiram efeito. Ao contrário, produziram uma das maiores marchas recentes da Inglaterra, com manifestações para além de Londres. Na capital se gritava "do rio ao mar, a Palestina será livre". Além de imensas marchas na Alemanha e Barcelona. Nos EUA, ocorrem protestos massivos em apoio ao povo palestino em Nova Iorque, Chicago e Los Angeles. No dia 18/10, um setor de judeus antissionistas muito expressivo (Jewish Voice for Peace) voltou a realizar atos de rua sob a consigna “não em nosso nome”. Eles estavam à frente de uma surpreendente ocupação do Capitólio dos EUA exigindo um cessar-fogo e fim das agressões do exército de Israel em Gaza. Cerca de 500 manifestantes foram presos e gritavam “Palestina livre”, no momento em que Biden está em Tel Aviv e tinha acabado de vetar uma proposta de cessar-fogo humanitário na ONU.

Até mesmo na Cisjordânia palestina, ocupada por Israel e administrada pela ANP (Autoridade Nacional Palestina), ocorreram protestos do povo palestino contra israel. Os manifestantes pediram a saída do presidente da ANP Mahmoud Abbas. E as forças de segurança da ANP reprimiram os manifestantes com bombas de efeito moral e gás.

O povo palestino não é terrorista

A extrema direita - os golpista que desejam um ditadura militar - diz que o povo palestino e suas organizações são terroristas. Isso é fake news bolsonarista. A verdade é que o povo palestino é honesto e batalhador. São nossos irmãos e tiveram seu território roubado. Eles se defendem como podem do genocídio praticado pelos sionistas. Todo ser humano tem o direito de se defender da segregação, apartheid e limpeza étnica. O verdadeiro terrorista é o Estado sionista de Israel.

Infelizmente, essa fake news causa muita confusão entre os trabalhadores e setores populares. Além de servir para tentar criminalizar defensores da Palestina. Mas a verdade é que qualquer povo dominado, pilhado, que tenta resistir e exercer sua autodeterminação ou seus direitos é tratado pelo imperialismo e pelos capitalistas como “terrorista” ou “violento”. Assim eram definidos os lutadores negros da África do Sul que lutavam contra o apartheid colonial branco em seu território. Ou a Frente de Libertação Nacional da Argélia lutando contra o imperialismo francês. Aqui em nosso país, até mesmo a mobilização e ocupação de terras do MST é qualificada assim. E, recentemente, as autoridades cariocas qualificaram a greve dos Garis do Rio de Janeiro de 2022 como “atos de terrorismo, baderna e vandalismo”, enquanto demitem lideranças e colocam policiais contra os piquetes grevistas. Então, trabalhador ou trabalhadora, quando ouvir algum figurão da extrema direita ou a TV Globo usando essa expressão, fique com a pulga atrás da orelha.

Várias capitais e cidades com protestos no Brasil

No Brasil, ocorre uma jornada nacional de manifestações envolvendo mais de 10 estados (SP, RJ, PA, DF, MG, RS, PE, AP, AM e cidades do interior do PR e SC). Estamos nessa unidade de ação, pois ela é em favor do povo palestino, contra os bombardeios e o cerco a Gaza. Exigimos o fim do bombardeio criminoso contra Gaza! Libertação dos/as prisioneiros/as palestinos/as! Defendemos uma Palestina laica, democrática e não racista. Exigimos que a CUT, CTB, UNE, MTST, PT, PCdoB e PSOL convoquem manifestação nacional exigindo o “cessar-fogo humanitário” e a ruptura das relações com Israel, colocando todo seu peso em favor dessa luta.

Exigimos que o governo Lula rompa relações com Israel

O governo brasileiro faz muita propaganda da resolução do “cessar-fogo” temporário apresentada na ONU, texto que foi barrado pelos EUA. É importante refletir que até essa limitada resolução não foi aprovada, mostrando que a ONU é um organismo controlado pelos EUA e atua em favor do Estado de Israel. Após esse episódio não podemos ficar parados. O governo Lula tem peso internacional e por isso perguntamos: porque não rompe relações diplomáticas, econômicas e militares com Israel? Isso teria forte impacto, mas Lula não se dispõe a isso. Então devemos construir mobilizações unificadas para exigir do governo Lula a ruptura de relações com Israel.

Pelo fim dos acordos militares com Israel

Com a ruptura das relações ainda teríamos uma outra vantagem: paralisamos o treinamento militar israelense para o BOPE, compra de metralhadoras sionistas para a ROTA e aquisição de blindados como o Caveirão. Treinamento e equipamentos israelenses usados para reprimir o povo negro nas favelas. Romper relações já!

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