Lutar contra o ajuste fiscal e o fim da escala 6×1 | Combate Socialista N°194

Editorial Combate Socialista nº 194
O preço do café, legumes e carne tem tirado o sono da população. Somado a essa alta de preços está o reajuste, bem acima da inflação, do preço das passagens. Reajustes concedidos por governadores e prefeitos ou da Frente ampla como o caso de Eduardo Paes (PSD) prefeito do Rio de janeiro ou da extrema direita como é o caso de Tarcísio de Freitas (Republicanos) governador de São Paulo. Quando é para ajustar estão todos juntos.
Enquanto os alimentos e as tarifas e a inflação da cesta básica ficou 14,2% mais cara em 2024 o reajuste do salário mínimo não passou de 7,5%, um aumento irrisório perto das necessidades básicas de um trabalhador e muito longe do que deveria ser o seu valor real conforme indicado pelo Dieese (R$ 7.156,15 ).
Pelo fim do arcabouço fiscal de Lula /Alckmin
Com a aprovação do pacote fiscal no final de 2024, que impôs cortes em investimentos em saúde, educação, serviço público, e reajuste salarial dos servidores, atingindo também o BPC, o abono salarial e o Fundeb, a situação só piorou. Esse pacote de maldade foi aprovado com o apoio da ampla maioria da Câmara e do Senado, que acaba de eleger seus presidentes com os votos do PT, PCdoB e dos partidos da extrema direita. Do PT ao PL todos votaram para ajustar as contas na costa dos trabalhadores, com objetivo de manter a sangria do orçamento da união para pagar juros e amortização da dívida pública aos banqueiros.
Seguir o exemplo dos indígenas e educadores do Pará.
Em meio a essa situação a educação do Pará em greve e os indígenas, que ocupam a secretaria de educação, tem sido um exemplo de luta, que tem obrigado o governo Helder Barbalho (MDB) a recuar. As mulheres já estão se organizando para construir fortes atos no dia 8 de março, em meio ao aumento dos feminicídios e ataques aos direitos reprodutivos. Os trabalhadores já prepararam um novo dia de luta pelo fim da escala 6×1 no dia 16 de fevereiro, data que deve ser construída e apoiada por todos. A educação em várias partes do país está se organizando para enfrentar as retiradas de direitos. Enquanto os servidores federais seguem insatisfeitos com o fato do governo não cumprir o acordo da última greve.
As direções das centrais sindicais se calam diante do ajuste fiscal
Mesmo com o ajuste afetando os trabalhadores, as centrais sindicais como CUT,CTB, Força sindical e UGT nada fazem para enfrentar essa situação. Pelo contrário, o site da CUT parece uma extensão da SECOM do governo. Isso ocorre porque essas direções não atuam com independência do governo Lula/Alckmin. Temos importantes processos, como a luta da educação do Pará, os atos de 16 de fevereiro e o 8 de março e não vemos essas direções ser parte da construção desses processos. Por isso exigimos dessas direções a construção dessas atividades de forma unitária e que incorporem a luta pelo fim do arcabouço fiscal e da escala 6×1. Ao mesmo tempo propomos a instalação de um fórum de lutas para dar continuidade a esse calendário de mobilização.
Por um programa a serviço da classe trabalhadora.
Defendemos propostas emergenciais para atender as demandas sociais da classe trabalhadora, impulsionar e unificar as lutas e greves em curso. Lutamos pela construção de uma esquerda independente, sem atrelamento a banqueiros e patrões, independente da frente ampla de Lula, da extrema direita, de governadores e prefeitos. Venha somar com a CST e batalharmos juntos por um programa alternativo e por um governo da classe trabalhadora, sem patrões, e um Brasil socialista!
Fim do Arcabouço Fiscal do governo Lula-Alckmin! Fim da escala 6×1! Por 36 horas semanais de trabalho! Pelo não pagamento da dívida externa e interna! Verbas para salário, serviços públicos e não para banqueiros, multinacionais e agronegócio! Taxação das grandes fortunas! Contra a privatização da educação! Abaixo aos aumentos das tarifas de transporte! Fim das chacinas policiais e pela legalização das drogas! Aborto legal, seguro e gratuito! Fim dos feminicídios! Por direitos das mulheres e da população LGTBQIAP+ e pessoas com deficiência! Emergência climática e ambiental!