Exitoso giro da Deputada Nacional da Argentina pela FIT-U, Mônica Schlottauer, em SP

Por Rana Agarriberri e Rosi Messias – CST-UIT-QI

No final de semana dos dias 29 e 30 de março, a companheira Mônica Schlottauer, que está Deputada Nacional na Argentina pela FIT-U, esteve em SP para uma atividade feminista com a CST. Aproveitando o calendário de lutas, Mônica se somou à agenda de eventos da capital. No sábado pela
manhã, participou do Seminário da Frente Estadual Pela Legalização do Aborto SP e ressaltou o exemplo das hermanas argentinas, que, com mobilização, conseguiram arrancar a legalização do aborto. Conquista esta que vem sendo ameaçada pelo governo de extrema direita de Milei, e há muitas mobilizações em todo país, processo esse acompanhado de perto pela Izquierda Socialista,
partido irmão da CST naquele país.

À tarde, Mônica esteve no ato do Dia da Terra Palestina, chamado pela Frente Palestina de SP. A manifestação saiu da praça Oswaldo Cruz e contou com uma forte agitação exigindo o fim do genocídio e que Lula rompa as relações políticas, econômicas e militares com Israel. No meio da tarde
iniciamos nossa Plenária na sede da CST, “A Luta das Mulheres Contra Trump, as Extremas Direitas e os Governos Capitalistas”, que além da Mônica na mesa contou com a participação da companheira Lorena Fernandes, professora e dirigente da Apoesp. A atividade contou com professores,
metroviários e jovens que ouviram e discutiram sobre a situação extrema imposta por Milei à classe trabalhadora. Estiveram presentes também delegações do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Belém.

A companheira Mônica trouxe dados chocantes, como a estatística de que 7 em cada 10 jovens argentinos só fazem uma refeição por dia, e que, devido aos ataques da extrema direita aos serviços públicos, hoje faltam insumos básicos, como morfina, nos hospitais. Isso justifica toda indignação e
explosão das massas nas ruas.

Mônica também relembrou que em seu país havia polêmicas sobre defender a legalização do aborto nas campanhas eleitorais, porque isso supostamente “tirava voto”. Mesmo com os desafios, a Izquierda Socialista seguiu coerente com seu programa defendendo os direitos reprodutivos das mulheres. De forma semelhante, no Brasil a Frente Ampla também escondeu a pauta da legalização do aborto em todas suas candidaturas majoritárias.

Outro ponto abordado foi a cumplicidade do Peronismo diante dos ataques de Milei. Apesar do discurso de oposição, o Peronismo sempre dá a Milei os votos necessários para aprovar os ajustes contra os trabalhadores. Essa prática infelizmente também se repete no Brasil, com a Frente Ampla se
alinhando com a extrema direita para aprovar o ajuste, como foi o caso do Arcabouço Fiscal, o Plano Safra e a votação da urgência do PL1904 (gravidez infantil).

A plenária contou com várias intervenções dos trabalhadores e da juventude, que fizeram perguntas e colaboraram na discussão. A companheira Monica, que é dirigente ferroviária, defendeu a importância da mobilização e o embate contra o ceticismo difundido pelas organizações reformistas e ratificou que é necessário lutarmos por um programa alternativo da classe trabalhadora que aponte saídas de fundo e que para isso devemos nos organizar e construir partidos revolucionários, e que este debate que fazemos aqui em São Paulo é um passo importante para nos fortalecermos e construirmos esta alternativa.

No domingo Mônica se somou ao ato pelo “Sem Anistia”, chamado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. A decisão do STF de tornar Bolsonaro réu, juntamente com outros 7 aliados, ajudou a engrossar o ato.

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