Chapa impulsionada por militantes do Combate vence eleições no SINTUFF.

Por Pedro Rosa e Wagner Peres – militantes do Combate e coordenadores eleitos.
A Chapa 1 – A luta continua – foi a grande vitoriosa nas eleições do SINTUFF para a Coordenação Geral e o Conselho Fiscal, com expressiva votação e importante respaldo da categoria. Para a Coordenação, a Chapa 1 conquistou 725 votos (64,67%), contra 396 votos (35,33%) da Chapa 2 – SINTUFF Presente. A nova gestão do SINTUFF para o biênio 2025-2027 será composta por 12 coordenadores(as) e 3 suplentes da Chapa 1, enquanto a Chapa 2 ocupará 7 coordenações e 2 suplências.
Mesmo diante do programa de gestão com centenas de servidores em trabalho híbrido, as eleições deste ano representaram um avanço significativo na mobilização da base: 1140 filiados(as) participaram do pleito, número que representa um crescimento de mais de 15% em relação à votação de 2023. Esse aumento foi especialmente expressivo no Hospital Antônio Pedro, onde, apesar da redução contínua do número de servidores(as) devido à ausência de concurso público, houve crescimento nas filiações e na participação eleitoral.
A vitória da Chapa 1 tem um significado político profundo. Enfrentamos e vencemos a candidatura impulsionada pelo setor majoritário da FASUBRA – bloco formado por CUT, CTB, Taes na Luta e apoiado pela Unidade Popular. Essa composição buscava manter a lógica de adaptação aos governos e reitorias, defendendo um sindicalismo submisso, alinhado à conciliação. Enquanto isso, a chapa 1 era composta pelo Combate Sindical, da Frente Base e independentes, que defendem outro modelo de sindicalismo, com independência política. A categoria votou por manter o sindicato com esse perfil combativo.
Chamou a atenção que os companheiros do TAEs na Luta saíram em unidade com a Unir (CUT), mesmo sendo a eleição para a diretoria de forma proporcional. Além disso, os companheiros da Unidade Popular que na juventude defendem um pólo alternativo, terminaram apoiando a ala governista no SINTUFF.
A vitória da Chapa 1, foi expressiva tanto em ativos quanto em aposentados. Importante dizer que todos os materiais e custos das chapas são financiados pelo SINTUFF, garantindo absoluta igualdade de condições entre as chapas concorrentes e que a base decida qual a política deve seguir na entidade.
A Chapa 1 foi firme na defesa de um sindicalismo combativo, independente dos governos e reitorias, centrado na mobilização da base, na democracia sindical e na defesa intransigente dos direitos dos(as) trabalhadores(as). Essa linha política foi o eixo do debate travado durante a campanha, e foi referendada nas urnas por ampla maioria. A vitória da Chapa 1 expressa o fortalecimento da corrente que defende a autonomia do movimento sindical frente a qualquer governo, reafirmando que os direitos dos(as) técnicos-administrativos(as) em educação só avançam com luta, organização e independência.
Seguiremos firmes na construção de um SINTUFF combativo, democrático e enraizado nas lutas da base. A luta continua! Essa nova gestão será mais um instrumento a serviço da luta contra o arcabouço fiscal do governo Lula/Alckmin e pelo fim do pagamento da dívida pública.