Por Isadora Bueno – Juventude Vamos à Luta SP e Laís Sathler – Juventude Vamos à Luta RJ

No momento de fechamento desta edição do jornal, somos surpreendidos pelo anúncio de que Trump vai impor a maior taxa tarifária para o Brasil, de 50%. Essa política econômica, como ele mesmo deixa evidente, está a serviço de proteger Bolsonaro e sua família dos julgamentos pela intentona golpista. Uma expressão da unidade entre a extrema-direita mundial para fazer com que nós paguemos a conta da crise que os capitalistas causaram.
A verdade é que, como defendemos na nossa tese ao 60º CONUNE, o governo de extrema-direita de Donald Trump quer impor uma nova ordem mundial a serviço dos bilionários. Seu projeto contrarrevolucionário é voltado contra a classe trabalhadora, mulheres, negros e negras, imigrantes e LGBTQIA+. Ele deseja o extermínio do povo palestino e aprofunda a catástrofe ambiental capitalista.

Somos parte dos que querem criar mais desordem

Enquanto Trump tenta nos enfiar goela abaixo seu projeto de destruição para gerar mais lucros, nós estamos ao lado daqueles que estão lutando para impedi-lo. Nesse sentido, acreditamos que é preciso seguir o exemplo das juventudes ao redor do mundo que vêm enfrentando essa política para garantir seus direitos.
Nos Estados Unidos, os jovens se unificam aos trabalhadores imigrantes e lutam por seus direitos e pelo povo palestino. Grandes manifestações em mais de mil cidades enfrentam os projetos ultrarreacionários. Em Nova Iorque, Washington, Boston e Chicago, os manifestantes gritam para que Trump tire suas patas de nossos direitos e de Gaza.
A partir da luta e das expressões contrárias à política de Trump e dos sionistas, como as queimas de diplomas de importantes universidades do país, foi possível que Mahmoud Khalil fosse solto, para o qual fizemos uma campanha permanente. Uma vitória da luta pela Palestina.
Na América Latina, temos dois exemplos fundamentais: a luta dos jovens panamenhos e argentinos. Em ambos os países, a juventude se unifica à classe trabalhadora a fim de dar fim às políticas e governos de extrema-direita de Mulino e Milei, que são lambe-botas do imperialismo ianque e entregam tudo a Trump. Tivemos imensas greves que demonstraram a disposição para a luta e a importância da unidade operário-estudantil.

Seguir em defesa do povo palestino

Somos a geração que participa das maiores mobilizações em apoio à Palestina da história! Depois de quase oitenta anos de invasão sionista, o povo palestino segue resistindo e a solidariedade mundial cresce cada vez mais. As mobilizações em todo o planeta têm se massificado e as iniciativas por ajuda humanitária e em apoio igualmente se multiplicam: exemplo foi a marcha do Egito do dia 15/06 e a Flotilha da Liberdade, da qual participaram Greta Thunberg e Thiago Ávila.
No Brasil, os últimos atos reivindicavam do governo Lula que rompa relações com o Estado nazissionista de Israel. Em São Paulo, com esse mote, a Avenida Paulista juntou mais de 30 mil manifestantes. Nós da Juventude Vamos à Luta nos somamos a essa exigência! O governo Lula deve romper todas as relações com Israel e as universidades precisam acabar com seus acordos acadêmicos com quaisquer instituições israelenses, responsáveis pelo genocídio do povo palestino.

Seja da juventude internacional do socialismo e da revolução!

Como os exemplos internacionais escancaram, é possível enfrentar a extrema-direita e transformar o mundo! A juventude tem sido protagonista nesse processo em muitos países. Nós, da Juventude Vamos à Luta, estamos nessa batalha no Brasil e no mundo. Conheça nossa juventude e milite conosco para criar mais desordem! Contra Trump, a extrema-direita e os capitalistas!