Seguir nas Ruas Contra o Tarifaço de Trump!
Lorena Fernandes e Rosi Messias – Coordenação Nacional da CST
O magnata do caos e representante da ultradireita imperialista, Donald Trump, volta seus ataques ao Brasil ao propor uma tarifa de 50% nas relações comerciais com o país. Essa imposição acontece em meio às articulações feitas por Eduardo Bolsonaro nos EUA para buscar uma intervenção que preserve Bolsonaro e os golpistas de 8 de janeiro. Esse é um ataque gravíssimo, que utiliza a chantagem econômica como arma política sobre um país da América Latina. Essa medida não é isolada. Enquanto Trump ataca a classe trabalhadora, a juventude e os imigrantes nos EUA, também é o grande financiador do holocausto palestino.
Vale lembrar que os EUA já desfrutam das riquezas do Brasil por meio da dívida externa e interna com os banqueiros, que o governo paga religiosamente. Os ianques também têm uma larga vantagem, pois exportamos produtos como laranja, petróleo e café e importamos itens de maior valor agregado, como combustíveis e aeronaves. A burguesia brasileira, subordinada ao imperialismo, lucra com essa relação de dependência. Essa relação parasitária impõe perdas ao país, que poderia produzir esses bens e baratear o preço dos produtos.
O governo Lula-Alckmin não é consequente no enfrentamento a Trump
Diante desse ataque, o governo da Frente Ampla de Lula/Alckmin não adota uma postura de enfrentamento. Apesar das declarações ou do deboche de Lula ao imitar o “bananinha” pedindo “socorro” a Trump, Lula se limitou a regulamentar a Lei Brasileira de Reciprocidade Econômica, porém sem nenhuma medida concreta, apenas buscando negociações com a Casa Branca, que até agora trata o Brasil com desprezo. Os Estados Unidos estão de olho nas reservas brasileiras de terras raras, elementos fundamentais para setores ligados à transição energética, defesa e produção de semicondutores, tentando condicionar um alívio das tarifas ao acesso a esses minerais.
Essa postura não é casual: é consequência da natureza de classe do governo, atrelado ao agronegócio, ao capital financeiro e aos interesses da burguesia, sem independência frente ao imperialismo.
As Centrais Sindicais, FPSM e Brasil Popular devem chamar uma Jornada de Lutas!
Os atos do dia 10/07 demonstraram a disposição da juventude e dos trabalhadores de lutar contra os ataques do imperialismo de Trump e da extrema direita. O povo se mobilizou, levantando as bandeiras do “Sem Anistia”, pelo fim da escala 6×1, pela taxação das grandes fortunas e contra o Centrão reacionário. Foi uma expressão do sentimento anti-imperialista que cresce nas ruas. Nós, da CST, exigimos que a FPSM, Brasil Popular, CUT, CTB e UNE convoquem uma grande jornada de lutas contra o tarifaço de Trump. É preciso dar continuidade à mobilização. Defendemos a unidade na luta para enfrentar Trump, mantendo nossa independência política. Lutamos por um governo da classe trabalhadora, sem patrões, e por um Brasil socialista. Unidade anti-imperialista latino-americana rumo a uma Federação das Repúblicas Socialistas da América Latina.
