Por Hunter Barros e Jeane Carla – Juventude Vamos à Luta

De 16 a 20/07 ocorreu o 60º Congresso da UNE. A Juventude Vamos à Luta esteve com a tese “Fora da Ordem: contra Trump e a extrema-direita”, batalhando pela unidade da oposição contra a direção majoritária. Propusemos um calendário de lutas para 11/08 contra o imperialismo de Trump, em defesa da Palestina, contra o arcabouço fiscal e plano safra de Lula/Alckmin.

A juventude quer lutar contra o imperialismo e por uma Palestina Livre!

O Congresso expressou essa disposição de luta. A majoritária da UNE (UJS, JPT, LPJ e aliados da JSM) foi obrigada a convocar um ato unitário contra o imperialismo e em solidariedade à Palestina. A tese Fora da Ordem esteve nesse ato exigindo do governo Lula/Alckmin: enfrentamento ao tarifaço de Trump, expulsão do embaixador dos EUA, ruptura com Israel, fim do plano safra e do arcabouço fiscal.

A vitoriosa unidade da oposição!

No congresso da UNE, a oposição unificada (Correnteza, Juntos, PCBR, PCB, Rebeldia, Ecoar, Pajeú, JCA e Vamos à Luta) se efetivou contra a majoritária. Defendemos essa unidade como um acerto que fortalece a luta por uma nova direção na UNE, capaz de organizar os estudantes em cada universidade. O congresso apresentou duas chapas, algo que não ocorria há muito tempo: de um lado, a majoritária que quer fazer da UNE um braço do governo federal; de outro, a oposição que quer mobilizar contra os ataques do governo Lula/Alckmin.

Juventude Sem Medo na chapa da UJS/PCdoB

Nos últimos CONUNE’s havia uma “coluna do meio” que sustentava o burocratismo da UJS/PCdoB. Agora, a Juventude Sem Medo (Afronte, Travessia, Rua, Fogo no Pavio e Manifesta) integrou a chapa majoritária. Consolida-se uma nova maioria governista e imobilista na UNE, atuando como braço do governo Lula-Alckmin no movimento estudantil.

Oposição unificada: o terror da pelegada!

É positivo o surgimento de uma oposição unificada, reunindo quem está disposto a lutar. A tarefa agora é manter a unidade em cada universidade para organizar a mobilização pela base contra o Arcabouço Fiscal de Lula, por uma real recomposição orçamentária das universidades. E fazer as lutas que a direção majoritária da UNE não faz.

Rebeldia/PSTU se somou à oposição unificada

No último congresso da UNE, de 2023, os camaradas do Rebeldia/PSTU apenas votaram na chapa da oposição, recusando a unidade das oposições. No atual CONUNE, o Rebeldia/PSTU não demonstrou uma linha consequente pela oposição unificada e, em alguns momentos, esteve próximo das posições do Faísca/MRT. Mas, na reta final, somou-se à chapa unificada da oposição. Apesar de ser uma definição tardia, avaliamos essa posição de forma positiva. Infelizmente, o Rebeldia/PSTU protagonizou um episódio lamentável: usou spray de pimenta contra os camaradas do Faísca/MRT. Uma atitude desnecessária que criticamos. Esse episódio afetou muitos estudantes e prejudicou a intervenção da oposição unificada.

Os camaradas do Faísca/MRT precisam refletir

Os camaradas do Faísca/MRT se autoproclamaram com iniciativas que não ajudaram na unidade, como a equivocada ruptura com o ato contra o imperialismo e a Palestina Livre. Não deram a batalha unificada contra o burocratismo e o imobilismo da majoritária da UNE. Especularam com uma chapa das forças mais à esquerda, uma linha sectária que dividiria a oposição unificada. Felizmente, a realidade do congresso se impôs. O Faísca/MRT repetiu a linha do Rebeldia/PSTU no CONUNE de 2023: retiraram sua chapa e chamaram voto na chapa da oposição unificada. Isso prova que sua caracterização contra o Vamos à Luta e a CST, afirmando que a oposição unificada de 2023 seria “oposição que o governo gosta”, não passou de uma política ultraesquerdista.

O Faísca/MRT terminou votando na chapa da oposição unificada, que antes criticavam. Uma contradição que merece uma explicação política. Chamamos os companheires a refletirem sobre sua posição e atitudes, visto que são um setor combativo importante. Sua atuação pode ajudar na unidade da esquerda. Esperamos que, nos próximos fóruns, os camaradas do Faísca/MRT estejam dentro da oposição unificada.

Após o CONUNE, organizar a luta em cada universidade!

Chamamos você, estudante, a seguir a batalha em cada campus. A juventude Vamos à Luta fará calouradas para mobilizar contra a extrema direita, o Arcabouço Fiscal e o Plano Safra de Lula, além de cobrar dos DCEs, CAs/DAs e da UNE a construção do dia 11/08 como jornada de luta contra os cortes e por recomposição orçamentária.

Plenária Internacionalista no CONUNE com Pili Barbas

Por Andressa Rocha e Jeane Carla – Comissão Nacional de Juventude

A tese “Fora da Ordem: Contra Trump e a extrema-direita” reafirmou seu caráter internacionalista com a presença de Pili Barbas, dirigente da Juventude de Izquierda Socialista, nosso partido-irmão na Argentina.

Pili participou dos debates e atos do CONUNE e foi convidada de nossa plenária de juventude, onde apresentou a luta contra o governo Milei e saudou a unificação da oposição contra a burocracia da UNE, a ultradireita e os cortes de Lula. Destacou a mobilização estudantil argentina, que exige uma terceira marcha da educação por mais verbas e contra os pagamentos ao FMI. Sua mensagem final foi explícita: para derrotar a extrema-direita, é preciso muita mobilização nas ruas!