Palestina livre já: todo apoio à nova Flotilha Sumud!

A situação em Gaza atinge níveis insuportáveis. Em quase dois anos de intensificação do holocausto televisionado, a própria ONU reconheceu oficialmente que o povo palestino vive uma situação de fome generalizada. Nas últimas semanas, dois crimes bárbaros simbolizaram a monstruosidade do Estado de Israel: Suleiman al-Obeid, o “Pelé palestino”, e Mohammed Shaalan, jogador de basquete, foram metralhados pelo exército nazista israelense em Gaza enquanto esperavam em filas por comida e medicamentos para suas famílias. O Estado de Israel é nazista e leva adiante um holocausto contra o povo palestino.

Diante dessa barbárie, é necessário intensificar as ações de solidariedade internacional e fortalecer a resistência palestina. Nesse marco, está sendo construída uma nova e poderosa iniciativa: a Flotilha Sumud (palavra árabe que significa perseverança inabalável). Essa será a maior das Flotilhas já organizada, com ativistas de 44 países. O navio principal parte da Espanha em 31 de agosto e se encontrará com outras embarcações na Tunísia em 4 de setembro, num verdadeiro levante marítimo contra o bloqueio criminoso imposto pelos nazi-sionistas de Israel.

A Flotilha Sumud é fruto da articulação de uma ampla coalizão internacional, que reúne a Flotilha do Magreb, a Coalizão da Flotilha da Liberdade, o Movimento Global para Gaza e a Sumud Nusantara. A Flotilha contará com uma delegação latino-americana, mostrando que a luta palestina é sentida e apoiada em nosso continente.

Essa nova iniciativa expressa a força de milhões de pessoas que gritam pelo mundo: “Não ao genocídio! Abram as fronteiras!”. É uma ação que dá continuidade a anos de resistência e merece todo o nosso apoio ativo e militante.

Desde a CST/UIT-QI, apoiamos fortemente a Flotilha Sumud e chamamos a intensificar todas as mobilizações em apoio à Palestina. Já ficou demonstrado que o exército nazista israelense fará de tudo para impedir a chegada da ajuda humanitária, como aconteceu na Flotilha Madleen, que teve a participação de Greta Thunberg e do ativista brasileiro Thiago Ávila. A embarcação foi interceptada, os ativistas detidos e deportados. Isso só reforça a necessidade de ações de apoio em todo o mundo.

Nacionalizar as mobilizações em apoio à Flotilha Sumud e pelo Rompimento com Israel! 

Aqui no Brasil, é urgente transformar esse apoio em mobilização concreta. É preciso que as centrais sindicais (CUT, CTB), a UNE, os movimentos sociais e os partidos de esquerda joguem todo o seu peso na construção das mobilizações nas ruas. Chamamos desde já a construir o dia 13 de setembro como uma jornada nacionalizada de apoio à Flotilha Sumud e que exija do governo Lula a ruptura de todas as relações com o Estado Nazi-sionista de Israel.

O governo brasileiro anunciou que não venderá mais armas a Israel, mas segue comprando armas e tecnologia militar israelense. A Petrobrás segue vendendo petróleo para Israel, com um salto de 51% em 2024, em pleno genocídio! É urgente fortalecer as mobilizações para termos um novo de 15 de junho, quando mais de 30 mil marcharam em São Paulo pelo fim das relações com Israel.

Nós, da CST/UIT-QI, fazemos parte deste movimento global de apoio à resistência palestina. Apoiamos com entusiasmo a Flotilha Sumud e convocamos a construir mobilizações em todos os países para exigir que os governos rompam imediatamente com Israel e imponham um bloqueio econômico e militar ao Estado nazi-sionista. É preciso garantir a entrada imediata de alimentos, água, medicamentos e profissionais de saúde em Gaza, romper o bloqueio, parar os bombardeios e deter a fome que já matou mais de 61 mil palestinos.

Fora Israel de Gaza! Vamos à luta até a derrota do cerco sionista! Por uma Palestina livre, laica, democrática e não racista! Palestina livre já, do rio ao mar! 

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Em memória de Anas Al-Sharif e todos jornalistas martirizados por Israel.

Em 10/08, um bombardeio do exército nazista de Israel matou Anas Al-Sharif e outros cinco jornalistas do canal Al-Jazeera. Al-Sharif, jovem repórter palestino amado pelo povo de Gaza, dedicou sua vida a mostrar ao mundo o holocausto cometido por Israel. Desde outubro de 2023, mais de 240 jornalistas já foram assassinados em Gaza e na Cisjordânia, um número superior ao de mortes de jornalistas na Primeira e Segunda Guerra Mundial combinadas. Em sua mensagem póstuma, Al-Sharif descreveu a Palestina como o coração de cada pessoa livre neste mundo. Seu legado é inspiração para fortalecer a resistência palestina em Gaza e no mundo. Israel jamais será capaz de deter a resistência palestina.

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