A frente ampla não é a saída: é necessário uma alternativa de esquerda
Por Laís Sathler, coordenação da CST
No dia 23 de agosto nos reunimos em nossa sede no RJ para o debate “A frente ampla não é a saída”. Nele, Bárbara Sinedino apresentou a gravidade das políticas de Trump e da extrema direita, na tentativa de impor uma Nova Ordem Mundial. Destacamos o genocídio que ocorre contra o povo palestino e ao fato do governo Lula manter as relações com o estado nazissionista de Israel.
Em relação ao tarifaço, destacamos a postura subserviente do governo, que faz negociações das terras raras brasileiras com o governo Trump, e não aplica a lei de reciprocidade, que taxaria de volta produtos dos EUA, medida que vai de encontro à aprovação do PL da Devastação, que visa atender às multinacionais que exploram nossos biomas.
Apesar de provocações verbais, Lula não atua para enfrentar Trump, e aplica 30 bilhões para salvar os empresários com a PEC Soberana, revelando que, na política de Lula, tem dinheiro para os empresários, mas não para os trabalhadores. Isso também ficou expresso nas falas de trabalhadores dos Correios e de TAEs, que denunciaram a falta de intenção das direções, que são governistas, de mobilizar as categorias para lutar por salário e pelo cumprimento dos acordos da greve dos TAEs do ano passado.
Debatemos também o fato de que a extrema direita também tem em Bolsonaro o seu representante, e o quanto é grave que, durante o julgamento de Bolsonaro, não haja nenhuma mobilização convocada para, nas ruas, conquistarmos a sua condenação. Com isso, o governo, os partidos e as direções apontam que as soluções são confiar no STF e “votar certo” nas longínquas eleições de 2026. Essa política desarma nossa classe e prepara derrotas.
Debatemos também que nenhum imperialismo é bom, e que é incorreta a posição de organizações que vangloriam aproximações com o imperialismo chinês. Por fim, convidamos a fortalecer a CST como uma alternativa de esquerda. Convocamos todes presentes para o grito dos excluídos, gravamos vídeo de apoio à Flotilha Sumud e também uma foto da campanha por justiça pelo gari Laudemir, brutalmente assassinado.