Por Adriano Dias, militante da CST

As negociações da campanha salarial dos correios estão em um impasse porque foram suspensas quase um mês (agora anunciam o retorno no dia 9\09) sem nenhuma resposta sobre a pauta da categoria. Isso é um absurdo e mostra como o governo Lula e a empresa não estão nem aí para a situação dos trabalhadores ecetistas. A situação de falta de tudo nas unidades, a precariedade nos locais de trabalho, a suspensão de férias, o não chamamento dos concursados e o cancelamento do atendimento do plano de saúde em muitos lugares comprova essa afirmação.

Tem dinheiro para empresário, mas não tem para os trabalhadores

 O argumento da falta de dinheiro só vale para os correios e seus trabalhadores. Já para os ricos empresários o discurso é outro. A publicação da MP 1309/2025 por parte do governo Lula que visa destinar 30 bilhões para os já milionários empresários é a comprovação que se trata na verdade de prioridades e hoje os trabalhadores ecetistas e o conjunto da nossa classe não estão nessa lista prioritária.

As direções das duas federações nada fazem

É inaceitável a inércia da direção das duas federações FINDECT-CTB-PCdoB e FENTECT (ARTSIND, LPS, MRL e seus satélites) diante da postura da empresa e do governo na mesa de negociação. Assim que as reuniões foram suspensas o correto era chamar assembleias em todo país e decretar um dia de paralisação. Mas essas direções nada fizeram e concordaram com a ação da empresa, ficando em silêncio diante dessa ação. Isso mostra que essas direções não tem independência em relação ao governo Lula e por isso nada fazem.

Construir ações concretas rumo a greve da categoria

Exigimos da direção da FINDECT e FENTECT a imediata realização de assembleias em todo país de forma simultânea para preparar a mobilização rumo à greve geral da categoria, para conquistar aumento real de salário, fim da mensalidade no plano de saúde e a redução da coparticipação, melhores condições de trabalho e contra o sucateamento dos correios. Que a FENTECT cumpra o calendário de deflagração da greve a partir de 16/09.

Defendemos também a unidade das ações junto com outras categorias que estão em campanha salarial como os petroleiros e metalúrgicos para fortalecer a mobilização unificada das campanhas salariais.