Nacionalizar o 13 de setembro em apoio à Flotilha e pela ruptura de relações com Israel!

Por Lorena Fernandes – Coordenação da CST
O holocausto palestino perpetrado pelo Estado nazi-sionista de Israel não dá trégua. Mais de 60 mil palestinos foram assassinados, sendo pelo menos 17 mil crianças, segundo dados de organizações locais de saúde. A política de limpeza étnica se expressa através dos bombardeios, da fome como armas de guerra, na destruição de hospitais e dos lares palestinos. Nos territórios ocupados da Cisjordânia, os ataques dos colonos sionistas seguem impunes, avançando sobre aldeias e expulsando famílias de suas casas sob a cobertura do criminoso exército israelense.
Além disso, 10 mil palestinos permanecem encarcerados nas masmorras israelenses, muitos sem julgamento. As redes sociais foram tomadas pelo vídeo comovente de crianças palestinas órfãs chorando ao receberem seus diplomas sem a presença dos pais martirizados por Israel. A barbárie atinge também os jornalistas: já são mais de 240 comunicadores assassinados, entre eles Anas Al-Sharif. Um número recorde que supera as mortes de jornalistas nas duas guerras mundiais somadas.
A solidariedade internacional em apoio à Palestina segue firme!
Se por um lado Israel intensifica sua máquina de morte e o apartheid sionista, por outro a resistência palestina se fortalece, assim como a solidariedade internacional à libertação da Palestina. Marchas gigantescas percorrem as ruas da Europa, dos países árabes, do Japão, Bangladesh e dos EUA. Em Nova Iorque e Washington, manifestações contaram com a presença da liderança estudantil palestina Mahmoud Khalil, que chegou a ser detido de maneira totalmente arbitrária, por mais de 100 dias pela ICE de Trump.
Recentemente uma pesquisa da Harvard-Harris Poll, publicada no New York Post, mostrou que 60% da juventude da geração Z nos Estados Unidos apoiam a resistência armada palestina contra Israel. Esse apoio se expressa também nas arquibancadas: torcidas organizadas de futebol erguem bandeiras da Palestina como símbolo de resistência.
As mobilizações internacionais não se limitam à denúncia. Em diversos países, os protestos têm como eixo a exigência a que seus governos rompam relações com o Estado nazi-sionista de Israel. Trump, líder do imperialismo yankee e os governos do imperialismo europeu seguem sustentando o holocausto cometido pelos nazi-sionistas, por meio do envio de armas e equipamentos de guerra e também através dos acordos comerciais. Da mesma forma, os governos burgueses árabes, como do Egito e Jordânia e até mesmo a Autoridade Palestina tem atuado em colaboração com Israel. Por isso, enfrentar o imperialismo e os governos cúmplices do genocídio é fundamental para a luta contra o genocídio e pela Palestina livre.
Lula precisa romper com os nazistas de Israel já!
No Brasil, a necessidade de fortalecer as mobilizações é urgente. O governo Lula segue mantendo relações diplomáticas, comerciais e militares com Israel. Mesmo depois do anúncio de que o Brasil não mais importará armas para Israel, o país continua comprando armas dos sionistas. A empresa brasileira Villares Metals exportará 56 toneladas de aço brasileiro para Israel em plena escalada do holocausto. Além disso, o país segue vendendo petróleo brasileiro para abastecer os tanques e aviões de guerra israelenses. Por isso dizemos, nenhuma gota de petróleo para Israel! O Brasil também mantém parcerias acadêmicas com universidades e institutos israelenses. A USP, mantém diversos convênios com os genocidas, até mesmo a FFLCH mantém esse tipo de relação.
Não há mais o que esperar: exigimos do governo Lula a ruptura imediata de todas as relações diplomáticas, militares, comerciais e acadêmicas com Israel e que o Brasil reconheça a resistência palestina como força beligerante.
13 de setembro: tomar as ruas!
O próximo 13 de setembro deve ser nacionalizado como um dia de luta em apoio ao povo palestino, à Flotilha Sumud e exigência que o governo Lula rompa todas as relações com Israel. Em São Paulo já está marcado uma manifestação, dando continuidade ao poderoso 15 de junho, quando mais de 30 mil tomaram as ruas exigindo do governo Lula o fim das relações com o Estado nazi-sionista.
Chamamos as centrais sindicais CUT, CTB, as entidades estudantis como a UNE, os movimentos populares MST, MTST, e todos os sindicatos e coletivos a construir mobilizações por todo o país.
Palestina livre, única, democrática, laica e não racista, do rio ao mar!
Do rio ao mar, a Palestina vencerá. A solidariedade internacional e o apoio à Palestina livre segue firme e permanente pelo mundo e o Brasil precisa seguir nesse caminho. Isso passa por transformar o 13 de setembro em um grande dia de luta pelo país e as organizações têm a responsabilidade de impulsionar e construir essa mobilização em nível nacional. A Flotilha Sumud carrega alimentos contra o cerco genocida. Vamos ocupar as ruas e navegar com a Flotilha, com a determinação da resistência palestina e exigir o fim de todas as relações com Israel.
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Justiça para Walid Khaled
O caso do jovem palestino-brasileiro Walid Khaled de 17 anos, assassinado de forma cruel por Israel enquanto estava detido e sob o controle das forças israelenses é uma afronta que não devemos aceitar! Seu corpo segue retido, nas mãos dos nazistas israelenses há cinco meses. Exigimos que o governo Lula tome medidas concretas para recuperar seu corpo e responsabilizar o Estado de Israel. O silêncio oficial do governo diante dessa barbárie é inaceitável!
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