Por Unidade Internacional de Trabalhadores e Trabalhadoras – Quarta Internacional

12/9/2025. Em 9 de setembro, Israel bombardeou um escritório do Hamas no Catar com 15 aviões, para assassinar líderes palestinos de Gaza que estavam lá para negociações com representantes de Israel e dos Estados Unidos sobre um “cessar-fogo” em Gaza.

De acordo com informações fornecidas pelo Hamas, entre os seis mortos estão Abu Yahya, filho do chefe negociador Khalil al-Hayya, e Mohammed Al-Humaidi, membro das forças de segurança do Catar.

O Ministério das Relações Exteriores do Catar acusou Netanyahu de justificar “o ataque covarde que teve como alvo o território catariano. Netanyahu está plenamente ciente de que o alojamento do escritório do Hamas foi realizado no âmbito dos esforços de mediação do Catar solicitados pelos Estados Unidos e Israel”, afirmou o comunicado.

É importante destacar que o Catar não faz fronteira com Israel e é um dos países árabes cujo governo é aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio, e que há uma base militar norte-americana com 10.000 soldados no Catar, a principal base militar norte-americana no Oriente Médio.

Este novo e brutal ataque mostra que Israel não tem nenhum respeito por nenhum dos países árabes, mesmo aqueles que são abertamente aliados dos Estados Unidos. E essa agressão genocida para assassinar a equipe de negociações mostra que, apesar da enorme repulsa popular mundial e também dentro do próprio Israel, Netanyahu tenta encerrar as negociações para um cessar-fogo e quer continuar o genocídio, agora tentando ocupar, assassinar e desalojar a população de um milhão de habitantes da cidade de Gaza e estender a fome a toda a população de Gaza. Também atacando com drones e ameaçando com mais ataques à frota da liberdade, que leva ajuda ao povo de Gaza. E recentemente Israel bombardeou o Iêmen, por ter o único governo árabe ativamente solidário com os palestinos.

Trump, por sua vez, afirmou que não teve nada a ver com esse ataque em Gaza, embora continue apoiando Israel com armas. E países europeus e árabes condenaram o ataque.

Mas não basta fazer declarações críticas aos ataques de Israel. É preciso deter essa agressão genocida! Exigir o cessar-fogo imediato e a retirada das tropas de Israel de Gaza e da Cisjordânia, bem como o fim dos ataques a outros países árabes. Como estão exigindo as grandes mobilizações populares em todo o mundo e a frota para Gaza, desde a UIT-CI exigimos a todos os governos o rompimento com Israel, de todas as relações diplomáticas e também econômicas e comerciais e, em primeiro lugar, impedir o fornecimento de armas enviadas pelos Estados Unidos e países europeus. E exigir o envio de ajuda humanitária ao povo palestino, como está fazendo neste momento a frota para Gaza.

Essas medidas devem ser exigidas em todos os países. E também a proteção e o apoio à frota internacional de apoio a Gaza, que já se encontra na Tunísia com pessoas solidárias de 44 países. Por uma Palestina livre, do rio ao mar!