Flotilha Sumud !!!

Flotilha Sumud navega até Gaza: é hora de ampliar a luta!

Por Bárbara Sinedino e Lorena Fernandes, Coordenação da CST

As dezenas de embarcações que compõem a Global Sumud Flotilha já partiram da Tunísia e seguem na sua heroica missão de romper o cerco monstruoso imposto pelo Estado Nazi-sionista de Israel para que não chegue água, comida e medicamentos ao povo de Gaza. Temos orgulho de fazer parte da tripulação da Flotilha Sumud, com os companheiros Juan Carlos Giordano (deputado federal na Argentina) e Ezequiel Pressini, ambos do partido Izquierda Socialista, partido argentino da mesma Internacional da CST, a UIT-QI. Exaltamos também a tripulação brasileira, com Thiago Ávila, Mohamed El Kadri, Carlos Magno, a vereadora Mariana Conti entre outros ativistas valorosos na luta pela libertação palestina.

O empenho dos nazi-sionistas em levar adiante seu projeto de extermínio e expulsão em massa do povo palestino é brutal e foi escancarado pelo ministro de finanças israelense que explicou esta semana o projeto de transformar Gaza numa “mina de ouro imobiliária” com o apoio o Trump. O ministro sionista declarou também que o holocausto e genocídio em Gaza se trata da etapa de demolição para a “renovação urbana” que pretendem fazer.

Para isso atacaram a própria solidariedade internacional. Dois barcos da Flotilha Sumud foram bombardeados ainda em águas tunisianas, numa clara tentativa de intimidar e quebrar a missão. Essa agressão covarde mostra até onde Israel está disposto a ir para manter o bloqueio e impedir que chegue a mínima ajuda humanitária ao povo palestino.

É por isso que apoiar a Flotilha com mobilizações, atos de rua, campanhas e ações concretas é fundamental neste momento: a vida e a integridade física da brava tripulação estão sob risco real, e sua defesa é parte inseparável da luta pela libertação da Palestina.

Com a intensificação do holocausto contra o povo palestino, Israel impõe um bloqueio sufocante que barra a entrada de alimentos, água potável, medicamentos, essenciais à vida em Gaza. O Estado nazi-sionista usa deliberadamente a fome como arma de guerra. Uma em cada cinco crianças com menos de cinco anos de idade foi diagnosticada com desnutrição aguda na Cidade de Gaza, segundo dados da Unicef.

Enquanto a Flotilha se empenha em sua ação de levar ajuda humanitária à Gaza, Israel segue com seu projeto colonizador, avança nos bombardeios a prédios residenciais, intensifica os bloqueios e a expulsão de palestinos na Cisjordânia e no último dia 09 bombardeou na cidade de Doha, no Catar, a sede do grupo dirigente de Gaza, o Hamas, que se reunia para discutir as condições de negociação para um cessar-fogo, martirizando seis integrantes. Essa ação deve ser repudiada.

Do mar às ruas: construir as mobilizações em apoio à Flotilha e pela Palestina livre!

Em São Paulo e em outras cidades brasileiras, foram realizadas importantes manifestações de rua que reuniram diversas organizações e ativistas em apoio à Flotilha Sumud. Enquanto a Flotilha navega pelo mar, nós ocupamos as ruas em solidariedade. Nas universidades de Brasília (UnB) e de Minas Gerais (UFMG) já surgiram acampamentos estudantis, e a USP prepara o seu. Esses espaços de luta seguem o exemplo dado em 2024 pelo movimento estudantil nos Estados Unidos, que no coração do imperialismo ergueu acampamentos massivos em defesa do povo palestino e exigindo o fim dos convênios das universidades com instituições israelenses.

É necessário apoiar todas as inciativas e massificar a luta pela libertação da Palestina, pelo imediato cessar-fogo, em apoio à Flotilha Sumud, que pare o bloqueio de entrada de comida água e medicamentos imediatamente em Gaza. Que o governo Lula rompa todas as relações com Israel. Para isso, é essencial que as grandes centrais e entidades construam essa luta. Fez falta que a CUT, UNE, MTST não estejam construindo com todo o peso que essas entidades têm as manifestações palestinas. É fundamental uma nova data de ato nacional, que aconteça em várias cidades do país, para passar o recado de que nem Gaza e nem a Flotilha estão sozinhas!

Por uma Palestina livre, única, democrática e não-racista! Do rio ao mar, a Palestina vencerá!


 

Os efeitos da Flotilha Sumud já se fazem sentir

Por Bárbara Sinedino e Lorena Fernandes, Coordenação Nacional da CST

A Flotilha Sumud segue firme rumo a Gaza com seu objetivo central: furar o bloqueio imposto por Israel. Mas mesmo antes de chegar ao destino, essa brava ação já provoca efeitos políticos. Não é apenas uma travessia marítima: é um ato de solidariedade internacional que ecoa em vários continentes.

Dezesseis países já se pronunciaram em defesa da Flotilha, incluindo o Brasil, além de México, Espanha, Irlanda, Turquia, África do Sul e outros. Eles assinaram uma declaração exigindo respeito ao direito internacional humanitário e a garantia da integridade física dos tripulantes. O gesto mostra que é cada vez mais difícil para Israel esconder sua violência e isolar os que se colocam ao lado do povo palestino.

É necessária a solidariedade ativa!

Essa força também se expressa em diversas iniciativas. A CST/UIT-QI impulsiona um abaixo-assinado em vários países, como um apelo aos órgãos e instituições internacionais para se garantir a integridade física dos/as tripulantes da Flotilha. No Brasil já colhemos apoios importantes: Henrique Carneiro, Glauber Braga, Soraya Misleh, Silvia Ferraro, Luana Alves,  Breno Altman, entre outros. Também participamos do manifesto unitário da Flotilha Global Sumud, construído junto com o Esquerda em Movimento, Esquerda Diário e Combate Socialista, reafirmando o compromisso de lutar pela integridade física da tripulação.

O gesto diplomático dos governos, inclusive do Brasil, tem seu peso, mas não basta. O governo Lula não pode se limitar a declarações. É preciso romper todas as relações com o Estado nazi-sionista de Israel, já passou da hora! Enquanto Gaza é bombardeada e seus moradores submetidos à fome, o Brasil continua importando armas e tecnologia militar de Israel, nossas universidades seguem mantendo convênios com instituições israelenses, e as exportações brasileiras de petróleo para Israel continuam. Esse petróleo serve para alimentar a máquina de guerra genocida.

Um exemplo importante vem do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras/RJ, que lançou a campanha “Nenhuma gota de petróleo a mais para Israel!”. Essa iniciativa é fundamental e precisa ser abraçada pelo conjunto dos sindicatos e centrais sindicais, para transformar solidariedade em ação concreta.

Vamos seguir nas ruas, ampliar as mobilizações e pressionar o governo Lula pela ruptura total das relações com Israel. Só assim poderemos dar uma resposta à altura do holocausto em curso contra o povo palestino.

Palestina livre já, do rio ao mar!

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