Ezequiel Peressini, da UIT-CI, é libertado junto com o restante da Flotilha!

Por Prensa UIT-CI

7/10/2025. Finalmente, na terça-feira, 7 de outubro, o líder da Izquierda Socialista (IS) na FIT Unidad e da Unidade Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras-Quarta Internacional (UIT-CI), o argentino Ezequiel Peressini, foi deportado e libertado na Jordânia, país limítrofe com o enclave imperialista de Israel.

Peressini era um dos dezenas de tripulantes internacionalistas do navio Sirius e da Flotilha Global Sumud, que partiram no dia 31 de agosto do porto de Barcelona levando ajuda humanitária a Gaza para tentar romper o bloqueio criminoso sionista.

Peressini integrava a delegação da UIT-CI, junto com o deputado nacional da Izquierda Socialista, da Argentina, Juan Carlos Giordano, que infelizmente, na última etapa, teve que deixar a flotilha, na Grécia, por uma emergência médica. Também fazia parte da delegação da UIT-CI Görkem Duru, dirigente do Partido da Democracia Operária (IDP) da Turquia, que colaborou durante semanas a partir da Tunísia.

Ezequiel Peressini ficou alojado, junto com centenas de membros da Flotilha, na prisão de segurança máxima de Ketziot, no deserto do Negev, perto da fronteira de Israel com o Egito, a cerca de 180 quilômetros ao sul de Tel Aviv, erguida em um local desolado; uma terra árida longe de quase tudo em Israel, onde nuvens de areia se levantam a cada passo. As paredes dessa prisão de memória sinistra para os palestinos escondem vários barracões. Ezequiel e as centenas de detidos nessas condições aberrantes souberam manter firme sua dignidade diante das pressões e provocações do sionismo e de seus guardas.

A grande pressão internacional das mobilizações em massa, como a greve geral na Itália, entre outras, fez com que o Estado genocida de Israel tivesse que libertar os mais de 400 ativistas da Flotilha. Isso foi feito em diferentes etapas.

Greta Thunberg, por exemplo, chegou na segunda-feira, dia 6, ao aeroporto de Atenas, na Grécia, após ser deportada de Israel junto com um grupo de 135 membros da Flotilha Global Sumud, que foram detidos quando navegavam em direção à Faixa de Gaza com ajuda humanitária. “Deixem-me ser muito clara”, disse a jovem sueca, “está ocorrendo um genocídio”, declarou à multidão reunida no aeroporto da capital grega, referindo-se à ação militar israelense em Gaza. Trump chama Greta Thunberg de “agitadora” e aconselha-a a ir ao médico para “controlar sua raiva”. Em seguida, a ativista, ainda com ironia, diz ao presidente republicano que está disposta a receber “gentilmente” qualquer recomendação que ele tenha para lidar com “problemas no controle da raiva”. “A julgar pelo seu impressionante histórico”, continua ela, “parece que você também sofre com isso”. (notas do El País, 7/10/2025).

Peressini foi libertado junto com a argentina Celeste Fierro, integrante do MST/LIS, e Carlos Bertola, também argentino, capitão de um dos barcos. Eles foram libertados na Jordânia junto com dois uruguaios, também membros da Flotilha. Da prisão, foram transportados até a fronteira com a Jordânia, onde foram libertados e entregues a representantes do consulado do Uruguai, já que a Argentina não tem consulado lá.

Eles foram muito bem recebidos na Jordânia e levados a um hospital para um exame médico preventivo. O pessoal jordaniano do hospital os recebeu com muita solidariedade e tirou fotos de lembrança da Flotilha por Gaza.

Eles já estão se preparando para retornar à Argentina. Ezequiel Peressini (IS-UIT-CI) e Celeste Fierro (MST-LIS) embarcarão em um voo que chegará nesta quarta-feira, 8 de outubro, às 20h30, ao aeroporto argentino de Ezeiza.

Juan Carlos Giordano, o único deputado nacional da Argentina que participou da flotilha em nome da Izquierda Socialista e da FIT Unidad, afirmou: “A mobilização mundial conseguiu que fossem libertados. É uma grande vitória contra o sionismo genocida dos milhares que, por terra e por mar, redobramos nosso grito contra o genocídio, a fome e por uma Palestina livre do rio ao mar. Iremos recebê-los reconhecendo-os como bravos lutadores e lutadoras da maior causa humanitária em apoio a Gaza”.

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