Mesmo interceptada, a Flotilha Sumud vence ao incendiar as ruas do mundo!

Por Lorena Fernandes e Bárbara Sinedino – Coordenação Nacional da CST

A Flotilha Sumud partiu com uma missão: romper o bloqueio criminoso imposto pelo Estado nazi-sionista de Israel à Faixa de Gaza e levar ajuda humanitária ao povo palestino. Organizada por ativistas de dezenas de países, entre eles o Brasil, a expedição se tornou um símbolo internacional de solidariedade e resistência. Nós, da CST, seção da UIT-QI, temos muito orgulho de ter enviado dois camaradas argentinos nessa missão: Giordano e Ezequiel Peressini (que passou cerca de quatro dias sequestrado por Israel).

Apesar de não ter conseguido chegar até Gaza, devido à interceptação violenta da Marinha israelense em águas internacionais, a Flotilha cumpriu um feito inédito ao chegar muito próximo de Gaza. A flotilha obrigou o exército israelense a deslocar parte de sua frota naval, o que, por algumas horas, abriu espaço para que pescadores palestinos pudessem sair ao mar e capturar peixes em quantidades que não conseguiam há anos. Um gesto simples, mas com muito significado: vida e resistência em meio ao holocausto.

O sequestro da Flotilha, em meio ao genocídio, sacudiu o mundo

Na Itália, a classe trabalhadora entrou em cena ao protagonizar greves em repúdio ao sequestro da Flotilha e em defesa do povo palestino. Foi uma demonstração poderosa de que a solidariedade internacional se expressa na ação direta da classe trabalhadora. Um exemplo a ser seguido e, infelizmente, não vemos a CUT, CTB, UNE, MTST jogarem todo o peso que têm para construir essa luta. Também houve atos massivos na Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Canadá, EUA e Argentina.

Parafraseando Greta Thunberg que sintetizou a missão flotilha após ser libertada: “Eu poderia falar por horas sobre os abusos que sofremos enquanto prisioneiros, mas a história aqui é sobre a escalada do genocídio contra o povo palestino.”

No Brasil, a solidariedade também tomou as ruas. Em São Paulo, a Frente Palestina-SP impulsionou milhares que se reuniram na Paulista e Rua Augusta com bandeiras da Palestina, kufyias e cartazes denunciando o genocídio. As manifestações exigiram o cessar-fogo imediato, o fim do bloqueio e a libertação dos sequestrados da Flotilha Sumud e dos mais de 11 mil palestinos aprisionados nas masmorras de Israel.

Esses atos ocorreram nas vésperas do 7 de outubro, quando se completaram dois anos da ação da resistência palestina que, ao romper o silêncio, expôs ao mundo a brutalidade do apartheid e início a uma nova etapa da ofensiva contra o povo palestino imposto por Israel e o imperialismo.

Vivemos um momento histórico em que o sionismo, ideologia contra-revolucionária e colonialista, é mais odiado do que nunca pelas massas do mundo. O Estado nazi-sionista de Israel perdeu qualquer aparência de “democracia” e se revela como é: um regime nazista e imperialista.

A luta pela libertação da Palestina é a nossa luta.  A CST, seção da UIT-QI, compartilha do sentimento de solidariedade e revolta. Vamos seguir impulsionando todas as mobilizações, nas ruas, pela construção de uma Palestina livre única, laica, democrática e não racista, do rio ao mar. A Palestina vencerá!

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