Lula e Alckmin governam para os de cima!
Por Bárbara Sinedino e Lorena Fernandes – Coordenação da CST
A propaganda oficial do governo tenta nos convencer de que estamos em um momento de reconstrução nacional, mas a realidade das ruas, dos locais de trabalho e das periferias mostra exatamente o contrário. O custo de vida segue muito alto, o preço dos alimentos, transporte, aluguel sufoca as famílias trabalhadoras. Milhões de pessoas vivem submetidas à jornada 6×1, com salários rebaixados e condições precarizadas. Enquanto isso, o governo que se diz “governo dos trabalhadores” mantém intactos os pilares que sustentam o lucro dos banqueiros, do agronegócio e das multinacionais.
O arcabouço fiscal de Haddad foi vendido como medida de responsabilidade econômica, mas sua verdadeira função é garantir o pagamento da dívida aos banqueiros, enquanto estrangula o orçamento da saúde, da educação e das políticas sociais. É por causa dessa política que os serviços públicos seguem degradados e os servidores estão com salários rebaixados. Ao mesmo tempo, o governo de Lula/Alckmin prepara junto ao congresso nacional a Reforma Administrativa, que visa reduzir direitos, ampliar contratos temporários e aumentar o assédio sobre os trabalhadores públicos.
Lula não enfrenta o imperialismo
Lula fala em soberania, mas se recusa a aplicar a lei de reciprocidade aos Estados Unidos e negocia entregar as terras raras brasileiras e outros recursos estratégicos. Diante do holocausto contra o povo palestino, o governo mantém relações diplomáticas, comerciais e militares com o Estado nazi-sionista de Israel.
O agronegócio recebeu um presente de meio trilhão de reais com o Plano Safra – a maior transferência de dinheiro público para os latifundiários da história. Enquanto isso, o povo indígena é atacado com o marco temporal e os biomas brasileiros são destruídos. Até mesmo a foz do Amazonas está na mira para a exploração de petróleo, mesmo com Marina Silva no ministério, revelando o fracasso da política de “conciliar com todos”. Somente os interesses dos patrões, dos agro são atendidos.
Promessas eleitorais não mudam a vida do povo
À medida que se aproxima 2026, Lula volta ao discurso de esperança, prometendo reformas e crescimento. Mas tudo isso aparece condicionado à sua reeleição, como se a solução dos problemas do povo dependesse de esperar sempre de quatro em quatro anos. A história já provou que mudanças reais não virão pelas urnas nem por acordos com Alckmin, banqueiros e generais. Só a mobilização e luta, nas ruas, nas greves e na organização independente da classe trabalhadora pode enfrentar os nossos inimigos de classe: os patrões, o imperialismo, o agronegócio, o sionismo e a extrema direita.
Construir um bloco da esquerda independente!
Não é possível lutar por direitos dentro de um governo que governa com e para os ricos. Precisamos construir um bloco da esquerda classista e independente, por fora da frente ampla, sem sectarismos e autoproclamação para levantar um programa que atenda as pautas da classe trabalhadora, como: fim do arcabouço fiscal, do Plano Safra, do marco temporal e do PL da devastação. Reforma agrária sob controle dos trabalhadores rurais e demarcação imediata dos territórios indígenas. Aplicação da lei de reciprocidade, defesa das riquezas nacionais, reestatização da Vale e da Petrobras sob controle operário. Suspensão do pagamento da dívida pública, estatização do sistema financeiro e proibição do envio de lucros das multinacionais. Ruptura total de relações com o Estado nazi-sionista de Israel e solidariedade ativa à resistência palestina. Reajuste de salários e benefícios, fim da 6×1 e redução da jornada para 36 horas semanais sem redução de salário, duplicação do salário mínimo e reajuste automático pela inflação. Revogação imediata da reforma trabalhista, da previdência, do Novo Ensino Médio, das privatizações e arquivamento da reforma administrativa!
