UNIDADE PARA LUTAR contra o ponto eletrônico e em defesa das 30 horas para todos

Todas as chapas, os coletivos e a categoria devem se unir contra o autoritarismo da reitoria

A reitoria anseia impor o cadastro biométrico e o ponto eletrônico aos servidores técnico-administrativos. Para tanto, ignora a crise financeira da UFF e a inaplicabilidade de diversos itens das Normas de Serviço sobre ponto eletrônico, além de desrespeitar a categoria com prazos estapafúrdios. Para piorar, tudo ocorre em meio à escolha da nova diretoria do SINTUFF, representante sindical de nossa categoria.

Diante da resistência dos servidores técnico-administrativos à condução vertical e autoritária desse processo por parte da administração da universidade, a reitoria utiliza o assédio moral como prática de gestão. Troca o diálogo por ameaças.

A ampla maioria dos servidores ainda não fez o cadastro biométrico, seja pela orientação do sindicato, seja pelo temor da imediata mudança da jornada de trabalho ou pela insegurança sobre a aplicabilidade das Normas ao tipo de serviço que executam. Chefias e direções estão enfrentando dificuldades colossais para adaptar seus setores às Normas de Serviço, dada a concepção destas em completa desconexão com a realidade financeira e operacional da universidade.

O reitor tem a opção de implantar as 30 horas para todos nos moldes do que pratica o IFSUL, assim como interpelar a justiça argumentando as dificuldades financeiras e operacionais que a UFF enfrenta para requerer a não implantação do ponto eletrônico. Infelizmente, o reitor não adota essas medidas por opção política. Propostas que já apresentamos formalmente ao reitor em inúmeras ocasiões, incluindo a audiência e o CUV.

Entre minimizar os efeitos da crise e atacar de forma irresponsável a carga horária e o regime de trabalho dos servidores, o reitor escolhe sem hesitar a segunda opção, mesmo que isso aprofunde o colapso da UFF de forma irremediável.

Diversos servidores estão se aposentando devido às ameaças de reforma da previdência, imposição de 40 horas e ponto eletrônico, o que tem reduzido o quadro de técnico-administrativo consideravelmente e inviabilizado o funcionamento de diversos setores. Terceirizados estão sendo demitidos em massa e não há recursos para novas contratações. O governo na prática acabou com a possibilidade de novos concursos. O reitor depende muito mais do quadro servidores do que o contrário. A categoria tem força política para enfrentar o reitor pois o nosso trabalho é essencial e faz diferença. A maior prova das dificuldades que a administração enfrenta é a maneira destemperada e atabalhoada que o reitor tenta impor o cadastro biométrico em pleno período de eleição do sindicato.

Entendemos que nesse terreno, o da jornada de trabalho e o do controle de frequência, é preciso construir a mais ampla unidade na luta da categoria. A disputa eleitoral gera disputas de projetos e é salutar que as chapas exponham suas divergências, trazendo transparência aos sindicalizados que vão comparecer às urnas. Mas, apesar das diferenças que vão se expressar nas urnas, devemos nos unir contra o autoritarismo da reitoria e combater juntos o inimigo da categoria. A reitoria tem se negado ao diálogo, como foi visto durante e após a Audiência, quando o reitor não levou em consideração absolutamente nada do que foi falado pelos servidores. Cobramos que o reitor cumpra sua promessa de campanha e abra a mesa de negociação permanente para debater uma solução para os conflitos causados pela implantação do ponto eletrônico.

Acreditamos que todas as chapas devem ter como tarefa imediata conduzir um plano de luta contra a prática que a reitoria vem utilizando para impor cadastro biométrico e ponto eletrônico. Chamamos a unidade de todas as chapas e dos servidores rumo a uma deliberação comum da Assembleia que exija da reitoria o adiamento dos prazos para que a categoria tenha o direito de deliberar sobre esse tema à luz de uma nova direção sindical eleita. ´

Unidade para a luta!

Chapa 1 – Ocupar as ruas, no SINTUFF

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