Mãos ao alto, 7,50 é um assalto!

Por Adriano Dias e Bruno Coelho de Lima; Coordenação nacional da CST.

Em 12/04, o metrô Rio, com autorização do governo Cláudio Castro, aumentou o valor da passagem do metrô para R$7,50. Um reajuste acima da inflação e que mais uma vez só prejudica o trabalhador. O aumento gerou grande indignação, pois, em média, esse aumento vai consumir por mês cerca de 20% do salário mínimo. Um verdadeiro assalto.

A privatização aprofundou o problema

O metrô do Rio de Janeiro foi privatizado na década de 90. O processo de privatização piorou o serviço e ocasionou sucessivos reajustes na tarifa. Por isso que hoje o metrô do Rio tem uma das passagens mais caras do Brasil. Esse processo comprova que a privatização só favorece os empresários e os patrões, garantindo mais dinheiro nos seus bolsos.

O serviço prestado pelo metrô Rio ao longo dos anos só piora e o processo de privatização, além de atacar direitos dos trabalhadores, precarizou as estruturas nas estações, principalmente nas mais periféricas. Todo dia tem um problema nas linhas, os intervalos entre cada estação são longos e sempre com vagões superlotados. O que fica evidente é que essa política é um crime contra a classe trabalhadora e o governador Cláudio Castro é um dos responsáveis por essa situação.

Por um plano de luta

Em 11/04 houve manifestação contra o aumento da tarifa, uma iniciativa importante na qual nós, da CST, estivemos presentes. É preciso seguir nas ruas para derrotar esse ataque. Nesse sentido, é fundamental que as centrais sindicais, como CUT e CTB, organizações estudantis, como UNE e UBES, e movimentos sociais parem de fazer corpo mole e convoquem uma plenária unificada para organizar e coordenar a construção da luta em unidade com as greves que estão em curso, como a dos TAEs das universidades e docentes. Devemos aproveitar as lutas e unificar as categorias para barrar o aumento da tarifa e reestatizar todos os modais, como BRT, trem, metrô, barcas e ônibus, que estão na mão dos empresários e patrões.

Defendemos a reestatização do metrô, a redução da tarifa e aplicação plena do passe livre para estudantes e desempregados. Um serviço público voltado para atender a população e não o lucro dos empresários. Para isso é preciso ir às ruas de forma unificada para conquistar essas medidas e mudar essa lógica privatista, construindo um governo da classe trabalhadora, sem patrões, e um Brasil Socialista.

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