Construir uma nova direção pela base: Unificando as greves e coordenando as lutas

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Os ventos da Grécia e do Egito esquentam o Brasil

Em março, a rebelião dos operários da Hidrelétrica de Jirau/RO, principal obra do PAC, inaugurou um novo marco da luta de classes no país. Como efeito dominó, greves se espalharam nos canteiros envolvendo mais de 170 mil operários. Em seguida foi a vez das paralisações das obras no Mineirão e Maracanã.
Depois aconteceram importantes greves em diversas categorias, sobretudo entre os trabalhadores em educação, como em MG. O maior exemplo foi a radicalizada greve dos bombeiros do RJ, com ocupação do quartel central da corporação, seguida de 50 mil que protestaram em Copacabana e do acampamento em frente à ALERJ que contou com forte apoio popular. Também tivemos ferroviários de SP, Wolks do Paraná e centenas de lutas de trabalhadores municipais, da saúde, professores, terceirizados, motoristas, setores de serviços, operários da indústria química, metalúrgica e alimentícia.
Depois de um bom tempo sem fortes lutas nos servidores federais, os técnicos das universidades federais, organizados na Fasubra, tiveram três meses em greve. Em agosto se somou o Sinasefe, que agrupa trabalhadores dos Institutos Federais de Educação. Agora iniciam greves na educação básica em todo o Brasil e as campanhas salariais: correios, bancários, petroleiros, alimentação, químicos e metalúrgicos. Os correios estão em greve desde o dia 14 de setembro e os bancários acabaram de deflagrar greve por tempo indeterminado.
Ao mesmo tempo, os estudantes ocuparam 7 reitorias com vitórias em suas pautas, sobretudo na UFF, UFPR e UFSC. Houve greve estudantil na UFPR. A luta contra o aumento das passagens de ônibus foi radicalizada em Teresina, derrubando o aumento. Também aconteceram atos contra a corrupção e contra os super salários dos políticos no dia 7 de setembro. Na cidade de São Jose do Rio Preto, SP, os manifestantes conseguiram impedir o vergonhoso aumento dos vereadores.
Em alguma medida, as revoluções do Norte da África e as rebeliões na Europa contra a retirada de direitos dos trabalhadores sacudiram a vida em nosso país. A juventude, contagiada com a irreverência dos estudantes chilenos, começa a apimentar as lutas de norte a sul.

A luta surge de baixo para cima

É verdade que muitas batalhas da base combativa ficam pela metade do caminho. Em geral a direção pelega de sindicatos, da CUT, CTB, UGT ou da Força Sindical, fazem acordos rebaixados, a portas fechadas, sem consultar os trabalhadores para favorecer patrões e governos. Para aprovar sua política, essas burocracias sindicais chegam a proibir a base de se expressar em assembléias, quando as mesmas existem.
Contra tudo isso os trabalhadores começaram a se rebelar. Destaque tiveram algumas greves que foram espontâneas, acontecidas por assembléias auto convocadas e explosões anti-burocráticas contra a direção do sindicato, como no caso de Jirau e Santo Antônio. Em outros casos a base empurra a direção forçando a greve como aconteceu com os ferroviários de SP. Na Fasubra a base passou por cima da direção traidora. Quando parte do comando nacional suspendeu a greve, a base lotou assembléias nas universidades e reverteu a situação mantendo a greve.
Dessa forma e lentamente surgem novos ativistas. Vai surgindo uma nova leva de lutadores, que sem referência política e sindical, corretamente quer que tudo se decida em assembléias democráticas, onde a base possa se expressar. Isso vai de encontro ao burocratismo imposto por muitos sindicatos.

Público e privado

No setor privado as lutas conquistam altos valores de PLR (participação nos lucros) e aumento real de salários porque a luta se combina com o brutal lucro das empresas privadas. Os abonos vão de 1 mil a 15 mil reais e o aumento real até 3%. Diante das fortes greves os patrões terminam recuando e cedendo parte das reivindicações, é melhor perder os anéis que perder os dedos. Tais ganhos econômicos estimulam novas lutas
No serviço público é mais complicado, pois qualquer reajuste salarial ou benefício para os trabalhadores coloca em xeque o plano do governo Dilma, de gigantesco e permanente corte de gastos sociais para destiná-lo ao pagamento da dívida pública e para incentivos às empresas privadas e bancos. Por isso, as lutas são mais duras neste setor e isso se repete no âmbito estadual e municipal o que não tem impedido que ocorram rebeliões como as do Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia e Amapá que paralisaram boa parte da prestação de serviços. Os Bombeiros, por exemplo, conseguiram apenas 5% de reajuste, no entanto, mesmo sem vitória econômica se consolidaram como uma referência de mobilização, numa clara vitória política.

A direção do movimento

Durante mais de 20 anos, a partir das grandes lutas do ABC, a indiscutida direção dos trabalhadores foi a CUT. No início deste século com a entrada de Lula no governo, a CUT se converteu em seu braço direito. A CUT, a Força Sindical e a CTB, ligadas ao PT, PDT e o PC do B respectivamente, participam da Reforma Sindical e Trabalhista e das “negociações” da Reforma da Previdência. Vendem direitos dos trabalhadores em troca dos milhões do imposto sindical.
Com o Ministério do Trabalho em suas mãos “fabricam” sindicatos para receber mais imposto. Além disso, vários dirigentes têm altos cargos no governo e nas empresas estatais ou fundos de pensão, que gerenciam bilhões de reais.
Essas burocracias, quando disputam a direção de sindicatos, não disputam o projeto político de representação dos trabalhadores contra o governo e os patrões, disputam como gangues o controle dos fundos sindicais que obtêm via repasses do governo, mas também prestigio e poder de barganha por cargos comissionados no poder público.

A base começa a romper com a direção

Com o aumento das lutas e o giro à direita cada vez mais brutal da direção majoritária das centrais, os lutadores vão fazendo experiência com essas direções. A burocracia sindical está cada vez mais distante da base, dos locais de trabalho, do cotidiano dos que dizem representar. Por isso, nas CIPAS, comissões de negociação, delegacias sindicais, etc. há um amplo espaço para construir novas lideranças sindicais, que por meio de um sistemático trabalho de oposição podem varrer os neopelegos dos sindicatos.
Por outro lado, muitos sindicatos combativos e honestos que são filiados a essas centrais começam a tomar distância dos seus dirigentes e se unir aos setores de esquerda que encampam a luta com mais afinco e sem compromissos com os patrões e o governo. Um exemplo disso são os sindicatos dirigidos pela Articulação Sindical na Fasubra que votaram pela continuidade da greve contra a ordem dos seus “dirigentes” sindicais. O Fórum de Luta construído no Vale do Paraíba com sindicatos da Unidos pra Lutar, sindicatos cutistas e entidades independentes é outro exemplo.
Na última assembléia dos professores de SP, (APEOESP/CUT) “Bebel”, presidenta do sindicato, disse que a proposta do governo “é um bom começo” e propôs de fato o fim da campanha salarial. Porém, dois terços da assembléia votaram a favor da luta e da realização de nova assembléia. Com medo da base “Bebel” chamou a polícia para conter os manifestantes e teve que se retirar escoltada pela PM. Diante do fato, a oposição se unificou e lançou manifesto ratificando a convocatória de nova assembléia e a respeitar o que a base votou.

Qual é o caminho a seguir?

A dinâmica será de que mais e maiores lutas ocorram. Para que sejam vitoriosas é necessário o esforço de apoiar, se solidarizar e unificar as lutas dos trabalhadores, dos setores populares e as campanhas salariais deste semestre, independente de quem dirija ou a que Central pertençam os setores mobilizados.
Devemos construir e apoiar todos os fóruns de luta que seja possível, unificando todos os que queiram lutar contra o governo e contra os patrões. Apoiar também as lutas populares contra a corrupção, por saneamento básico, por pavimentação de estradas, segurança pública, por moradia, saúde, educação, transporte público de qualidade e reforma agrária.
Fortalecendo o campo dos trabalhadores e do povo pobre para enfrentar e derrotar a política do governo, de escravizar o povo para enriquecer banqueiros, empresários e políticos corruptos. O triunfo das lutas e a unidade com novos lutadores e sindicatos que se distanciem das direções tradicionais, podem nos levar à construção de uma nova ferramenta de luta para a classe trabalhadora.

A CSP – Conlutas é alternativa?

Depois da explosão do CONCLAT e o fracasso da tentativa de repactuação das forças que construíram o congresso, predominou a dispersão do sindicalismo classista. O maior setor do CONCLAT se agrupou ao redor da CSP-CONLUTAS. Queremos dialogar com muitos companheiros e dirigentes sindicais lutadores que procuraram nesse agrupamento uma alternativa frente ao fracasso da unificação. Nós também fizemos parte da CONLUTAS, desde o início, apostando que seria uma alternativa. Mas, nem antes nem agora há fatos que indiquem um avanço nesse caminho.
A política do PSTU, setor majoritário da CSP-CONLUTAS, de privilegiar o controle de um aparato e de construção de seu projeto como partido quebrou o CONCLAT. O problema é que esse mesmo critério é transferido diariamente para a luta de classes, onde sempre privilegiam o controle e a legalização de seu aparato. Isto mostra os limites deste projeto, que a nosso modo de ver, não serve para formar uma nova direção autônoma, classista, independente, que unifique os lutadores contra o governo e a patronal. Vejamos alguns exemplos:

a) Comissão Tripartite em Jirau

Na greve de Jirau as centrais sindicais governistas foram contra a luta. Mas como a rebelião foi grande o governo Dilma chamou as centrais para, em nome dos grevistas, negociarem em uma “mesa de enrolação” chamada de Comissão Tripartite com governo e patrões. A vaidade e a política de se afirmar como central fez a CSP-Conlutas ir correndo participar dessa Comissão sem representar um único peão nos canteiros de obras de Jirau e Santo Antônio, gesto que arrancou elogios na imprensa dos pelegos dirigentes da CUT e da Força Sindical. A Conlutas não denunciou o caráter da reunião e sequer exigiu a presença de uma comissão de trabalhadores das obras para negociar suas demandas e com esse gesto ajudou o governo a aplicar a reforma sindical, onde as centrais sindicais negociam em nome dos sindicatos de base e dos trabalhadores em luta.
O resultado disso foi a demissão de 4 mil trabalhadores, dentre eles as principais lideranças das greves. O mais escandaloso é que utilizaram essas reuniões também para conversar com o Ministério de Trabalho sobre a legalização de sua central. Assim não se constrói uma nova central, pelo menos não a favor dos trabalhadores!

b) Greve das Universidades

A greve da Fasubra que durou mais de 3 meses, não contou com o apoio de fato da Conlutas. A Conlutas não transformou essa greve no centro de sua atividade. Não fez esforço para unificar os professores com os técnicos e estudantes das universidades. A unidade da comunidade universitária teria encurralado o governo. Foram pouquíssimos os dirigentes nacionais do Andes (professores) e da Anel (estudantes) filiados à Conlutas que participaram ativamente das atividades cotidianas e nacionais da greve.
Com 2 meses enfrentando os pelegos dirigentes da TRIBO, que queriam acabar com a luta e após a criminalização da greve pela via judicial, o Comando de Greve da Fasubra solicitou apoio para a marcha dos técnicos à Brasília dia 9 de agosto no sentido de abrir negociação com o governo federal. A CSP-Conlutas atuou contra a marcha e teve como centro contrapor outra marcha marcada para dia 24 de agosto.
A marcha do dia 24/08 foi seu centro político, organizativo e financeiro durante vários meses, porém não esteve a serviço do fortalecimento e do triunfo das duas greves nacionais do momento: FASUBRA e SINASEFE. A marcha não refletiu as campanhas salariais do segundo semestre e não denunciou a corrupção. Era uma marcha sem eixo, onde cada um procurou alguma negociação com o governo. O centro da CSP-CONLUTAS era aparecer como negociadora, visando garantir sua legalização. Os maiores triunfos da marcha, divulgado pelo PSTU, foram as reuniões com Gilberto Carvalho (secretário geral da presidência da república), Haddad (Ministro da Educação) e com Marco Maia (Presidente da Câmara dos Deputados).

c) Acordo ANDES (CSP-Conlutas) e Governo Federal

A direção do ANDES assinou acordo com o governo sem discussão suficiente na base da categoria, com isso isolou ainda mais a greve da FASUBRA e dividiu a greve do SINASEFE.
Esse acordo mostrou o quanto errada é a política da Conlutas que em vez do movimento e da luta tem privilegiado de forma sistemática a política de acordos e pactos para viabilizar sua legalização como projeto.
Em nota à Direção Nacional do ANDES-SN, o SINDUFAP (seção do ANDES no Amapá) corretamente afirma: “Perdemos o momento mais importante dos últimos anos para a construção de uma greve forte e vitoriosa com conquistas para os docentes e a educação brasileira… Não bastasse a fragilidade que se impõe a partir da perda de apoio tanto popular como da base aliada, que aumenta suas exigências para alinhar votações, um surto de greves, ocupações, paralisações e outros atos das mais diferentes ordens e categorias trabalhistas vêm eclodindo internacional e nacionalmente. No âmbito educacional o governo ficaria em uma situação muito desconfortável se SINASEFE, FASUBRA e ANDES-SN estivessem todos em greve. Seria uma greve geral da educação com uma repercussão considerável e, com certeza, uma condição que o Governo Federal gostaria de evitar principalmente em um momento que congestiona a mídia com a campanha sobre a expansão de universidades e institutos federais. A greve conjunta denunciaria que a propalada expansão ocorre à custa do sucateamento das instituições e do aviltamento das condições de trabalho. Após o acordo assinado e sendo conhecedores das condições em que estamos vivendo no sistema federal de ensino, assistir essas campanhas na mídia chega a ser ultrajante.”

d) A campanha salarial do Metro de SP
Em SP, estava nas mãos do sindicato dos metroviários, dirigido pela CONLUTAS, a unificação com ferroviários e rodoviários do ABC. Porém, a campanha foi extremadamente corporativa, embora tenha conseguido conquistas, não fizeram esforços para coordenar a greve do setor de transporte da principal cidade do país. Desconheceram o pedido dos ferroviários de não fechar acordo isolado para poder unificar o movimento e o fecharam antes de acabar da greve ferroviária.
A direção dos metroviários argumentou que não havia condições para a greve. Porém, qual o problema em adiar o fechamento do acordo para ajudar os ferroviários? Ou fazer uma paralisação “simbólica” de 5 minutos em apoio às greves das demais categorias do transporte no coração financeiro do país? Em todas as lutas o mais necessário é a unificação e coordenação.

e) o fórum de luta de SJC

No vale do Paraíba, há um processo de fortalecimento do sindicalismo combativo que já dura há vários anos. Nos últimos meses, com o aumento das lutas, foi organizado um fórum unificado que agrupa todos os lutadores. O sindicato dos Metalúrgicos, da CONLUTAS, foi o único da região que se retirou da iniciativa, deixando claro que não querem coordenar as mobilizações. Seu interesse é unicamente se auto-construir, por isso só aceitam estar em espaços que controlem ou tenham a predominância de seu agrupamento.

Box: Governo forte ou governo fraco?

A corrupção é uma dos maiores problemas do país. É através dela que escoam rios de dinheiro que deixam de ser investidos em saúde, educação e serviços públicos para a população pobre. A “faxina” de Dilma não passou de puro jogo de cena porque o governo não pode se auto-investigar. “Quanto mais se mexe mais fede”. Debaixo do tapete têm petistas de várias patentes e todo tipo de governistas. Um novo componente nas lutas é que elas não são só sindicais, o povo trabalhador começa a perceber que dinheiro existe para reajustar salário e melhorar a vida. É o que demonstram as mobilizações de 7 de setembro contra a corrupção em Brasília, São José dos Campos-SP, etc.
Para um sindicalista é muito importante saber se o governo está forte ou fraco, se o patrão manda mesmo ou os trabalhadores estão na ofensiva. Se a correlação de forças é boa para a nossa classe podemos lutar e triunfar, se estamos derrotados uma boa negociação pode ser a melhor saída. Dirigentes da Conlutas, assim como de outros agrupamentos sindicais, tem afirmado que o governo está forte, que Dilma está com a popularidade elevada não vendo que há um amplo setor que está insatisfeito com o governo.
Esse erro de análise tem levado muitos setores, mesmo que de forma legítima, a fazerem campanhas meramente de propaganda como os 10% do PIB para educação, etc. Por isso sua política e palavras de ordem estão centradas na exigência do governo: “Dilma, queremos educação…” “Dilma, quero o que é meu”. Como se estivéssemos diante de um governo fortíssimo, o que não é o caso. Desde a queda de Palocci já caíram 5 ministros. Para nós fica claro que este é um governo muito mais fraco que o anterior.
Outro argumento falacioso é que o país está crescendo, coisa que não é real. O Brasil crescerá menos que em 2010, apenas 3,5% este ano e a indústria só aumentará 2,5%. E o que prima não é o crescimento, mas a crise mundial e o ajuste. Por isso a Conlutas adotou a mesma bandeira que a Força Sindical, “agora queremos o que é nosso”. O que muda não é que o Brasil cresceu muito, o que muda é que tem corte, arrocho, inflação, e o trabalhador está cansado de ser escravizado por Dilma e pelos empresários e está reagindo com greves radicalizadas.
Por fim, algumas correntes da Intersindical dizem que há mais lutas, mas que não mudou muita coisa e por essa via justificam campanhas parecidas. Também a direção majoritária do PSOL, onde uma parte de nossos sindicalistas é filiada, esforça-se por apresentar uma saída eleitoral, focada na atuação parlamentar. Trata-se de uma linha errada, pois é a luta direta que está mudando a conjuntura, é a crise do governo e a mobilização que explica, por exemplo, a queda do prefeito de Campinas/SP.
A nova conjuntura que vivemos será marcada por novas explosões ao estilo da que ocorreu em Jirau, de novas greves massivas como a dos bombeiros, de novas rebeliões como a de Teresina, de novos ativistas anti-burocráticos como os da base da FASUBRA.

Todo apoio aos estudantes que lutam contra o governo e os tubarões da educação!

As rebeliões que percorrem o mundo: África, Oriente Médio e Europa, têm um componente de juventude que dinamiza o movimento. Começou no Egito com a Praça Tahir, seguiu com os indignados na Espanha, a revolta dos imigrantes na Inglaterra, com os jovens na primeira linha da triunfante guerra na Líbia e agora com o levante dos estudantes no Chile.
A transmissão da TV ao vivo, a internet, as redes sociais e os celulares são novas armas que nas mãos da juventude rebelde incrementam e impulsionam a mobilização nas ruas. Foi assim na marcha da liberdade, no Fora Micarla em Natal, nos atos do 7 de setembro…
A juventude do coletivo “Vamos à Luta” participa ativamente da greve nas universidades e nas ocupações de reitorias, como no caso da UFF (Niterói/RJ) que terminou com todas as reivindicações dos estudantes atendidas. Mas do que nunca a campanha pelos 10% do PIB e os comitês que estão sendo formados devem ser espaços para ação e não meramente de propaganda. Devem ser espaços para coordenar as novas ocupações e greves estudantis.

Unidos pra Lutar

Somos uma Associação de Sindicatos Independentes, oposições e movimentos populares que lutam para construir uma nova direção para a classe trabalhadora, com democracia, luta e autonomia.
Não se trata de construir uma central a qualquer preço, tarefa estratégica que não abandonamos. Mas, o esforço por construir uma ferramenta unitária e classista foi abortado no CONCLAT devido à política hegemonista do PSTU que, além de impor sua concepção de estrutura e funcionamento, para ser maioria na central, rompeu totalmente com o classismo, impondo a participação dos estudantes da ANEL, que é um movimento policlassista..
Somos contra qualquer acordo que sirva essencialmente para turbinar o projeto de um partido político; por isso também somos contra a construção de uma central do PSOL, mesmo que muitos militantes da UNIDOS sejam filiados a esse partido.
Não pretendemos construir uma central sindical a partir da Unidos pra Lutar. Simplesmente nos constituímos como Associação para ajudar a fortalecer um pólo unitário que aglutine sindicatos e lutadores em meio da traição das grandes centrais sindicais e da dispersão da esquerda. Achamos que, desta forma, ajudaremos na construção de uma nova direção da classe trabalhadora brasileira.

UNIDOS PARA LUTAR – Associação Nacional de Sindicatos Independentes
Com autonomia, democracia e luta