Não votamos em patrões, nem na direita!

O deputado Marcelo Freixo deveria fazer campanha para Renata 50 e para a Frente PSOL-PCB-UP

O deputado Marcelo Freixo acaba de divulgar apoio à candidatura a vereador do empresário Armed, que concorre pelo partido Cidadania (antigo PPS). Um político patronal, inimigo de classe, empresário do setor de bares e restaurantes. Se trata de um dos setores que mais exploram os trabalhadores, que na pandemia demitiram em massa e reduziram direitos, além de serem parte ativa das pressões pelo fim das poucas medidas de isolamento físico que existiram em nossa cidade. Uma candidatura de um partido de direita e fisiológico que recentemente esteve no governo ilegítimo de Michel Temer, no ministério da Cultura e Defesa, no momento em que se votava a PEC do teto de gastos, se implementou a intervenção militar no Rio de Janeiro e a corrupção rolava solta em Brasília e no Rio.

Um desrespeito ao PSOL, à Frente PCB – UP e à militância da campanha

Sem nenhum debate em nossas instâncias, o deputado Marcelo Freixo faz campanha para outras candidaturas, num desrespeito à militância do PSOL e da Frente PCB – UP.  Marcelo Freixo deveria estar na linha de frente da campanha por Renata 50, pelos vereadores do PSOL, pelos vereadores do PCB e UP, e não de partidos de direita e de políticos burgueses.

Neste momento, enquanto seguimos em campanha, no vira voto por Renata 50, pelo voto proporcional no PSOL e na Frente PCB-UP, nos afirmamos contra as posições de Marcelo Freixo. É um erro que a maior liderança do PSOL use seu capital político – um patrimônio coletivo construído também por esforço da militância – para favorecer a candidatura de um empresário de um partido de direita.

A conciliação de classes jamais beneficiou a classe trabalhadora e o povo, sempre acumulou forças para a direita e a extrema direita

No apoio ao empresário do Cidadania, Freixo argumenta que precisamos de uma união ampla de “vereadores de vários partidos” que estejam “comprometidos com o Rio de Janeiro, com a economia e com a geração de emprego e ética”. Em um arco de alianças no qual cabe qualquer um, até mesmo Eduardo Paes, do DEM, partido do nefasto Rodrigo Maia.

Um discurso de conciliação de classes que semeia ilusões de que os empresários são aliados para tirar o Rio de Janeiro “do fundo do poço”. Ao contrário, a conciliação de classes jamais beneficiou a classe trabalhadora e sempre acumulou forças para a direita, vide os anos da experiência de frente ampla do PT com PMDB, em nível nacional e no Rio de Janeiro, com Sergio Cabral e Eduardo Paes. Um projeto falido que gestou os fenômenos de Crivella e Witzel, no Rio de Janeiro. Os empresários são a classe capitalista responsável por chegarmos ao “fundo do poço”, amargar uma pandemia de Covid-19 e uma pandemia de fome, miséria, arrocho salarial e retirada de direitos. O Cidadania integrou governos, como o do MDB, que nos levou ao “fundo do poço” do teto de gastos para garantir o pagamento da dívida externa e interna e amordaçar as prefeituras, além de ampliar a militarização das cidades.

Os patrões não são nossos aliados

Para tirar o Rio de Janeiro do “fundo do poço”, entendemos que o caminho é justamente o oposto: enfrentar os grandes empresários que devem milhões em impostos para o município; taxar as grandes fortunas dos multimilionários; por fim ao pagamento da dívida com os bancos e os parasitas do sistema financeiro; questionar as privatizações e terceirizações, que servem para beneficiar os esquemas com empresas e empresários corruptos, deixando os trabalhadores sem salários (como acontece com as merendeiras, porteiros e porteiras da educação) e sem direitos (como é o caso da insalubridade dos motoristas da COMLURB).

Seguir com o PSOL 50 e a Frente PCB-UP

Diante de tamanho boicote aos candidatos do PSOL e da Frente Um Rio de Esperança, não podemos ficar omissos e nos calar. Vamos defender o voto no PSOL 50, nos vereadores do PSOL e da Frente Um Rio de Esperança.

 

Vereador Babá, candidato à reeleição pelo PSOL, 50100

Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores – Tendência do PSOL

 

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