A UFRJ e o povo na rua!

O governo Bolsonaro sufoca as universidades públicas e, por consequência, a ciência e a produção de conhecimento. O resultado destes ataques são sentidos pela população mais vulnerável que fica sem insumos para, entre outras, se proteger da pandemia que já matou quase meio milhão de pessoas.
Neste meio tempo o governo, com a ajuda subserviente do Congresso Nacional, encaminha a reforma administrativa, como se viu durante a última semana, quando foi instalada a comissão especial para debater o tema, um duro ataque ao serviço público e, consequentemente, à população mais pobre que necessita destes serviços.
Estes fatos ensejam a retomada das ruas, conforme se viu no dia 29 de maio, quando milhares de pessoas, lideradas pelos estudantes e pelos movimentos sociais, entoaram um sonoro #ForaBolsonaro em centenas de cidades brasileiras, numa clara demonstração de que a reação é pra agora.
Ao contrário do que dizem as grandes centrais sindicais sob o pretexto de proteger as pessoas da contaminação, que obviamente deve gerar cuidados, não dá para esperar o processo eleitoral do ano que vem. É preciso uma reação para hoje e isso só é possível ocupando as ruas, conforme se projeta para o dia 19 de junho.
No âmbito da UFRJ, é preciso manter a mobilização verificada nas últimas semanas, quando a instituição resolveu denunciar os cortes orçamentários que ameaçam paralisar suas atividades a partir do próximo mês, cenário que se repete em várias instituições de ensino superior (IFEs) do país.
A assembleia comunitária, que acabou por se configurar mais em um ato virtual, foi muito importante. Mas isso não basta. É preciso que a categoria exija a mobilização constante com 1) a realização de reuniões de base; 2) o chamado para uma assembleia geral e 3) a convocação de uma nova assembleia comunitária, com os quatro segmentos, só que dessa vez com um caráter deliberativo.
Nestes espaços nós precisamos tirar tarefas claras de mobilização, como panfletagem, “colaços”, piquetes, paralisações, bloqueios de vias e tudo que for preciso para mostrar à sociedade e nível de insatisfação a que estão submetidos trabalhadores e trabalhadoras, sejam servidores públicos, sejam da iniciativa privada, especialmente os terceirizados (atacados pela contaminação da Covid-19 e ameaças em seus direitos trabalhadores).
Não é possível que a maior universidade federal do Brasil se renda ao medo e ao imobilismo. É preciso uma resposta urgente e contundente em nome da sua posição histórica de vanguarda das lutas que remete à resistência ao regime militar brasileiro. É preciso retomar esse espírito até a queda do governo genocida de Bolsonaro. Exigimos verbas para as universidades, Hospitais e escolas e não para o pagamento da dívida externa e interna. Por taxação das fortunas dos bilionários para garantir reajuste salarial, vacina, redução do preço dos alimentos e auxilio emergencial.
COMBATE Sindical na UFRJ (CST e independentes) – Oposição de Esquerda no SINTUFRJ (construindo a CSP-CONLUTAS)

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