Todo apoio a greve dos trabalhadores da Eletrobras e a luta dos portuários!

Os trabalhadores do sistema Eletrobras/Furnas completaram duas semanas de greve por direitos e contra a privatização. A greve é contra intenção da Eletrobras de aumentar de 10% para 40% o valor das alíquotas do plano de saúde, descontadas de seus contracheques, aumento que começa a vigorar já a partir de fevereiro. Os grevistas reivindicam uma resposta ao pagamento da Participação nos Lucros e Resultados dos anos de 2017 (Eletronorte), 2018 e 2021 (ambas da Eletrobras), por isonomia salarial por melhores condições de trabalho, contra as escalas abusivas, contra a diminuição do valor diárias de viagem e devido à ausência de testes de Covid na empresa.

Os trabalhadores portuários, uma das mais antigas categorias organizadas sindicalmente em nosso país, realizou uma nova rodada de paralisação nacional. Dessa vez a mobilizações ocorreu no dia do portuário, 28/01, com 12h de braços cruzados contra os ataques de privatização dos portos e, em alguns locais, a reinvindicação incluía a abertura de mais vagas de trabalho, contra a precarização.

Contra a privatização!

O governo genocida de Bolsonaro/Mourão é completamente privatista, quer colocar nas mãos do mercado os Correios, a Petrobras, os Portos e o restante do sistema elétrico. O tema da privatização continua no foco com o governo tentando ainda esse ano assegurar o processo de entrega de outorgas realizando o leilão da Eletrobras no 1º semestre de 2022.  No caso dos Portos, haverá um leilão no dia 25 de março da companhia Docas do Espírito Santo. As privatizações levam a dois graves problemas: 1) a lógica do mercado, passa a vigorar em setores estratégicos como o controle das nossas fronteiras, o transporte e envio de correspondência, nosso modelos de energia, prevalecendo o lucro dos empresários nacionais e internacionais e não os interesses da classe trabalhadora e a soberania nacional; 2) leva a uma queda geral do nível de empregos por conta das demissões, tal como  vimos nas privatizações dos anos 1990, feitas pela PSDB de FHC/Alckmin/Armínio Fraga, geraram justamente esses prejuízos.

Cercar de solidariedade a greve e unificar com as demais categorias

Temos que cercar de todo apoio essa greve do setor eletricitário e a luta dos portuários, com apoio ativo. Desde já exigimos das centrais sindicais, como a CUT, Força Sindical e CTB, o fortalecimento da greve e a unificação com as demais categorias que passam pelos mesmos ataques como os trabalhadores dos Correios, da Petrobras e Bancos. Exigimos também que as federações e confederações do setor elétrico, a intersindical de Furnas e dos portuários do Rio, os sindicatos do setor, bem como a FUP (Petroleiros), FENTECT e FINDEC (dos correios), CONTRAF (bancários)  organizem ações concretas unitárias. Do mesmo modo, coordenem ações com os movimentos contra os aumentos das passagens de trens, barcas e ônibus que estão ocorrendo no país, além da necessária movimentação em conjunto com os servidores federais, metroviários, garis, e demais categorias em campanha salarial. Exigimos também que a campanha Fora Bolsonaro, as frentes povo sem medo e brasil popular, a UNE, UBES, ANPG, joguem seu peso em apoio a luta voltando a convocar uma nova jornada nacional de passeatas de rua.

– Pelo atendimento das reivindicações! Por salário, plano de saúde, mais emprego! Contra as perseguições aos grevistas e lutadores!

– Contra as privatizações da Eletrobras, Portos, Correios e Petrobras! Reestatização das empresas estatais privatizadas nos últimos anos.

– Não pagamento da dívida aos banqueiros e destinação desses recursos para o setor elétrico, portuário e demais empresas estatais.

 

31/01/22

COMBATE SINDICAL (trabalhadores da CST e independentes), construindo a CSP-CONLUTAS

 


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