EDITORIAL | Fora Bolsonaro/Mourão e militares! Lula/Alckmin e a conciliação com patrões não são a saída! | Combate Socialista n°154

O governo Bolsonaro/Mourão continua sua política genocida contra o povo trabalhador. O novo aumento da gasolina e do diesel significará mais aumento da inflação e queda do nosso nível de vida. Disparam os preços do feijão, do óleo, do ovo e a cada mês compramos menos. Tudo fica mais caro e a culpa é do Bolsonaro e desse governo da extrema direita, com ministros militares, banqueiros e fazendeiros. A política bolsonarista é responsável pela barbárie que vimos no assassinato de Bruno Pereira e Dom Philips, na terra indígena do Vale do Javari, e no recente massacre da PM e de fazendeiros contra os Guarani Kaiowá, no território indígena de Guapoy (MS). Outro exemplo foi a tentativa de impedir uma criança estuprada de acessar o direito legal ao aborto. É preciso acabar com a trégua. Exigimos da Campanha Fora Bolsonaro uma jornada neste mês de julho, ao estilo do EleNão. É preciso protestar contra um presidente corrupto que desvia verbas da educação e um governo autoritário que discursa contra o resultado das eleições.

Bolsonaro faz nova cortina de fumaça!

A mudança do presidente da Petrobras ou o discurso sobre a redução do imposto ICMS é papo furado. Nada resolve. Não se trata apenas de trocar os milicos que comandam as estatais; temos que derrotar Bolsonaro/Mourão e seus ministros e parlamentares genocidas. O novo presidente da Petrobras deveria ser um trabalhador, eleito pelos seus colegas, para garantir uma Petrobras 100% estatal e sob controle da classe trabalhadora. E sobre os impostos, o que deveríamos debater? A taxação dos bilionários e das empresas multinacionais, destinando recursos para as áreas sociais. São pautas que precisamos exigir, em cada local de trabalho e estudo, que CUT, CTB, UNE, UBES, MST e MTST assumam.

E a Frente Ampla Lula/Alckmin?

Muitos trabalhadores e jovens, cansados do bolsonarismo, acreditam honestamente que a solução é votar na Frente Ampla. Compreendemos essa forma de raciocinar, mas discordamos. Vejamos como a Frente Ampla se posicionou agora, neste exato momento de barbárie bolsonarista e da crise na Petrobras: 1) se negou a convocar uma jornada nacional por justiça para Dom e Bruno, para os Guarani Kaiowá e em defesa da menina estuprada (ademais de boicotar as manifestações que ocorreram); 2) em meio à campanha salarial dos petroleiros, a cúpula da CUT/FUP se negou a aceitar a proposta da FNP de uma mesa única para negociação do Acordo Coletivo (todo trabalhador sabe que uma campanha salarial ganha mais força se tiver unidade na reivindicação e negociação); 3) as diretrizes programáticas de Lula/Alckmin, recentemente lançadas, não respondem a esses e outros temas (veja as páginas centrais).

A colaboração de classes só nos causa prejuízo

Esses três exemplos atuais são o que nos leva a seguir dialogado sobre o erro da política de colaboração de classes, as coligações entre trabalhadores e patrões. Ela gera imobilismo e abandono da independência política da classe trabalhadora. Isso ocorre porque os patrões e seus representantes jamais vão coligar com quem defenda de forma intransigente os interesses da classe trabalhadora e dos setores populares. O motivo é simples: trabalhadores e patrões têm interesses opostos; os empresários exploraram os trabalhadores e sempre querem arrochar nossos salários e direitos. A colaboração de classes nos impede de defender nossos interesses e bloqueia o caminho da ação direta contra o projeto ultrarreacionário bolsonarista. Precisamos aproveitar as eleições para fortalecer um projeto político da classe trabalhadora e dos setores populares.

Apoie a esquerda independente, sem patrões: Vera Lúcia, pré-candidata do Polo Socialista e Revolucionário

Queremos conversar sobre uma proposta alternativa. Uma esquerda independente e sem coligações com os patrões. A CST, tendência do PSOL, constrói o Polo Socialista e Revolucionário. Defendemos o reajuste de salário, empregos, revogação das contrarreformas trabalhistas, previdenciária e teto de gastos, o não pagamento da dívida pública, taxação dos bilionários, empresas e multinacionais, reestatização das empresas privatizadas e do sistema financeiro, a legalização do aborto, as pautas LGBTQIA+, fim da repressão policial ao povo negro, um governo da classe trabalhadora rumo a um Brasil socialista (veja a proposta do Polo nas páginas centrais). Queremos apresentar uma outra proposta para os trabalhadores e jovens com os quais conversamos e lutamos ombro a ombro: a companheira Vera Lúcia, mulher, operária e socialista, nossa pré-candidata à presidência (veja entrevista na pág. 9). Em cada estado, teremos pré-candidaturas ao governo, senado e a deputados. Venha conversar com a gente, participe de nossas reuniões e saiba mais sobre essa proposta socialista e revolucionária.

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