JUSTIÇA PARA COM O POVO KAIOWÁ É TER TERRA DEMARCADA

Mais um indígena do povo Guarani Kayowá foi assassinado, dessa vez Marcio, ele era liderança do Tekoha Gwapo’y Mi Tujury, território ancestral que está no nome da Fazenda Borda da Mata da empresa VT Brasil Administração, da família Torelli, e que foi retomado pelos indígenas em junho. Foi assassinado em uma emboscada com promessa de trabalho foi baleado e morto, outros três indígenas conseguiram fugir. Esse assassinato acontece no mesmo território do recente massacre promovido por policiais militares, com evidências de premeditação e sendo parte da violência endereçada.

O povo kaiowá sofre por muito tempo com ataques a grileiro, sem seu direito a terra, em 2012 escreveram uma carta após a justiça decretar o despejo com o seguinte trecho “Pedimos a Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos que decretem a nossa morte coletiva”, já ocorreram episódios de envenenamento com agrotóxicos em 2019, na terra Indígena Guyraroka, em 2015 tiveram suas residências incendiadas, invasões e assassinatos, tudo encomendado por fazendeiros que querem tomar suas terras. Infelizmente o que acontece com esse povo é o que acontece com todos os povos indígenas do Brasil, dados do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), em 2020 os conflitos territoriais atingiram 145 povos espalhados em mais de 200 terras indígenas e até Maio de 2022 já eram 5 assassinatos de indígenas.

Apresar do respaldo de uma decisão judicial impedindo a expulsão desses indígenas ocorre esses fatos, e a violência a esses povos é estimulada no discurso de Bolsonaro e patrocinada por ele e os bolsonaristas através de projetos de lei.

É PRECISO MOBILIZAR

É preciso enfrentar essa política, derrotar as ameaças e garantir justiça aos assassinados, e isso só é possível com luta e organização, por isso é importante uma jornada de luta nacional mobilizada pela APIB, partidos da oposição, movimentos sociais como o MST, a direção do movimento estudantil com a UNE, UBES e ANPG e as centrais sindicais como CUT, CTB e etc.

Essa jornada é fundamental para derrotar o marco temporal e avançar na conquista da demarcação das terras indígenas, garantir celeridade na justiça para o povo Kaiowá, para Bruno e Dom e os povos violados, mas também para conquistar concurso público para os órgãos ambientais como FUNAI, IBAMA e ter dinheiro para esses órgão e ações e não para a dívida pública que favorece os banqueiros nacionais e internacionais.

Nós solidarizamos com o povo Gaurani-Kaiowá e com os familiares dos mártires da floresta.

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