A Frente de Izquierda repudia desvalorização e o novo reajuste do governo e faz um chamado para impor uma resposta nas ruas, exigindo uma greve geral das centrais sindicais.

O ministro e candidato presidencial pela Unión por la pátria (UP) Sérgio Massa (Ministro da economia), decretou um salto de desvalorização de 22% na manhã de segunda-feira após a eleição, como parte do acordo com FMI, algo que foi ocultado deliberadamente frente a todos os seus eleitores. Essa desvalorização já está impactando em cheio os preços de produtos básicos, com aumentos que chegam até 25% nos três primeiros dias da semana. Estamos assistindo um salto na pulverização dos salários, nas aposentadorias e planos sociais, enquantos os beneficiados diretos são os investidores da dívida ilegítima e fraudulenta e dos grandes grupos exportadores.

Este novo golpe no nível de vida do povo trabalhador implementado por Massa (Ministro da economia) e apoiado por todas as alas da burocracia, desde Alberto Fernándes até Cristina Kirchner, passando pelos governadores peronistas e por Juan Grabois (Fundador do movimento dos trabalhadores excluídos que ocupa o departamento de governo da igreja católica pelo Vaticano) que o avalia com seu silêncio e dando apoio político ao candidato presidencial da U.P (Coalizão partidos Unión por la pátria) e também é apoiada por todas as aulas de Juntos por el Cambio (outra frente) e pelo candidato ultradireitista Javier Milei, o mesmo que disse que não tem problemas com FMI porque seus planos são para aplicar um ajuste ainda mais duro. A Frente de Izquierda Unidad, seus presidenciáveis, todos os outros candidatos e juntamente com sua militância em todo o país são a única alternativa política nacional que se manifesta contra esse novo saque ao bolso do trabalhador e que decididamente propõe romper com FMI e seus desígnios, convocando a milhares de trabalhadores e a juventude a ser parte dessa luta política e social.
O governo de Massa (Ministro da economia), Alberto e Cristina terminam seu ciclo mantendo e aprofundando todas políticas de ajuste e rebaixamento salariais do macrismo, e aplicando de forma obediente as políticas impostas pelo FMI que incluem a desvalorização, aumentos de tarifas e rebaixamento salariais para os servidores públicos, aposentados e beneficiários de planos sociais.
Com esta desvalorização pactuada de forma secreta com o Fundo Monetário, o governo de Fernandes e Massa (Ministro da economia) fazem grande favor a Millei e a Bullrich (também candidata direitista presidencial) próximo a outubro, por um lado, desmentindo que não há nenhum conteúdo progressista em um governo a serviço do Fundo Monetário, e por outro lado, fazendo trabalho sujo do ajuste da mesma forma que idealizam os opositores que aspiram a assumir após outubro.
Aqueles que acusam que “direita quer arrancar seus direitos”, aplicam o ajuste e agora uma desvalorização no mesmo sentido que anunciam seus concorrentes eleitorais: que o povo trabalhador seja o que pague pelo ajuste, enquanto os grandes grupos econômicos lucram em quantos dólares escapam.

Repudiamos que a burocracia sindical da CGT e da CTA, e da mesma forma burocracia das organizações sociais da UTEP, por apoiarem Massa (Ministro da economia)e suas políticas de ajuste. Na contramão, a FIT-U defende que temos que exigir que todos saiam a luta já, em defesa do salário e por todas as reivindicações da classe trabalhadora, a única que tem a força para parar a mão dos ajustadores e seus políticos.
Chamamos a convocar assembléias nos locais de trabalho, escolas, universidades e bairros para discutir ações para exigir das centrais uma greve geral, que seja o início de um plano de luta nacional, para organizar pela base ações entre o sindicalismo combativo e o ativismo de base antiburocrático, até derrotarmos os ajustes do FMI implementados pelo governo, apoiada por Bullrich e o ultradireitista Milei, que propõe aprofundar ainda mais o ajuste.
Cobramos para um aumento de emergência para todos os trabalhadores e aposentados que atenda ao valor da cesta básica exigindo que se reabram todas as paritarias (negociações setoriais coletivas), e que todos os salários se indexem automaticamente todos os meses segundo ao custo da cesta básica. Cobramos por um aumento significativo da ajuda social aos desabrigados e pelo comprimento da entrega de comida em restaurantes populares. Por comitês de trabalhadores e consumidores para garantir um controle efetivo dos preços dos lugares de produção e comercialização dos alimentos. Redução da jornada de trabalho para gerar trabalho para todos sem redução salarial, com plenos direitos, sem flexibilização e com salário mínimo igualável a cesta básica. Dinheiro para salário, trabalho, habitação, saúde e educação pública, não á dívida externa e FMI.

Todas estas reivindicações imediatas deverão ser parte de um plano econômico operário e popular como o que apresentamos desde a FIT Unidad, que parte do desconhecimento total e não pagamento da dívida externa e da ruptura com FMI, junto à medidas de autodefesa Nacional como a nacionalização do Banco central da República Argentina e do comércio exterior, criando um banco único e que evite as fugas de capital, garantindo créditos baratos e resguardo das poupanças e dos pequenos e dos pequenos investidores da poupança.
Nós da Frente de Izquierda Unidad sustentamos que a organização da luta da classe trabalhadora é a única ferramenta eficaz para derrotar o maior ajuste do governo e do FMI que é apoiada pelos ultra Milei e Patricia Bullrich.

Frente de Izquierda Unidad
PTS-PO-Izquierda Socialista-MS
16/08/2023

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