Diante da enrolação do governo Lula, construir nova paralisação dos SPFs em outubro!

O governo Lula-Alckmin não apresentou nenhum valor para reajuste salarial, dos auxílios e para reestruturação das carreiras no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2024 enviado ao Congresso no dia 31 de agosto. Infelizmente, também não aceitou revogar nenhuma medida de Temer e Bolsonaro e negocia com Lira uma Reforma Administrativa.

Depois da boa paralisação e dia nacional de luta ocorrido em 3 de outubro, o governo não convocou novamente o Fonasefe para debater as pautas do salário e auxílios apenas sinalizando uma reunião para novembro sem definir data. Nas reuniões específicas sobre Carreira, o governo não fala em valores orçamentários para a reestruturação.

O que há da parte do governo é uma grande enrolação nas mesas de negociação e um desrespeito às entidades sindicais quando nenhuma das pautas é atendida e se negocia a Reforma Administrativa por fora das mesas. Na Fasubra, logo após uma plenária em que a direção da entidade só encaminhou a discussão sobre a Carreira, o governo anunciou no dia seguinte uma proposta que inviabiliza qualquer mudança proposta.

Nesse sentido, nós da Combate defendemos na plenária da Fasubra e defenderemos na Plenária do Fonasefe do dia 7/10 a necessidade de um novo dia de paralisação em outubro e caso o governo não mude de posição, que as entidades indiquem às bases a necessidade de construir uma forte greve dos servidores federais como última saída para conquistarmos as nossas pautas em novembro.

A luta da classe trabalhadora contra a privatização do Metrô, CPTM e Sabesp com forte dia de paralisação na capital paulista dia 3/10 nos mostra o caminho. Em São Paulo também estão em greve estudantes e técnicos da USP e Unicamp (também contra o ponto eletrônico) em defesa da contratação de mais professores e uma série de pautas.
Esses são os exemplos que devemos seguir, unificando a luta com as demais categorias de trabalhadores para exigir nossas pautas de reajuste geral de salários, bolsa família de um salário mínimo, não ao Marco Temporal, pela revogação das Reformas neoliberais de Temer e Bolsonaro.

CUT, CTB, Fonasefe, Condsef, Fasubra, Fenasps, Sinasefe e Andes precisam sair das palavras para a ação

As entidades acima listadas são as majoritárias no serviço público federal e do empenho de suas direções depende a concretização dos calendários votados e a construção de novos dias de luta para pressionar o governo.
O que temos visto até aqui é que a maioria dessas direções pisam no freio para não se enfrentar com o Governo: os dias de paralisação votados não têm se concretizado em todo o país, porque não são construídos na base, os atos de rua não tem participação de todas as entidades e há uma enorme dificuldade para reativar os fóruns dos servidores nos estados.
A Condsef, logo após o dia 03, lançou um vídeo em que trata as movimentações do governo como positivas e declara que as portas do governo “não estão fechadas” e criando falsas expectativas em torno declarações vagas do Secretário de Gestão de Pessoas, José Feijó. Acreditamos que isso tudo está ocorrendo porque as direções majoritárias do movimento sindical têm como política blindar o governo Lula de críticas e de uma ação mais contundente dos SPFs. A falta de denúncia mais contundente das mesas de enrolação, a divisão de todas as categorias com foco nas carreiras especificas, tem gerado confusão e dispersão nas bases.
Na última reunião do Fonasefe realizada em 06/10, nós da Combate apresentamos a necessidade de construir uma nova paralisação em outubro e discussão de indicativo de greve para novembro caso o governo não mude de posição. Infelizmente a política das direções majoritárias presentes no Fonasefe foi aprovar somente um novo calendário com plenária dia 7/11 e dia de luta com atos em 08/11, ficando a cargo de cada entidade debater se paralisa ou não nesse.
Para nós da Combate esse calendário dá trégua de mais de um mês ao governo e o fato de não ser chamado explicitamente como dia de paralisação também é uma política para blindar o governo. Defendemos que as bases e entidades presentes batalhem na Plenária do Fonasefe em 7/10 por um calendário mais efetivo e com indicação de dia de paralisação e discussão da greve caso o governo não mude de opinião.

Por um movimento sindical combativo e independente dos governos e dos patrões.

Nós da Combate defendemos um movimento sindical e uma esquerda totalmente independente dos governos e dos patrões e que coloque a luta pelos direitos da classe trabalhadora em primeiro lugar.
Defendemos que a Fasubra, a condsef, o Fonasefe, as centrais sindicais e os sindicatos sejam independentes do governo Lula-Alckmin e organizem as lutas por salário, direitos, mais verbas para os serviços públicos e para derrotar os ataques vem sendo gestados contra o serviço público como a Reforma Administrativa e o Arcabouço Fiscal.

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