25 de novembro: dia Internacional de combate à violência contra a mulher!

 

Bruna Belinha

Militante feminista da CST

 

Em 1960, as irmãs Mirabal, Patria, Minerva e María Teresa, foram mortas pela ditadura de Leónidas Trujillo, na República Dominicana. Esse crime brutal transformou as irmãs Mirabal em símbolo de resistência popular e do feminismo. No ano de 1999, em honra a elas, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou a data 25 de novembro como “Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher”.

 

Durante a mobilização revolucionária do povo chileno contra o governo assassino de Piñera, houve grandes violações de direitos humanos, principalmente contra as mulheres e LGBTs, que sofreram todo tipo de abusos sexuais ao serem detidas. Em países como os Estados Unidos, Brasil, Polônia, Panamá, República Dominicana, entre outros, os governos tentam avançar sobre os direitos já conquistados das mulheres, como o direito ao aborto. Em outros países, como na Argentina, México, Turquia, Peru e Estado Espanhol, seguem a crescente taxa de feminicídios e transvesticídios.

Desde 2015, as mulheres são pioneiras nas mobilizações em todo o mundo, enfrentando a violência patriarcal e o sistema de dominação capitalista-imperialista, que respira às custas da superexploração do povo trabalhador, em especial das mulheres.

 

Basta de feminicídios!

 

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada dois minutos uma mulher é agredida e se registraram 120.000 casos de lesões corporais durante a pandemia. A Secretaria de Segurança registrou, em 2020, em 26 estados e Distrito Federal, o assassinato de 1.338 mulheres por sua condição de gênero, perpetrados em sua maioria por parceiros ou ex-parceiros. A falta de investimentos e políticas públicas agrava este quadro assustador. A ministra Damares investiu apenas 44% do orçamento do Ministério da Mulher. No Estado do Rio, os Centros Integrados de Atendimento, que dão assistência a mulheres vítimas de violência, correm o risco de fechar as portas por falta de verba. Damares responde à política machista de Bolsonaro, que paga trilhões em dívida pública para banqueiros, enquanto mulheres continuam sendo assassinadas e agredidas cotidianamente sem serviços de assistência pública.

Os últimos anos têm sido marcados por muita resistência das mulheres contra a violência, a retirada de direitos, a precarização das condições de vida e de trabalho. É necessário que as organizações feministas, sindicatos, centrais sindicais, organizações juvenis e populares incorporem as pautas feministas às reivindicações dos e das trabalhadoras e que organizem um 25N de luta. Devemos continuar mobilizadas nas ruas para derrotar a política machista de Bolsonaro e Damares e para acabar com a violência política e patriarcal contra as mulheres.

 

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