PSOL PARÁ SE RENDE AO MDB E VAI COM BETO FARO.

 

João Santiago e Eziel Duarte, Coordenação da CST Pará

A conferência do PSOL/PA, seguiu o mesmo curso à direita da direção majoritária nacional. A corrente Primavera (Edmilson Rodrigues/Marinor)   rendeu-se a imposição da família Barbalho (MDB), aprovando o apoio ao candidato a senador do PT, Beto Faro, e, por tabela, referendando o nome de Adolfo Oliveira ao governo, um nome com pouca expressão no interior do PSOL, mas que serviu aos objetivos de Hélder Barbalho, que desejava que o PSOL não tivesse um candidato competitivo. A família Barbalho cobrou um preço alto pelos R$ 150 milhões que cedeu à Prefeitura de Edmilson para o programa de renda mínima Bora Belém e outros milhões para o asfaltamento da cidade. O preço foi a perda total da independência de classe do PSOL e a invisibilidade do partido nas eleições de 2022 no Pará, deixando os trabalhadores sem alternativa.

Nós, da CST, junto com o bloco de esquerda no PSOL (APS, MÊS, LS), além da Resistência, votamos contra essa política que destrói o partido e defendemos a candidatura do companheiro Fernando Carneiro para governador, uma figura pública histórica e reconhecida no movimento de massas do Pará, atual vereador de Belém. Além disso, defendermos o nome da companheira Marisa Santos para o Senado. Na verdade, a Primavera só não votou pelo apoio direto a Helder Barbalho porque havia uma resolução congressual de candidatura própria.

Beto Faro foi preso por corrupção e aliado dos Barbados no Pará

O mais grave dessa política de destruição do PSOL é que a Primavera coloca o selo do partido em uma figura do PT completamente envolvida com a família Barbalho, com os fazendeiros do agronegócio e com a corrupção. Beto Faro foi preso pela Polícia Federal no primeiro governo Lula (2002 2006), quando era superintendente do INCRA no Pará. Seu envolvimento com fazendeiros do agronegócio no Oeste do Pará ficou conhecido como operação Faroeste (relação com o seu sobrenome e ao Oeste do Pará), onde quase 600 mil hectares de terras foram roubadas da União e entregues aos fazendeiros de Santarém, Oriximiná e Trairao etc. Em troca, recebeu R$ 300 mil de propina. Beto Faro só não foi foi julgado e condenado porque virou deputado federal. Caso contrário, estaria na prisão. Sem contar que usa todo o prestígio que conquistou quando era dirigente da Fetagri para dizer que Hélder Barbalho é amigo dos trabalhadores rurais e urbanos no Pará.

Por tudo isso, rechaçamos essa política destruidora de nossa independência de classe no PSOL e o nome de Beto Faro ao Senado.

Para manter acesa a chama da nossa independência de classe, chamamos o voto no professor João Santiago 160, do Polo Socialista Revolucionário, e conclamamos os trabalhadores, dirigentes sindicais  do campo e da cidade, os setores de esquerda do PSOL, como Vivi/mês, Fernando Carneiro/APS,  Silva Letícia/LS e Gisele/Resistência a votar na única candidatura de esquerda nessas eleições ao Senado no Pará; a única que defende a taxação dos ricos e das grandes fortunas, contra o marco temporal, em defesa das terras indígenas, contra a destruição da Amazônia; por um plano de obras públicas para acabar com os 3 milhões de miseráveis no Pará;  contra o agronegócio, por uma reforma agrária radical e sob controle dos trabalhadores, além de acabar com a farra dos banqueiros impondo o não pagamento da dívida pública.

 

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