Reprodução do artigo presente na página 5 do jornal Combate Socialista nº 175.

O Combate Socialista entrevistou a companheira Clécia Vieira, diretora do SEPE-RJ/Regional V e lutadora pelos direitos das merendeiras (cozinheiras escolares).

CS: Clécia, como você analisa a situação das merendeiras (cozinheiras escolares) da prefeitura do Rio com essa onda calor?

Clécia: As merendeiras trabalham em péssimas condições. O calor dentro das cozinhas chega a 40 graus e a sensação térmica é de 50 graus. O ambiente se transforma em uma fornalha. Além do mais, elas carregam panelas muito pesadas. Um ambiente verdadeiramente insalubre.

CS: O que Educação em Combate propõe para enfrentar essa grave situação?

Clécia: Nós da Educação em Combate propomos e lutamos por várias pautas. É necessária a diminuição da carga horária e ter direito ao adicional de insalubridade. É o que as empresas fazem com quem trabalha em altas temperaturas. E tem que climatizar as cozinhas. Na última assembleia da educação municipal, nós propusemos que o SEPE-RJ impulsionasse um abaixo-assinado pra instalar ventiladores e aparelhos de ar-condicionado nas cozinhas e demais ambientes das escolas. Essa proposta foi aprovada. Agora estamos correndo as escolas e vamos entregar as assinaturas com atos nas Coordenadorias Regionais de Educação no dia 27 de outubro. A prefeitura tem que dar uma solução.