Chega de enrolação ! Vamos à greve em 11/03.

Mobilizar pela base fortes assembleias de deflagração da greve dos TAEs e chamar a luta unificada de todo o funcionalismo público.

 O governo Lula/Alckmin não apresentou nenhuma proposta para reestruturar a carreira dos Técnicos-Administrativos em Educação (Taes) das universidades e institutos federais, em reunião realizada em 22/02 na sede do Ministério de Gestão e Inovação (MGI), que mais uma vez não passou de um espaço de enrolação.

Segundo o governo, não há orçamento disponível para reestruturar o PCCTAE. Sendo assim, foi apresentado somente os valores que foram informados na Mesa geral, de reajuste salarial de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026, e reajuste zero em 2024. O que é uma verdadeira vergonha!

O governo disse ainda ser contra a aplicação do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) aos Taes, do reposicionamento dos aposentados, como também é contra aumentar os níveis de capacitação para progredir na carreira, além de ser contra a valorização dos cargos A e B e da unificação dos cargos C e D. E quer manter a terceirização de cargos e a proibição de concursos.

Na reunião da Mesa de Negociação de 28/02, a enrolação se repetiu, mostrando que o governo se mantém intransigente às reinivindicações da categoria. Novamente não houve apresentação de nenhum orçamento para 2024.

Assembleias de base vão deflagar a greve da categoria.

 A semana de 26/2 a 01/3 será de rodada de assembleias em todo o país para que os (as) técnico-administrativos (as) da base da Fasubra votem a deflagração da greve a partir de 11/3. Outras assembleias também ocorrerão na semana de 4 a 8/3. Para que o movimento paredista se concretize é necessário que 50%+1 das assembleias aprovem a construção da greve.

Essa é a orientação consensual da direção da Federação e nós da Combate sindical acreditamos que essa orientação deve ser concretizada com mobilização e construção de fortes assembleias. O governo precisa ser impactado logo com as assembleias na deflagração.

Devemos também pedir notas de apoio de todos os sindicatos, movimentos sociais, parlamentares e partidos de esquerda. Devemos fazer atos de rua para ganhar o apoio da sociedade.

Infelizmente a postura do governo Lula está sendo de intransigência, desrespeito e descumprimento de promessas de valorização dos serviços e da educação públicos. Diante de mais uma falta de proposta e manutenção da política de reajuste de 0% em 2024, não nos resta outra opção que não seja a construção imediata da greve.

 A Fasubra tem que batalhar por uma greve unificada

 A partir de que temos a data de 11/3 para iniciar a greve dos Taes da base da Fasubra, achamos fundamental batalhar pela unificação da luta com outros setores do serviço público. Há discursos no interior da direção Fasubra que tentam desqualificar  e negar a importância de uma greve unificada, centralmente vindo da Unir-CUT. Nós pensamos o contrário.

Diante da intransigência do governo e de sua política de reajuste zero para 2024, é necessário seguir batalhando por uma greve unificada da educação federal e do conjunto dos SPFs exigindo das centrais sindicais e das entidades do Fonasefe que unifiquemos todas as lutas. Defendemos que as reuniões que vem sendo realizada  com a Fasubra, Andes, Sinasefe, UNE e Fenet passem para a ação apontando um calendário de lutas unificado da educação federal em defesa das carreiras, da recomposição do orçamento das universidades e das pautas estudantis.

Unificados estaríamos mais fortes para enfrentar o governo. Ao contrário, a fragmentação ajuda a política do governo de reajuste zero. Infelizmente a CUT e a CTB não apostam nessa unificação.

Derrotar a  Reforma Administrativa em sua totalidade.

 Lira e o Centrão querem aprovar a Reforma Administrativa de Bolsonaro ( PEC 32)  e o governo Lula se propõe a pactuar a aprovação desse ataque que tem como principal objetivo mexer nas carreiras,  diminuir os salários-base, aumentar os tempos de progressão e endurecer as avaliações de desempenho para facilitar as demissões no serviço público.

Devemos lutar para revogar e derrotar todas as reformas dos governos temer e Bolsonaro e não aceitar que o governo Lula siga apenas negociando a intensidade desses ataques sobre os trabalhadores. Seguir a luta contra a Reforma Administrativa e pelas revogação das medidas bolsonaristas.

Dinheiro para valorizar os servidores públicos, não para os banqueiros!

Nós comemoramos e fomos parte dos que lutaram para derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas. Enfrentamos sua política de privatizações e destruição dos serviços públicos.

Com o governo Lula-Alckmin o que temos visto, infelizmente, é a mais uma vez uma política econômica que privilegia o uso de verbas para o pagamento da dívida pública aos banqueiros em detrimento da valorização dos serviços e servidores públicos. Esse ano o orçamento tem R$2,5 trilhões aos bancos e pouco mais de R$3 bilhões para os serviços públicos, o que é uma vergonha.

O Arcabouço Fiscal serve para essa política, por isso defendemos que entre em nossa pauta a revogação do Arcabouço fiscal, o não pagamento da dívida pública, a taxação dos bilionários, diminuição e controle dos juros. Só assim podemos usar o dinheiro da riqueza produzida pelo país para garantir serviços públicos de qualidade, servidores valorizados, empregos pra todos e todas e dignidade para o conjunto da classe trabalhadora e dos povos oprimidos e explorados. É necessário construir uma esquerda e um sindicalismo independente do governo Lula-Alckmin,  de todos os governos, das Reitorias e dos patrões.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *