Após o massacre da farinha, Exigimos que o Brasil rompa relações agora com Israel

O Itamaraty, ministério das relações exteriores do governo brasileiro, acabou de lançar um pronunciamento contra o recente massacre em Gaza. Ação terrorista de Israel que ficou conhecida como “massacre da farinha”. No texto, afirma que o “governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, dos disparos por arma de fogo, por forças israelenses, no Norte da Faixa de Gaza, em local em que palestinos aguardavam o recebimento de ajuda humanitária”. Além de definir que “o governo Netanyahu volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal. E cabe à comunidade internacional dar um basta para, somente assim, evitar novas atrocidades. A cada dia de hesitação, mais inocentes morrerão”. Tais afirmações se somam às declarações do presidente Lula em recente visita ao continente africano.

Um novo massacre que comove o mundo

Este novo massacre a civis desarmados e famintos, que tentavam se abastecer com farinha, é mais uma demonstração de que os nazi-sionistas realizam um genocídio. Ele comoveu profundamente o mundo e foi mais uma demonstração de que é mentira que Israel está se “defendendo”. Em nosso país, a comoção fez com que artistas entrassem em cena, como Chico Buarque, que publicou uma mensagem de apoio aos palestinos nas suas redes sociais. É o momento para romper todas as relações com Israel.

Romper relações diplomáticas, econômicas, militares, culturais e científicas

Não há motivos que justifiquem qualquer relação entre Brasil e a entidade colonialista e terrorista de Israel. Exigimos do governo Lula e do Itamaraty a ruptura imediata de todas as relações econômicas, comerciais, diplomáticas, militares, culturais e científicas com Israel. Romper relações significa também a expulsão imediata do embaixador sionista, parceiro dos golpistas do 8J, de nosso país. Significa impedir o treinamento racista e uso de técnicas terroristas e aparatos sionistas por parte das PMs, como o caveirão. Significa também acabar com o uso de tecnologias de espionagem (como o software israelense FirstMile da ABIN) e revogar os acordos de cooperação assinados entre Brasil e Israel votados na Câmara dos Deputados (nas áreas de segurança, serviços aéreos e previdenciária). E que nenhuma universidade, instituição de ensino ou da cultura aceite ou mantenha relações com os sionistas e seus agentes. Exigimos que o governo Lula/Alckmin rompa as relações com o enclave sionista com urgência.

Retirar a Marinha Brasileira do comando da Combined Task Force

Ao mesmo tempo, exigimos que o governo brasileiro abandone o comando da Combined Task Force (CTF) 151, onde a Marinha Brasileira coordena forças navais multinacionais, em operações de combate suposto combate à pirataria, em uma das principais rotas marítimas mundiais. Dentre elas, o mar da Arábia e o Golfo de Aden, na costa marítima do Iêmen. Neste território, as forças armadas do Iêmen, em repúdio ao genocídio em Gaza, bloqueiam militarmente a passagem de navios que tentam abastecer a entidade colonialista de Israel, via Mar Vermelho. O governo Lula/Alckmin não pode compactuar com nenhum tipo de agressão ao Iêmen, cujas ações corretamente apoiam o povo palestino. Por isso exigimos que o Brasil se retire dessa força naval multinacional.

Romper relações e convocar mobilizações

Romper relações também significa exigir que o governo brasileiro apoie, divulgue e aplique em nosso país as diretrizes do BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), com medidas efetivas contra empresas que financiam o apartheid sionista, entidades financiadas por eles e proibindo eventos sionistas em nosso território, dentre outras medidas apresentadas pelo BDS Brasil e Internacional. Medidas que poderiam ajudar os movimentos que tentam impedir que prefeitos ou governadores firmem acordos com o enclave colonial e racista ou realizem homenagem aos genocidas.

Por fim, exigimos que o presidente Lula convoque mobilizações contra o genocídio. Uma convocação de Lula, com o peso de massas de sua liderança e a força geopolítica do Brasil no mundo, poderia massificar na escala de milhões as manifestações em nosso país e no continente. Uma ação concreta sua teria uma repercussão mundial e real, já que ajudaria a isolar Israel.

Até agora o governo Lula/Alckmin não rompeu com Israel. Nós temos, portanto, de ir às ruas para exigir que ele o faça. A CST batalha para que a CUT, CTB, UNE, UBES, MTST convoquem uma mobilização nacional pelo cessar fogo imediato e contra o genocidio, exigindo que o governo brasileiro rompa relações diplomáticas, econômicas e militares com Israel. Com o peso das centrais sindicais, sindicatos, movimentos estudantis e populares poderíamos realizar um forte dia de luta em todas as capitais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *