Ocupar as Ruas: Sem anistia para golpistas de 1964 e 8J

Estamos diante dos 60 anos do golpe militar que implantou a ditadura de 1964. Foram longos anos sem o direito de livre manifestação, com sindicatos biônicos e salários de fome, opositores presos, torturados e assassinados, genocídio contra os povos indígenas e massacre aos camponeses, dentre outros infinitos abusos. Até hoje eles nunca foram punidos por seus crimes. Gozam de impunidade que eles julgam ser infinita. É o que estimula a PM a seguir matando o povo negro nas favelas (como na Maré e na baixada Santista ou na Bahia) acobertada pelos tribunais militares que sempre os absolvem.

É absurdo que o governo Lula/Alckmin se negue a realizar qualquer ação sobre essa data e impeça que seus ministros o façam. A ditadura e seus reflexos são patentes agora e jamais podem ser esquecidos pela classe trabalhadora e os setores populares. Diferente do presidente Lula não esquecemos e nem perdoamos. Queremos memória verdade e justiça. E isso significa a reabertura da comissão da verdade e ações concretas para as comissões de ex-presos políticos, de familiares de desaparecidos, com a punição de torturadores de 1964 e todos os que forma parte do regime ou com ele colaboraram.

Há um outro motivo para lembrar. Não foi por acaso que a mesma cúpula das Forças Armadas organizaram junto com o Bolsonaro a intentona golpista de 8J de 2023. A cúpula militar sempre esteve e sempre estará a frente, ao lado e dentro de todo e qualquer movimento reacionário e antidemocrático, já que atuou sempre assim, desde o golpe que implantou a República da espada de Deodoro e Floriano. Agora na intentona 8J, assim como antes, eles estão impunes. Golpistas como Múcio, seguem como Ministros da Forças Armadas do governo Lula/Alckmin. No Banco Central continua o bolsonarista campos Neto.

Esso impunidade tem que acabar. A hora é agora!

No próximo dia 23 vamos estar nas ruas, gritando sem anistia novamente. Sem anistia para os golpistas de 64 e da intentona de 8J liderada por Bolsonaro. Vamos construir os atos de descomemoração do golpe de 64 nos dia 31 ou 1. Exigimos que a CUT, CTB, UNE, MTST joguem todo seu peso na construção dessa luta.

Vamos nos mobilizar nas ruas pelo confisco de bens, cassação de mandatos, exoneração de cargos e prisao dos golpistas. Vamos exigir a expropriação das empresas e patrimônio de todas as empresas e empresários que financiaram a tentativa de golpe, como a Havan.

Exigimos a revogação das reformas da previdência, trabalhista, do NEM e da privatização da Eletrobras, e destituição de todos os reitores biônicos das universidades.

Lutamos pelo fim do repasse de verbas públicas a empresas que enriqueceram na ditadura de 64 como a rede globo e empreiteiras. Redução geral de todo orçamento militar e canalização desses recursos para o serviço público federal. Fim do GSI e da ABIN.

Exigimos a ruptura de relações com os nazi-sionistas de Israel.

Vamos seguir o exemplo combativo que vem da Argentina e lutar nas ruas para esmagar de vez a extrema direita de Bolsonaro, Milei e Trump.

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