Fora Israel da Síria! Basta de bombardeios!

Após a queda do ditador assassino Bashar al-Assad, as forças israelenses, lideradas pelo genocida Benjamin Netanyahu, iniciaram uma agressão militar ao território sírio.

Com as desculpas de destruir “arsenais de armas estratégicas” e de evitar que tais armas caiam nas mãos dos rebeldes, o exército israelense realizou 350 ataques aéreos e navais apenas nas primeiras 72 horas desde a queda de al-Assad, chegando a apenas 25 km da capital da Síria, Damasco.

A enorme incursão militar israelense no território sírio é a maior dos últimos 50 anos, desde a Guerra do Yom Kippur, em 1973. Ela atravessou a zona desmilitarizada, acordada naquela época pelas forças internacionais e consolidada numa resolução da ONU. A magnitude da agressão militar é tão grande, que atingiu a marinha da Síria, destruindo 15 navios nos portos de Al-Bayda e Latakia, e dezenas de mísseis ar-ar, com alcance de até 190 quilômetros.

Nós, da UIT-QI, repudiamos a agressão militar de Israel à Síria e denunciamos que a abertura desta terceira frente, junto com a invasão de Gaza e do Líbano, nada mais é do que uma expressão da sua política genocida, expansionista, colonialista e bélica, com a qual o cada vez mais isolado Netanyahu procura sustentar o Estado sionista e racista de Israel como um porta-aviões do imperialismo ianque, na sua histórica agressão contra os povos do Oriente Médio.

Sem depositar qualquer confiança ou apoio político ao novo governo de transição da Síria, liderado pelo antigo governante de Idlib e líder da HTS, Mohammed al-Bashir, apoiamos o povo sírio e o seu tremendo triunfo ao derrotar a ditadura de al-Assad. E também apoiamos o povo palestino de Gaza e da Cisjordânia, e suas organizações, que lutam para expulsar o invasor israelense e resistem heroicamente ao genocídio perpetrado, diante da impunidade garantida pelo imperialismo ianque e europeu.

É tarefa do povo sírio, dos povos árabes e de todo mundo construir a unidade para enfrentar esta nova agressão criminosa de Israel na Síria. Apelamos às organizações sindicais, políticas, de mulheres e de juventude em todo o mundo para que redobrem a sua mobilização em apoio à resistência palestina e se solidarizem com o povo sírio e a sua luta. Exigimos que os países árabes quebrem a sua passividade e tomem medidas imediatas para expulsar o Estado invasor de Israel da Síria e de todos os territórios ocupados, enquanto em cada país lutamos pela ruptura imediata das relações econômicas, militares, diplomáticas e acadêmicas com o Estado genocida de Israel.

Unidade Internacional de Trabalhadoras e Trabalhadores – Quarta Internacional (UIT-QI)
11 de novembro de 2024

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