Chega da matança da polícia

O Bope do Rio de Janeiro realizou uma operação na comunidade Santo Amaro na Glória e matou o jovem Herus Guimarães Mendes, de 24 anos. Mais uma ação criminosa da polícia do governador da extrema direita, Cláudio Castro (PL) que ceifou a vida de um jovem e baleou mais 5 pessoas. É o método do atira primeiro e pergunta depois que tem sido a marca da política de segurança de Castro.

Como sempre, a narrativa mentirosa contada pela polícia é a mesma. Foi atacada por criminosos. Só não considerou que fazia uma operação na comunidade em plena uma festa junina onde muitas pessoas, entre elas várias crianças, se divertiam em um momento de lazer.

Claudio Castro tem as mãos sujas de sangue

Fora Cláudio Castro e a sua política de segurança

Não temos dúvida que Cláudio Castro está com as mãos sujas de sangue e que ele e o Secretário de Segurança são os responsáveis pela morte do jovem Herus. Essa falida política de segurança pública que visa matar pobres e negros tem sido a marca dos governos nos últimos 40 anos no estado do Rio e está mais claro que só aumenta a violência.

E o Prefeito Eduardo Paes( PSD) apoiando essa mesma falida política quer armar a guarda municipal o que só vai potencializar ainda mais violência contra os trabalhadores e a população mais vulnerável.

Fim da guerra ao povo negro e do extermínio da juventude nas favelas

Os governadores e a cúpula militar se escondem num discurso de combate “ao crime” e numa cruzada contra as “drogas”. Tudo mentira, pois os maiores criminosos, os milicianos que controlam territórios, os grandes barões do tráfico de armas e drogas convivem muito bem nos governos e nos espaços de poder. Lembremos que até em aviões da FAB, no governo Bolsonaro, transportava-se cocaína para o tráfico internacional.

A chamada “guerra às drogas” é a desculpa para assassinar crianças, jovens, mulheres e idosos pretos das periferias. Vivemos a criminalização da pobreza e um processo de naturalização da violência e desumanização desses corpos e territórios. São décadas e décadas de “operações” invadindo o morro, ocupação militar das favelas, tropas aterrorizando as baixadas e vielas e só quem perde é o povo trabalhador e a juventude negra. E tudo isso foi aprofundado pela Lei de Drogas, sancionada nos governos anteriores do PT, que somente ampliaram o encarceramento do povo negro.

Na faixa de gaza e nas comunidades do Rio a prática é a mesma

Hoje vivemos uma incursão do nazisionismo israelense na faixa de Gaza com o objetivo de exterminar o povo palestino. Pois bem a PM do Rio não só compra armas e equipamentos de Israel como recebe treinamento dos mesmos que há décadas assassinam crianças e jovens na faixa de Gaza e Cisjordânia. Não é surpresa que como na palestina a prática da polícia do Rio também é a mesma, pois as armas que matam em Gaza são as mesmas que matam pobres e negros nas comunidades do Rio de janeiro. Por isso que cresce a pressão para que o governo Lula rompa todas as relações com Israel porque não se pode manter qualquer tipo de acordo com um Estado genocida.

Mobilizar por justiça para Herus Mendes

Moradores da comunidade Santo Amaro fizeram um ato na manhã de 07/06 e estão convocando um próximo para o dia 08/06. Esse é o caminho a ser tomado para que mais um crime cometido pela polícia não seja impune. Por isso é fundamental que as organizações de direitos humanos e dos movimentos sociais e sindicais estejam na linha de frente da justiça para Herus e construam lutas. Exigimos investigação, justiça e a prisão para os responsáveis por esse crime bárbaro e indenização para a família de Heron.

Por mais segurança para os trabalhadores: Desmantelar os aparatos repressivos

Para um projeto real de segurança para a classe trabalhadora é necessário unificar as lutas por justiça contra a violência policial e as pautas da classe trabalhadora. Exigir com isso o desmantelamento das PMs em todo o país e um plano de investimento real nas cidades para garantir emprego e moradia.