Palestina: Apesar da repressão no Egito, aconteceu a grande marcha global pela Palestina

Organizações de países árabes, da Europa e de todo o mundo convocaram uma marcha a Rafah, em 15 de junho, na fronteira entre Gaza e o Egito, bem como manifestações ao redor do mundo. Exigiram o fim do bloqueio à entrada de alimentos e água em Gaza. Demandaram também o fim do genocídio perpetrado por Israel, com o apoio em armas dos Estados Unidos e dos imperialismos europeus. Com a invasão a Gaza, nos últimos 20 meses, Israel já matou mais de 55.000 pessoas e agora está provocando deliberadamente a fome.
Na sexta-feira passada, milhares de pessoas de 50 países chegaram ao Cairo para iniciar a marcha, que também contou com a participação de milhares de egípcios. Muitas delas vieram de outros países árabes do Norte da África. Porém, as autoridades egípcias, cúmplices de Israel, bloquearam os manifestantes. Começaram se recusando a responder aos pedidos de autorização para a marcha. Em seguida, detiveram e reprimiram os manifestantes que já estavam reunidos no Egito, em Ismailia (a 100 km do Cairo), para iniciar a marcha, confiscando passaportes, prendendo-os e espancando-os brutalmente. Em seguida, expulsaram os manifestantes estrangeiros do Egito.
Além disso, em 9 de junho, soldados israelenses interceptaram o barco da Flotilha da Liberdade, com a ativista sueca Greta Thunberg, que buscava entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Os tripulantes foram presos e deportados para seus países de origem.
Israel, com o apoio dos Estados Unidos e dos governos árabes cúmplices do genocídio, como o Egito, conseguiu impedir que a marcha chegasse à fronteira de Gaza.
No entanto, não impediu a mobilização global massiva contra Israel sionista e em apoio ao povo palestino.
Manifestações em solidariedade à Palestina e em apoio à marcha global contra o genocídio em Gaza ocorreram em todo o mundo na semana passada.
Na Espanha, houve grandes manifestações em Barcelona, Madri e outras 120 cidades. Em Amsterdã, na Holanda, 150.000 pessoas foram às ruas, vestidas de vermelho e agitando bandeiras palestinas. Da mesma forma, 100.000 pessoas foram às ruas em Bruxelas, na Bélgica. Também houve grandes marchas na Itália, na Alemanha, na França, na Grã-Bretanha e em outros países europeus. Ocorreram novas marchas pela Palestina nos Estados Unidos. Entre as reivindicações dessas marchas estava a interrupção imediata do envio de armas dos Estados Unidos e da Europa para Israel.
Grandes marchas também ocorreram na África, no Oriente Médio, na Ásia e na América Latina, na Argentina, no México, na Venezuela, no Brasil, na Bolívia e em quase todos os países da região. A marcha chilena, com 15.000 pessoas, foi particularmente notável, exigindo o rompimento imediato de todas as relações com Israel.
Nós, da UIT-QI, lutamos por um cessar-fogo imediato, pela retirada de todas as tropas israelenses de Gaza, da Cisjordânia, da Síria e do Líbano e pelo fim da atual agressão criminosa contra o Irã. Também lutamos pela libertação de todos os detidos pelo governo egípcio. E apoiamos a heroica resistência palestina. Por uma Palestina única, laica, democrática e não racista. Uma Palestina livre, do rio ao mar!
Nós, da UIT-QI, participamos ativamente da organização dessa marcha global tão importante. Defendemos a continuidade da luta internacional unitária por ajuda a Gaza. Exigimos que o governo egípcio cesse a repressão e permita que a ajuda chegue a Gaza, contra o genocídio promovido por Trump e Netanyahu.
16/06/2025