30 mil nas Ruas em Apoio à Palestina e pela Ruptura de Relações com o Nazi-Sionismo de Israel!

Lorena Fernandes – Coordenação Nacional da CST

O apoio à libertação da Palestina se expressou fortemente nas ruas no dia 15 de junho. Mais de 30 mil pessoas ocuparam a Rua da Consolação até o Pacaembu em defesa do povo palestino e exigindo que o governo Lula rompa as relações com o Estado genocida de Israel. O ato de São Paulo foi o maior já ocorrido em defesa da Palestina livre, expressando a disposição em demonstrar nas ruas a solidariedade ao povo e à resistência palestina, exigindo a ruptura de relações com Israel. Thiago Ávila esteve presente, logo após ter sido sequestrado por forças israelenses na corajosa embarcação da Flotilha. Aconteceram manifestações também em Belém e no Rio de Janeiro, como parte do chamado mundial de luta contra o genocídio ao povo de Gaza.

Os atos do dia 15 aconteceram em um momento crucial, pois o holocausto a céu aberto continua em Gaza, com ataques, bombardeios e bloqueio de alimentos, água e medicamentos. Enquanto isso, na Cisjordânia, colonos israelenses seguem atacando o povo palestino, e Israel ainda lançou ataques ao Irã, demonstrando assim seu caráter colonial e nazi-sionista. Por isso, é fundamental seguirmos as mobilizações, como parte do movimento global em apoio à libertação da Palestina e contra os ataques de Israel e do imperialismo estadunidense e europeu.

A Flotilha da Liberdade e a Marcha para Gaza expressam o fortalecimento da causa palestina!

As ações para furar o bloqueio imposto por Israel, como a Flotilha da Liberdade e a Marcha para Gaza, combinadas com as mobilizações mundiais que têm ocupado as ruas e universidades pelo mundo, representam o grande patamar que a causa palestina ganhou globalmente. Essas duas ações enfrentaram as forças repressoras israelenses: a Flotilha foi sequestrada, e a Marcha para Gaza foi reprimida pelo governo do Egito, cúmplice do genocídio. Nos somamos e defendemos todos aqueles que expressam seu apoio e solidariedade à resistência palestina, e é necessário permanecer em mobilização.

Romper todas as relações com Israel já!

É a cada dia mais evidente o caráter genocida e colonialista do Estado de Israel. Trata-se de um enclave imperialista criado para que os EUA e países da Europa tenham o controle sobre as riquezas dos países árabes, e, para esse fim, perpetuam o extermínio e a expulsão do povo palestino. O massacre ao povo palestino é uma política de Estado, a qual Israel já não é mais capaz de esconder. Então fica o questionamento: por que Lula ainda mantém relações com o Estado nazi-sionista de Israel?

Uma das palavras de ordem mais presentes durante o ato dos 30 mil foi:
“Governo Lula, eu quero ver, a ruptura com Israel acontecer!”

Não à toa! O Brasil atualmente possui inúmeras parcerias com o Estado genocida de Israel. Somente no ano de 2024, o Brasil esteve na posição de 12º maior parceiro comercial com o enclave imperialista. O petróleo brasileiro é o principal produto exportado aos genocidas, para alimentar seus aviões e tanques que se voltam contra o povo palestino. Ainda em 2024, o Brasil chegou a ser o maior exportador de petróleo para Israel. Neste ano, o jornal irlandês The Ditch expôs a escandalosa exportação de aço da empresa siderúrgica brasileira Villares Metals para alimentar a indústria bélica israelense.

Já passou da hora de o governo Lula colocar um basta na parceiragem com os genocidas! Esse é o clamor expresso nas ruas e na Carta do BDS direcionada a que Lula rompa as relações.

Infelizmente, apesar das críticas corretas que Lula tem feito ao classificar as ações de Israel como genocídio, essa postura não tem se refletido em ações práticas. Por isso, reafirmamos que seguiremos nas ruas pelo rompimento completo de relações com o Estado nazi-sionista de Israel!

Além das relações comerciais, Israel exporta para o Brasil armas e tecnologia para que as PMs reprimam com mais eficiência o povo preto e pobre. O governador da extrema direita de São Paulo, Tarcísio, por exemplo, firmou contratos de mais de R$ 37 milhões com três empresas israelenses especializadas em segurança pública. As armas que alvejam o povo de Gaza são compradas por governos daqui para se voltarem contra o povo das favelas e periferias.

Nossa amizade não é com Israel! É com o povo palestino!

Em meio à intensificação do holocausto palestino, o Senado brasileiro aprovou o dia da “Amizade” Brasil-Israel. Um verdadeiro desprezo às vidas palestinas. O projeto seguiu para o veto ou sanção do presidente. Infelizmente, a opção de Lula foi a de não se posicionar, jogando o projeto de volta para o colo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que imediatamente promulgou esse escárnio.

Seguir nas ruas e intensificar a pressão pela ruptura de relações!

Somos parte de um movimento global contra o genocídio, em defesa da resistência palestina e por sua libertação. Para isso, é necessário seguir nas ruas, exigindo a imediata ruptura de relações dos governos com os nazi-sionistas de Israel, por uma Palestina livre, do rio ao mar!