As eleições de DCE e CONUNE na UFMG
Por Andressa Rocha e Duda

Nos dias 17 e 18 de junho aconteceram as eleições para o CONUNE e o DCE da UFMG. Ocorreu em um tempo reduzido, apenas 6 dias de campanha, resultado de uma política do Afronte/Resistência de não querer realizar um debate político. O processo contou com 4 chapas para o DCE e 3 para o CONUNE, o que lamentamos, pois defendemos a unidade dos setores que são oposição à majoritária da UNE (UJS, Levante e, agora, com apoio da Juventude Sem Medo e, na UFMG especificamente, o Afronte) e que reivindicam o fim do Arcabouço Fiscal.

Nós, da juventude Vamos à Luta e da CST, construímos a Chapa 4 (UFMG NÃO SE RENDE) com o coletivo Juntos, Correnteza e UJC/PCBR, defendendo um programa que debateu os problemas da universidade e apontando o seu principal responsável: o Arcabouço Fiscal de Lula/Alckmin e a necessidade da mobilização para derrotar esse ataque.

A Chapa 3, composta por UJS, Afronte e Levante, ganhou o processo, sendo os setores que travam as lutas a fim de blindar o governo, exigindo apenas a “educação fora do arcabouço fiscal”. A unidade dos setores que desejam derrotar essa política de traição de classe poderia ter saído vitoriosa do processo. E mais do que vencer o processo, poderia ser uma alternativa e uma nova direção para o movimento estudantil, que vocalize e impulsione as lutas.

Seguiremos a disputa política no Congresso da UNE e queremos seguir o diálogo com cada estudante, para seguir nas ruas e nas lutas por uma educação de qualidade, em que todos os estudantes possam ingressar e permanecer na universidade.

UFF: Conheça nossa tese: Fora da Ordem!
Por Laís e Hunter

Na UFF, sofremos com um orçamento equivalente ao de 2013. Só este ano, foram menos de 6 milhões no orçamento, sendo apenas 1,2 milhão destinado à assistência estudantil. Não podemos aceitar que estudantes sigam sendo expulsos da UFF por falta de assistência estudantil! Por isso, convocamos a todes estudantes indignades para virem conosco ao CONUNE batalhar pela recomposição orçamentária.

Infelizmente, na UFF, apesar dos nossos esforços, não foi possível unificar todas as forças à esquerda do governo para a eleição de delegados. Isso porque a Chapa 2, refletindo a atual direção do DCE da UFF, preferiu fazer chapa com um setor governista da Juventude Sem Medo — o Travessia. Essa escolha compromete a independência da chapa, e os impactos são visíveis: tanto no dia 29/05 quanto no dia 26/06, dois dias nacionais de luta contra os cortes, o DCE da UFF não jogou peso na mobilização.

Por isso, construímos a Chapa 1-Por uma UNE independente e combativa junto com as organizações e estudantes que acreditam na necessidade da independência da UNE. Acreditamos que só com independência poderemos pôr fim ao Arcabouço Fiscal e conquistar uma recomposição orçamentária de verdade.

No Congresso da UNE, nós, agrupados na tese Fora da Ordem, vamos seguir batalhando pela unificação da oposição de esquerda. Acreditamos que a unidade dos setores que não têm rabo preso com o governo é o caminho para derrotar a majoritária e brigar por uma UNE que seja combativa. Convidamos você a vir dar essa batalha conosco no Congresso da UNE. Contacte o militante que te vendeu este jornal e vamos dar forças por uma UNE independente e combativa!

Chega de fraude na UFU!
Por Jeane Carla – Juventude Vamos à Luta

A gestão O Tempo Não Para (ParaTodos [PT] e Kizomba [PT]), do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFU, lançou no dia 17/06 o edital de eleição de delegados para o CONUNE da UFU. As eleições vão ocorrer de 23 a 26 de junho.

O edital é altamente burocrático. Ele exige critérios de inscrição absurdos, como: declaração de inscrição feita pelo estudante, contendo assinatura pelo GOV e CPF. Outro fato absurdo é a votação ser remota, tirando a possibilidade da realização de debate durante a votação , prática histórica do movimento estudantil. O edital também prevê que o eleitor votará quantas vezes quiser, computando-se apenas seu último voto. Isso fortalece a possibilidade de fraude durante toda a eleição, já que a Comissão Eleitoral, composta pelas forças do DCE, que também disputarão a eleição do CONUNE  terá acesso à votação.

Não à toa, a Comissão Eleitoral, composta pelo DCE, elaborou um edital atropelado e antidemocrático: querem impedir que os estudantes participem democraticamente do processo e que os movimentos estudantis que não são ligados ao DCE apresentem seus programas.

Infelizmente, na UFU não ocorreu a unidade da Oposição de Esquerda (O.E) nas eleições para o CONUNE. Nós, da juventude Vamos à Luta, chamamos os companheiros do Correnteza (UP), UJC (PCBR) e Ecoar para conformarmos uma chapa unitária, porém, só o Ecoar se colocou à disposição.

É importante destacar que essa fragmentação da O.E apenas fortalece o DCE da UFU e os setores da Majoritária da UNE. Não por acaso, somente as chapas da Majoritária conseguiram se inscrever para o Congresso da UNE na UFU.

Por isso, chamamos fraternalmente os companheiros a repensarem seus posicionamentos, pois já passou da hora de efetivar a unidade da O.E na UFU. Precisamos da máxima unidade dos setores que têm disposição para lutar com independência dos governos e reitorias, contra a burocratização do movimento estudantil na UFU, os cortes, o Arcabouço Fiscal e o Plano Safra para que se tenha verba para as universidades.