1- O governo imperialista de Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros. A Casa Branca apoia o genocida Bolsonaro, tentando interferir no julgamento dos golpistas no STF e defende as big techs. Trump se comporta como rei dos EUA e imperador do mundo, tratando a América Latina como “quintal”. Apoia o genocídio em Gaza, bombardeou o Irã e tenta controlar o canal do Panamá, buscando impor uma “nova ordem mundial”. Algo que gera mais desordem global.

2- É preciso repudiar nas ruas esse ataque econômico, comercial e político dos EUA contra o Brasil. Protestar contra esse movimento imperialista que viola nossa soberania nacional e ataca o nosso país, prejudicando a classe trabalhadora e os setores populares. Rechaçar o apoio de Trump ao projeto bolsonarista e a intentona golpista de 8J.

3- Os EUA saqueiam o Brasil de várias formas: pela remessa de lucros das multinacionais e, principalmente, pelo pagamento da dívida externa e interna com os banqueiros. O saque também ocorre via comércio. Exportamos, em sua maioria, produtos primários ou semi-industrializados, como petróleo bruto, ferro e aço semiacabados, café, carne bovina, ferro fundido, pasta química de madeira e aeronaves. Importamos, principalmente, motores e máquinas, óleos combustíveis, aeronaves e gás natural. Em 2024 os EUA tiveram superávit de US$ 7 bilhões em bens e de US$ 28,6 bilhões somando bens e serviços. É uma relação parasitária, que nos faz perder muito e pagar em dólar. E o Brasil poderia produzir aqui motores, máquinas, combustíveis, aeronaves, produtos farmacêuticos, com seu parque industrial e seus próprios recursos. Mas a burguesia brasileira, sócia menor do imperialismo e parasita, mantém o país submisso, lucrando com isso.

4- O governo Lula/Alckmin convocou o representante da embaixada dos EUA para esclarecimentos. O presidente Lula fala que responderá por meio da “Lei brasileira de Reciprocidade Econômica” e afirma defender a soberania nacional. O grande problema é que o governo Lula/Alckmin e os governos anteriores do PT nunca tiveram uma politica independente e de ruptura com as multinacionais, o capital financeiro, a divida externa e os EUA. E agora investiu em negociações infrutíferas sobre as tarifas com a Casa Branca. Apostou num “multilateralismo” capitalista, vinculado a potências imperialistas como a China e Rússia, que não deu certo. Rússia e China nada fizeram para defender o Irã, que integra os BRICS, dos bombardeiros Estadunidenses e seguem negociando com Trump, apesar dos discursos críticos. Trump já nos taxou em 10%, mas a ordem de Lula e de Haddad foi “negociar” para manter o projeto estratégico da frente ampla de governar com e para a burguesia brasileira e as multinacionais. Não há negociações possíveis com a extrema direita imperialista.

5- Batalhamos para que a CUT, CTB, UNE e MTST convoquem uma jornada nacional de lutas para exigir do governo Lula/Alckmin medidas efetivas em defesa de nossa soberania: a) a expulsão dos integrantes da embaixada dos EUA que colaboram com os golpistas de 8J; proibição do envio de lucros das multinacionais estadunidenses e taxação de suas receitas; a ruptura das relações com Israel; sem anistia e punição de todos os golpistas de 8J; cassação e prisão de Eduardo Bolsonaro; b) o fim do arcabouço fiscal, o teto de gastos, e suas as absurdas determinações que seguem a lógica econômica do FMI, Banco Mundial e do Plano Real; fim da autonomia do Banco Central e estatização do sistema financeiro; o não pagamento da divida externa e interna; c) criação de uma frente de países latino americanos contra a dívida e saque de nossas florestas e minérios.

10/07/25, São Paulo

CST – Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores