Cadeia para Bolsonaro e todos os golpistas!

Por Bruno da Rosa e Denis Melo, da Direção da CST
As imagens do ataque de 8 de janeiro de 2023 a Brasília revelou a intentona golpista liderada pelo clã bolsonarista, com a invasão de seus seguidores aos três poderes. Jair Bolsonaro, apesar de fisicamente ausente, foi o dirigente político e, portanto, mandante desse ataque. Durante anos, ele fomentou a ideia de golpe e nunca escondeu seu apreço pelo regime da ditadura militar que perseguiu, atacou direitos e cerceou as liberdades democráticas. Bolsonaro é o chefe maior dos golpistas e deve ser responsabilizado. Enquanto isso, segue em liberdade, em mais uma demonstração de impunidade para os poderosos, tanto à Bolsonaro quanto aos financiadores do ficou conhecido como o “capitólio brasileiro”.
Os eventos de 8J não foram um ato isolado. Militares, grandes empresários e setores da direita estiveram diretamente envolvidos. As Forças Armadas, com generais na ativa e da reserva, desempenharam papel crucial, seja com apoio logístico ou conivência. Empresários do agronegócio financiaram as caravanas para Brasília, e a direita política facilitou a ação. A tentativa de golpe foi uma conspiração contra as liberdades democráticas, e todos os envolvidos devem ser responsabilizados. Não podemos permitir que se repita a história da impunidade para os ricos e poderosos.
Mas o que se viu após o 8J foi uma política de conciliação. O governo Lula, em vez de adotar uma linha firme contra os golpistas, optou por um pacto com setores conservadores e das Forças Armadas. O pacto de impunidade é claro: os generais envolvidos no golpe ainda ocupam posições-chave, e a conciliação com a direita continua. Alertamos que a impunidade dos golpistas e a tentativa de tratar tudo como “passado” é um risco à classe trabalhadora. A postura conciliatória só fortalece os inimigos da nossa classe e não garante uma vitória definitiva contra os fascistóides. O mais absurdo é que todo esse pacto estabelecido pelo governo Lula serve apenas para manter intacta uma política econômica que arrebenta com a vida da classe trabalhadora. A centro da política econômica, herdada de Temer e Bolsonaro, e uma aliança política com os mega empresários, segue mantida na sua estrutura fundamental.
É urgente que Bolsonaro e todos os envolvidos no golpe sejam presos. A punição precisa ser exemplar para todos os golpistas, sem distinção. Não apenas o ex-presidente, mas também os militares, empresários e políticos que financiaram e apoiaram a tentativa de golpe. O país não pode mais permitir que defende a tortura, o fim das greves e protestos e um regime onde as já pequenas liberdades democráticas sejam impedidas.
Além disso, é fundamental que a mobilização popular seja o motor dessa luta. As instituições burguesas não vão garantir justiça plena. O STF, o Congresso e o governo Lula não estão dispostos a ir às últimas consequências contra os golpistas. A luta deve vir das ruas, com os trabalhadores ,juventude e o povo organizado. A única forma de derrotar o bolsonarismo é com mobilização e unidade da nossa classe , ocupando as praças e as avenidas, organizando comitês de base, greves e protestos massivos.
Essa é a hora de retomar a iniciativa. A resposta a Bolsonaro e aos golpistas e corruptos precisa ser clara: sem anistia, sem perdão. É preciso organizar essa luta desde a base, nas categorias, bairros e locais de estudo. Só a luta do povo trabalhador pode garantir que o bolsonarismo seja enterrado como projeto político. Nas ruas e com organização, é possível enterrar de vez esse projeto reacionário.

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