Por Bruno da Rosa e Denis Melo, Coordenação Nacional da CST

Um fato importante é a confirmação do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 7 aliados pela trama golpista para tentar reverter a eleição de 2022.

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados acontece em um contexto em que a vida da classe trabalhadora não está fácil: o salário não chega ao fim do mês e as tarifas de transporte público são um assalto contra a classe trabalhadora.

Achamos importante denunciar em nossos locais de trabalho e estudo a necessidade de colocar Bolsonaro e seus comparsas na cadeia pela trama golpista. Nessa polarização, mantemos de pé nossa política de independência de classe e dialogamos com cada trabalhador que, de forma correta, quer que Bolsonaro vá para a cadeia.

Infelizmente, o governo Lula/Alckmin não é consequente no enfrentamento à extrema direita, seja por criar ilusões no ministro Alexandre de Moraes como o “salvador da pátria”. Algo equivocado. Além disso, o Centrão é parte de diversos ministérios do governo da frente ampla.

Expropriação das empresas que financiaram a intentona de 8J!

Diversas empresas financiaram a trama do 8J. Grandes empresários do agronegócio tramaram para acabar com as mínimas liberdades democráticas conquistadas com a luta histórica da classe trabalhadora.

O agronegócio, no entanto, segue sendo beneficiado pelo governo. São bilhões de reais destinados a esse setor pelo Plano Safra, além do PL 2.159/21, apelidado de PL da Devastação, aprovado com apoio de parlamentares do Centrão e da extrema direita, é sancionado com vetos insuficientes de Lula. Esse PL abre caminho para o aprofundamento da exploração das riquezas naturais a serviço do lucro dos empresários do agronegócio e da mineração.

Os mesmos empresários que estão fazendo farra com dinheiro público, vinculados ao agronegócio, participaram do financiamento da intentona do 8J e seguem livres, fazendo suas negociatas para encher os bolsos de dinheiro.

Temos que retomar a mobilização unitária de rua, unificando o conjunto da nossa classe e da juventude, para pressionar pela prisão de Bolsonaro juntamente com empresários e políticos envolvidos no 8J. Exigimos da CUT, UNE, MTST essa jornada de luta.