Venezuela: condenamos veementemente o bloqueio naval de Trump ao petróleo venezuelano

Por Partido Socialismo e Liberdade, seção da UIT-QI na Venezuela

18/12/2025. O ultra-direitista Donald Trump deu mais um passo em sua agressão contra a Venezuela, declarando o bloqueio total à entrada e saída de navios petroleiros no país, uma medida gravíssima numa nação cuja principal fonte de renda provém do petróleo. Essa medida busca estrangular a economia, interrompendo o comércio de nosso principal recurso e, consequentemente, a entrada de dólares. Isso afetará principalmente a classe trabalhadora venezuelana, por meio do aumento dos preços de produtos básicos e das tarifas de serviços públicos, num momento em que os salários estão sendo corroídos pela inflação. As já precárias condições de vida do povo trabalhador vão piorar.

Rejeitamos a agressão imperialista precisamente no 195º aniversário da morte do Libertador Simón Bolívar, que lutou contra o império espanhol em defesa da nossa soberania e pela independência da Venezuela e de outros países da região.

Trump afirmou que a Venezuela está sob bloqueio e que isso continuará “até que devolvam aos Estados Unidos todo o petróleo, terras e outros bens que nos roubaram”. Isso revela que seu verdadeiro objetivo é se apoderar do petróleo, dos minerais e de todos os recursos naturais do país. Enquanto isso, Trump insiste em rotular como criminosos os venezuelanos que foram forçados a emigrar em consequência da crise e das brutais medidas de austeridade impostas pelo governo Maduro, que se alinham às políticas econômicas do imperialismo, do FMI e da burguesia nacional.

O Partido Socialismo e Liberdade repudia veementemente essa nova agressão imperialista contra o nosso país, independentemente da nossa oposição ao governo Maduro, que consideramos um regime autoritário e repressivo, com um falso discurso socialista, que aplica um brutal programa de ajuste capitalista, colocando o peso da crise sobre os ombros do povo trabalhador. Expressamos a nossa rejeição à agressão imperialista precisamente no 195º aniversário da morte do Libertador Simón Bolívar, que lutou pela independência do país e em defesa da nossa soberania.

Há meses, o imperialismo estadunidense vem atacando embarcações em águas internacionais no Caribe e no Pacífico, com o falso argumento do combate ao tráfico de drogas, sem apresentar qualquer prova. Já matou 95 pessoas em 25 ataques a pequenas embarcações. Nos últimos dias, apreendeu um navio cargueiro que havia saído do país, roubando nosso petróleo, e também realizou um ataque cibernético contra a PDVSA, afetando as operações da empresa e colocando em risco os trabalhadores do setor petrolífero.

Como afirmamos, essa operação militar faz parte da política global de Trump, que busca reverter a crise de dominação dos EUA, principal potência imperialista, num contexto mais amplo de crise econômica do capitalismo, a maior da história.

Os Estados Unidos buscam aprofundar a pilhagem das semi-colônias, impondo acordos unilaterais a diversos países. No caso da Venezuela, apesar das contradições dentro do governo e do Congresso dos EUA, que investiga a legalidade das ações de Trump, ele continua avançando com suas medidas agressivas contra o nosso país.

Por sua vez, María Corina Machado e outros porta-vozes da oposição burguesa venezuelana emitiram declarações escandalosas e vergonhosas, apoiando abertamente as ações criminosas de Trump no Caribe; eles incitam uma escalada da agressão contra o país e promovem cinicamente uma possível intervenção militar na Venezuela. Isso não é coincidência; María Corina Machado também apoiou Netanyahu e o genocídio perpetrado em Gaza pelo regime sionista.

Chega de conversa! É inútil apelar para a ONU, que é cúmplice da agressão. Precisamos tomar medidas concretas contra o imperialismo, expulsando as companhias petrolíferas e outras corporações estadunidenses que operam no país. Para unir o povo venezuelano contra o imperialismo, é necessário aumentar salários e pensões, acabar com a repressão, respeitar as liberdades democráticas e recuperar os serviços públicos. É preciso libertar os presos políticos e sindicais que se opõem a qualquer intervenção imperialista e facilitar a legalização dos partidos de esquerda e democráticos que se opõem à interferência de Trump.

Convocamos os povos da América Latina e do mundo a se mobilizarem para rejeitar a operação militar dos Estados Unidos no Caribe e no Pacífico. Propomos que os presidentes Petro da Colômbia e Lula do Brasil convoquem um dia de protesto e mobilização continental para derrotar Trump.

Não ao bloqueio do petróleo venezuelano!

Basta de bombardeios e assassinatos no Caribe e no Pacífico!

Não às ameaças intervencionistas de Trump e do imperialismo contra a Venezuela e a Colômbia!

Fora Trump da América Latina!

17 de dezembro de 2025

 

 

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