Por Bruno da Rosa, Coordenação da CST

Não podemos normalizar a barbárie que aconteceu no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, no dia 11/08/25.

O gari Laudemir, de 44 anos, foi assassinado pelo empresário Renato da Silva Nogueira Júnior. Além de apontar a arma e ameaçar a motorista do caminhão de coleta, dizendo que daria um tiro no rosto dela, o que já torna a ameaça gravíssima. Após passar pelo caminhão de coleta domiciliar, o empresário parou o carro, sacou a arma e atirou em Laudemir, que foi baleado no abdômen e morreu no hospital.

A mídia burguesa, como sempre a serviço dos interesses dos patrões, divulga que foi uma “briga de trânsito”, como se isso fosse motivo para assassinar um trabalhador. Uma mentira descarada, para passar pano e tentar impor à opinião pública uma narrativa que suaviza esse crime.

O racismo está profundamente ligado a toda a sociedade capitalista. É necessário combater e denunciar esse crime. Essa categoria foi invisibilizada durante anos, tratada como lixo e foi exatamente isso que aconteceu com Laudemir.

Seus companheiros de trabalho realizaram um ato no dia seguinte exigindo justiça. Após a confissão do empresário, os garis protestaram na manhã do dia 20/08, na região oeste de BH, fechando uma rodovia e exigindo justiça, além de denunciar a invisibilidade com dizeres: “Não somos lixo”.

Os garis da Comlurb, em oposição à direção do Sindicato de Asseio e Conservação do RJ, realizaram uma campanha de solidariedade na gerência de Piedade, na zona norte do Rio.

Na nossa opinião, é preciso seguir o exemplo dos garis de BH, com mobilização, para de fato garantir justiça!