Governo do MAS declarou guerra ao Partido dos Trabalhadores e as organizações independentes!

| LA PROTESTA – Bolívia

O satélite de telecomunicações é para seguir enganando o povo e servindo as transnacionais!

Construir um grande partido dos trabalhadores em 2014!

O governo de Evo Morales busca todos os tipos de manobras para seguir enganando o povo. Muito além da conveniência técnica ou não de um satélite de telecomunicações, a verdade é que ele deixa uma dívida de 300 milhões dólares. Ao mesmo tempo em que o governo estava se preparando para fazer o “show do satélite”, policiais agrediam 500 garotos trabalhadores na Praça Murillo, mostrando a realidade da pobreza e da repressão que não vai se resolver ao colocar em orbita um satélite boliviano.

Com ou sem satélite, segue a festa do saque transnacional da maior parte das riquezas em mineração, petróleo e agricultura. O que é proclamado como "progresso" ou "desenvolvimento" da Bolívia, não beneficia a maioria do nosso povo.

O espancamento de crianças trabalhadoras na praça Murillo é um símbolo da desigualdade social que se aprofunda na Bolívia. Em vez de resolver a pobreza de suas famílias, que leva a 700 mil crianças trabalharem no campo e nos subúrbios pobres das grandes cidades, o governo nega os direitos das crianças que trabalham, argumentando estar lhes “protegendo”. Da mesma forma, a maioria dos funcionários, adultos, são submetidos ao neoliberalismo: apenas 30% têm direitos sob a lei trabalhista. O próprio Estado contrata trabalhadores como "consultores" para evitar obrigações legais e não lhes permitir o direito à organização sindical.

Evo Morales aplica uma política econômica anti-nacional, servil e entreguista as patronais Transnacionais, que significa a pilhagem extrativista de nossos recursos naturais. Uma política anti-ecológica, semelhante às políticas implementadas pelos “governos neoliberais de direita”. Sob a falácia de ser um "Estado Plurinacional", os “sócios patronais”, continuam a saquear. Resultado: os pobres mais pobres e os ricos mais ricos. Trata-se do mais puro neoliberalismo, do mais puro capitalismo, encabeçado pelo governo do MAS.

Em maio foi a surra sobre os mineiros e a repressão na fábrica Caracollo em Cochabamba, e dois anos atrás, sobre os índios em Chaparina. Enquanto 22 mineiros continuam com processo penal, nenhum dos que ordenaram ou realizaram a repressão em Caracollo, Chaparina ou Plaza Murillo, estão na cadeia.

O bônus duplo, aceito por grandes empregadores, porque o governo permite que os preços aumentem livremente, incluindo o transporte, e garante o saque de nossas riquezas, só beneficiou menos de 20% dos trabalhadores, sendo que muitos desses ainda não o receberam. A maioria não recebe nenhum bônus. O governo também o negou aos aposentados. E aqueles que o recebem assistem aumentar todos os dias a inflação que vai corroer rapidamente o "benefício" recebido.

Precisamos de um Partido dos Trabalhadores! Precisamos recuperar nossas organizações!

O governo do MAS declarou guerra contra o Partido dos Trabalhadores e todas as organizações independentes. Mario Martinez, presidente do PT, um trabalhador mineiro exemplar, que já participou de grandes lutas para recuperar Huanuni nacionalizada, e da insurreição de outubro de 2003, é ameaçado de ser demitido de seu emprego na mina do Estado, porque com dignidade coragem e recusa-se a ajoelhar-se perante o governo do MAS. Os Mineiros Huanuni, todos são ameaçados com o fechamento da empresa, caso se atrevam a construir o PT. O governo intervém com a polícia nas organizações indígenas, como CONAMAQ. A direção da COB foi submetida e agora atua como operadora do governo, depois de ter adiado o Congresso da Central (que deveria ser feito em janeiro) e todos os congressos sindicais. Além disso, "ignora" o PT que foi uma criação dos trabalhadores deliberada no XVI Congresso da COB em Tarija, em janeiro de 2012, e fundada em março de 2013, em Huanuni. Como se fosse pouco a direção da COB opera contra os trabalhadores e Centrais Operárias Departamentais que apoiam o PT, tentando dividi-los.

Esta guerra contra as organizações independentes, esse medo de que os trabalhadores possam discutir a partir da base de suas organizações em conferências, é porque o governo de Evo Morales teme ser desmascarado em sua política submissa às multinacionais, grandes empresários e proprietários de terras. Temem também que o descontentamento popular se canalize politicamente, expressando-se em uma alternativa eleitoral e de luta. Então, tentam dominar, corromper e dividir organizações operárias, populares, camponesas e indígenas.

A resposta só pode ser o fortalecimento da luta em 2014, que saia a defender os nossos direitos e a recuperação de nossas organizações, alcançando um prática política revolucionária para mudar a Bolívia.

Não aos aumentos nos preços do transporte e dos produtos de necessidade básica.
Exigir um aumento salarial de acordo com o aumento dos produtos da cesta básica.
Não permitir que os líderes se subordinem a política do governo "indígena", que busca eliminar Huanuni, a única mina nacionalizada!
Exigir apoio real financeiro, técnicos e com máquinas aos agricultores que produzem alimentos para o povo.
Pelo fim do latifúndio e a entrega de terras férteis para os sem-terra produzirem alimentos!
Fora da direção da COB, CONDES, dos sindicatos, organizações indígenas e populares os capachos do governo! Defender a verdadeira CONAMAQ contra a intervenção governamental! Desconhecer a direção da COB, quando seu mandato acabar em janeiro e exigir um imediato congresso da COB e das organizações sindicais, camponesas e populares para escolher os líderes que defendam suas bases e não as organizações do governo!
Em defesa de Mario Martinez e todos os mineiros revolucionários Huanuni, não à retaliação contra eles! Pela a anulação do processo penal aos 22 mineiros de Huanuni!
Por 100.000 assinaturas para legalizar o PT! Construir o PT revolucionário e de luta com os trabalhadores e povos oprimidos!