ZERO DE REAJUSTE, 100% de GREVE!

Rejeitar a proposta do governo, fortalecer e unificar a greve da Educação federal!

Em reunião ocorrida em 19/4, o governo Lula-Alckmin seguiu apresentando 0% de reajuste salarial em 2024. No tema da reestruturação de carreira negou as nossas reivindicações centrais.

A força da nossa greve e da marcha nacional em Brasília provocou alguns recuos no governo que aumentou de 9% para 12,5% o índice do reajuste parcelado para 2025/2026.

Apesar disso, a proposta ainda é insuficiente pois o governo insiste em não conceder o reajuste em 2024, aumentando as perdas salariais dos últimos anos.

Diante disso, nós da Combate Sindical defendemos a REJEIÇÃO da proposta do governo e e o fortalecimento de nossa greve com a PARALISAÇÃO de 100% dos setores não-essenciais. Além disso é urgente a construção de um comando nacional unificado das  greves da Fasubra, Andes e Sinasefe.

Por fim é preciso seguir denunciando o Arcabouço Fiscal, criado pelo governo, que limita os investimentos públicos para garantir dinheiro aos banqueiros e credores da Dívida Pública!

 

Feijó e o governo Lula-Alckmin mentem sobre negociação do PCCTAE

O secretário de relações de trabalho do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), José Feijó, fez um vídeo no dia 19/4 dizendo que atendeu 9 das 12 reivindicações da categoria para a reestruturação do PCCTAE, e que quase dobrou a proposta de reajuste salarial.

Trata-se de uma declaração mentirosa que visa confundir e jogar a opinião pública contra a greve, fazendo crer que nós grevistas seríamos intransigentes e estaríamos reclamando de barriga cheia já  que, segundo ele, a maioria de nossas pautas foram atendidas.

A verdade dos fatos: no salário houve acréscimo de 3,5% na proposta. No tema da carreira,  o que foi realmente atendido foi a redução do interstício de 18 para 12 meses para a progressão por mérito, o fim da correlação indireta no Incentivo a Qualificação e a alteração da tabela, indo para um modelo verticalizado com matriz única e com 19 padrões.

Mas não respeitou a proposta tirada no GT Estruturação, construída de forma conjunta com o MGI.

A proposta inicial aprovada na plenária foi de aglutinar os níveis A e B e os níveis C e D. No GT estruturação o MGI assinou juntamente com os componentes da CNSC, que não se faria a aglutinação, mantendo os cinco níveis, porém admitindo a correlação salarial entre os níveis de classificação A-B (40% do E) e C-D (60% do E). A proposta oficial do governo, no entanto, não manteve o acordado no GT. O MGI apresentou que os cargos de nivel A receberiam 35% do E, B ganharia 40% do E, C 50% do E e o D 60% do E.

Sobre o tema do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) o governo diz que quer seguir debatendo. Sobre o debate dos cargos com concursos proibidos, o governo diz concordar com o tirado no GT Estruturação, mas que o debate ainda não está concluído.

Portanto, os dados mostram que o vídeo de Feijó é mentiroso! Repudiamos toda tentativa do governo e da mídia burguesa de atacar nossa greve.

 

Unificar as greves da Fasubra, Andes e Sinasefe num comando nacional

Cerca de 250 mil servidores da educação federal estão em greve em quase 400 instituições. A marcha à Brasília foi uma excelente demonstração do que devemos fazer: unificar nossas forças para lutar juntos para conseguir conquistar  salário, carreira e mais recursos para a educação.

Essa unidade começa por fazer um comando nacional unificado, mas que também exista nos estados para pensar calendários comuns: atos de rua, aulões, audiências públicas dando visibilidade e buscando ganhar a opinião pública para a nossa greve.

 

Exigir da CUT e CTB que fortaleçam a greve da Educação

Muitos dirigentes sindicais por sua relação com o PT, tentam “aliviar” as coisas para o governo e tornar a greve mais “branda”. para isso chegam ao cúmulo de boicotar atividades da greve, como fizeram os dirigentes do Sindifes-MG ligados a Unir/CUT, que atuaram para que o sindicato não enviasse ônibus para a caravana.

A CUT e CTB, centrais sindicais com milhares de sindicatos em sua base poderiam lançar uma forte campanha de solidariedade e engrossar as atividades de greve, mas não o fazem. Pelo contrário,  a Condsef, federação dirigida pela CUT, se negou a votar nota de apoio à Greve da Fasubra.

Além disso vemos seus dirigentes a toda hora dizendo que a greve “não é contra o governo”, como fez a coordenadora geral da Fasubra, Cristina Del Papa ( Unir/CUT).

A vitória da greve na educação federal pode sacudir o país e empolgar outras categorias. Por isso, é necessário dar todo apoio e visibilidade para impor uma derrota à política econômica do governo Lula.

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