Vamos à Luta nas federais!

Por Laís Sathler, Coordenação do Vamos à Luta

Estudantes mobilizados pela greve unificada, combativa e pela base

No dia 11/04, Lula anunciou cortes nas áreas sociais de 4 bilhões, em decorrência do Arcabouço Fiscal, sendo 353 milhões na educação e pesquisa. Esse corte é para garantir o pagamento da dívida pública, que leva anualmente cerca de 46% do nosso orçamento. Não podemos aceitar! No mesmo dia, estudantes da UFF aprovaram a deflagração da greve estudantil. No dia 15, foi dada a largada da greve docente, e no dia 17/04 foi realizada uma grande caravana dos 3 setores para Brasília.

Em 18/04, os docentes da UFF votaram iniciar a greve a partir de 29/04. A greve estudantil da UFF, em sua primeira semana, contou com um importante ato de rua no dia 17, para dialogar com a população de Niterói, e nós avaliamos que a greve estudantil ajudou a impulsionar a greve docente. Por isso, nós, da Juventude Revolucionária Vamos à Luta, em todas as federais em que estamos, apoiamos as greves em curso e batalhamos por unificar em greves estudantis pelas nossas pautas! Onde não há greve, nós lutamos para que isso ocorra, como em nossa batalha na UFU.

A UFF se tornou a primeira universidade com uma greve dos 3 setores, apontando o caminho: diante de novos cortes e de dureza do governo Lula/Alckmin, o caminho precisa ser fazer crescer a greve e a sua unificação. Seus métodos precisam estar a serviço disso: massificar cada vez mais a greve, com passagens em sala, realização de debates unitários, para que mais e mais estudantes sejam parte da greve! Até o fechamento desta edição, duas outras universidades (UFC e UFPR) já haviam votado greve estudantil!

Reivindicações não faltam:
  • Queremos elevação das verbas de assistência estudantil
  • O aumento do número de bolsas e auxílios e reajuste de seus valores
  • Luta pelo passe livre estudantil irrestrito, infraestrutura, moradia, bandejão e acessibilidade nos campi
  • Exigimos creche nos campi
  • Queremos cotas trans no SISU
  • E também a revogação do Novo Ensino Médio.
  • Queremos a reversão imediata dos cortes, recomposição orçamentária das universidades!
  • Contratação de professores e técnicos!

Qual é a da UNE e sua direção majoritária na greve?

Há um silêncio da UNE a respeito da greve. Embora sua direção tenha participado, corretamente, da marcha para Brasília, não houve um esforço de mobilizar os estudantes das universidades para irem. Nós, da Juventude Vamos à Luta, acreditamos que essa posição da direção majoritária da UNE (UJS/PCdoB e JPT) se deve ao seu compromisso com o governo Lula: ao não ser independente, a UNE joga água na mobilização estudantil, para blindar o governo, seus ministros e assessores. Não se dizem contra a greve, mas não militam pela sua construção. Na prática, a boicotam, como vemos na direção do DCE da UFU e também nos CAs em que dirigem, como na Letras e no Direito da UFF de Niterói, em que fazem tudo para desmobilizar e jogar os estudantes contra a greve. Exigimos da UNE a criação de um comando Nacional de Mobilização e Greve Estudantil, e que construam já em assembleias de base uma greve nacional unificada em todas as federais. Chamamos você a vir dar essa batalha conosco, por uma UNE independente de governos e reitorias! E a luta que a direção da UNE não fizer, nós teremos de fazer pela base: os comandos de greve estudantil da UFF, UFC e UFPR podem convocar uma reunião nacional com representantes das bases para instalar um comando nacional de greve e mobilização (CNGM) juntamente com DCEs, Executivas e Federações de Curso que queiram lutar. Organize a sua indignação com o Vamos à Luta! A juventude do socialismo e da revolução!

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