Todo Apoio às Greves da Educação! Unificar as Lutas Contra os Ataques dos Governos!

Estouram greves de educadores e educadoras no DF, rede municipal de Belo Horizonte e Salvador. A educação tem sido atacada pelos governos, nestes casos, do União Brasil e do MDB. As pautas são similares: reajustes salariais, carreira e/ou o reajuste do piso nacional.
A educação em Salvador segue em greve!
A greve em Salvador, deflagrada no dia 06/05, tem cerca de 150 escolas paradas totalmente. A categoria rejeitou a proposta de reajuste linear de 4%, pois o salário está defasado em 58% em relação ao piso nacional. O Tribunal de Justiça ordenou a suspensão da greve, com multa diária de R$ 15 mil. Mas a categoria bravamente seguiu com a greve.
Todo apoio à greve no DF!
A greve no DF começou com forte adesão. O governador Ibaneis Rocha (MDB) entrou na justiça pedindo a ilegalidade da greve e cortou o ponto dos grevistas. Um ataque de um governador que ficou afastado 3 meses do cargo por ter colaborado no golpe de 8 de janeiro.
Enquanto diz que não há dinheiro para salários, o governo realiza a instalação de ponto eletrônico, através de contrato milionário. Não há dinheiro para o reajuste, mas há para vigiar e punir os professores.
A direção do Sinpro – DF tem que apostar no fortalecimento da greve
Exigimos da direção do Sinpro (CUT-Art/PT) organização democrática e mobilização: piquetes, atos, comando de greve e assembleias para que a categoria possa decidir o rumo da greve.
Derrotar a política de miséria de Álvaro Damião!
Os trabalhadores em educação da rede municipal em Belo Horizonte votaram por unanimidade no dia 05/06 a deflagração da greve em uma assembleia lotada. Belo Horizonte já havia passado por uma forte greve dos terceirizados e terceirizadas no início do ano.
A proposta de Álvaro Damião (União Brasil) em Belo Horizonte é uma afronta
O prefeito Álvaro Damião anunciou uma proposta de reajuste absurda. O índice colocado por ele é de 2,49%, sendo que somente a inflação na capital já chegou a 8%. Além disso, Álvaro Damião está de viagem marcada para Israel, ou seja, o dinheiro da prefeitura está destinado a prestar apoio ao Estado nazi-sionista que promove um genocídio contra o povo palestino.
Infelizmente, mesmo com reajuste pífio, a direção do SINDUTE-MG (PT) não mobilizou a categoria este ano, teve um calendário disperso e não unificou a greve dos terceirizados. Nos solidarizamos com a greve em BH. Acreditamos que a luta é o caminho para derrotar a proposta de Álvaro Damião. Todo apoio à greve BH!
Unificar as lutas e exigir da CNTE uma data nacional em solidariedade às greves!
Nós do coletivo Educação em Combate (CST e Independentes) acreditamos que os movimentos grevistas precisam de solidariedade. Exigimos da CUT e CTB a unificação das lutas. Exigimos que a CNTE chame um dia de lutas nacional, com atos, manifestações, panfletagens e, onde for possível, com paralisações. Em São Paulo foi aprovado o dia 27/06. Propomos essa data para a unidade da educação via CNTE e demais sindicatos.
Venha com o Educação em Combate lutar pela educação e exigir das direções que unifiquem as lutas em curso. Para conquistarmos o reajuste salarial, a reestruturação de carreira e derrotar a criminalização das greves.
União Brasil e MDB compõem a frente ampla
As greves da educação enfrentam União Brasil e MDB, dois partidos que integram a frente ampla de Lula/Alckmin. A frente ampla é uma aliança com partidos da direita e setores reacionários que atacam a educação. Não por acaso, o governo Lula/Alckmin formulou o arcabouço fiscal que corta verbas das áreas sociais, favorecendo banqueiros. Há ainda o plano safra, que destina bilhões para o agronegócio.
Os pactos de governabilidade com governadores da extrema direita significam transferências de verbas do BNDES para projetos privatistas estaduais. No caso de SP, os recursos nacionais são utilizados na privatização dos transportes e escolas. Esses pactos explicam o “corpo mole” das direções sindicais da CNTE e sindicatos da educação (PT, PCdoB, PSOL) nas lutas.
A Educação em Combate defende a independência das entidades em relação aos governos. Lutamos por uma nova direção democrática e de lutas para os sindicatos e a CNTE. Lutamos pelo fim do arcabouço fiscal e do plano safra. Por verbas para educação e não para privatização.
Transformar o Luto em Luta!
Nos últimos dias, Silvaneide e Rosane, professoras da Rede Estadual do Paraná, e Douglas Santos, professor da Rede Estadual do RJ, faleceram em seus locais de trabalho, dentro das escolas onde lecionavam. Silvaneide teve um mal súbito após ser cobrada por metas nas provas de redação dos alunos e veio a óbito na sala da pedagogia da escola cívico-militar da rede estadual em Curitiba.
A excessiva cobrança de metas, relatórios, planilhas de resultados, preenchimento de diários e planejamentos individualizados para alunos incluídos criam sobrecarga de trabalho, além do alto número de alunos por turmas e do estresse para atingir as metas estabelecidas por burocratas que desconhecem a realidade do dia a dia das escolas públicas brasileiras.
É preciso urgentemente unificar as lutas da Educação! Estão em greve: a rede municipal de BH, a rede pública do DF, a rede municipal de Salvador.
O corte de verbas, o descumprimento do piso, a falta de reajuste e a precarização das unidades escolares e das condições de trabalho atingem todos os segmentos da educação brasileira.
A CNTE precisa convocar o dia 27/06, que já foi aprovado em SP como um dia nacional de luta da educação em apoio às greves em curso, por reajuste salarial e por melhores condições de trabalho nas escolas.
Pela redução de alunos por turmas, pelo direito ao tempo de planejamento, por reajuste salarial e cumprimento do piso.
Profissionais de Educação não podem morrer de trabalhar!
Silvaneide, Rosane e Douglas, presentes!