SOMOS FORA DA ORDEM: EM DEFESA DAS COTAS TRANS!

Por Duda: Estudante não-binárie de Direito na UFMG e Hunter: Juventude Vamos à Luta UFF

A comunidade trans é extremamente oprimida pelo sistema capitalista patriarcal. De acordo com a ANTRA, 70% de adolescentes trans não completam o Ensino Básico, por serem atravessades pela transfobia, e apenas 0,2% têm acesso ao Ensino Superior. O Brasil segue sendo o país com mais assassinatos registrados de pessoas trans e travestis no mundo.

O movimento estudantil vem no caminho de mudar essa realidade, demandando as Cotas Trans em diversas universidades, como é o caso da UFSB, UFBA, UFABC, Unicamp, UFF, UnB e Unifesp. Na UFF, por exemplo, foi através da greve estudantil de 2024 — que pressionou a reitoria durante uma ocupação — que as cotas foram aprovadas. Em muitas universidades, a luta continua, como na UFMG.

Recentemente, temos visto muitos ataques direcionados às pessoas trans por parte da extrema-direita e seu espantalho da “ideologia de gênero”: a resolução do CFM; o novo RG transfóbico; a ofensiva legislativa — nos últimos 5 anos, foram apresentados 437 projetos de lei anti-trans nos órgãos parlamentares —; dentre tantos outros.

Ao mesmo tempo, vemos que a falha política de conciliação de classes do governo Lula/Alckmin não toma nenhuma iniciativa para garantir uma vida digna às pessoas trans, e o faz para não se chocar com setores conservadores. O governo não é consequente no enfrentamento à extrema-direita.

Precisamos que o CONUNE seja o pontapé desse debate. Para que a UNE convoque pelas bases um calendário de luta pelo orçamento das universidades e em defesa das cotas trans nacionais, em todas as universidades.

Desse calendário, é preciso que se exija também que o governo Lula/Alckmin tome medidas concretas: as cotas trans em universidades, empresas e concursos públicos; a educação sexual nas escolas; o não pagamento da ilegítima dívida pública — para que os trilhões de reais enviados aos super-ricos sejam destinados à saúde, à educação e ao bem-estar da população trans.

Precisamos nos organizar coletivamente e mudar a realidade. Precisamos acabar com a opressão patriarcal, machista e transfóbica; acabar com a exploração capitalista. Demandar cotas e permanência trans em todas as universidades é reivindicar a transformação da realidade de uma população extremamente marginalizada.

Junte-se às fileiras do Vamos à Luta, a juventude do socialismo e da revolução. Todes às ruas!

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