SP: É preciso unir os professores com as demais categorias em luta!

O governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, ataca por todos os lados para impor seu projeto de destruição dos serviços públicos e da educação. Enquanto tenta avançar nas privatizações, o secretário da educação, Renato Feder também ataca, fechando salas, impondo jornadas mais exaustivas, avançando no assédio moral, inserindo materiais cheios de erros e outras barbaridades.

Recentemente, foi revelado o escândalo do confisco da contribuição do INSS que era descontado no contracheque dos professores da categoria, mas o governo não fazia o repasse. O resultado foi que os professores afastados por doença ficaram sem salário e sem o benefício do INSS. Um absurdo! Além disso, o governo está impondo perícias médicas com uma terceirizada para atestados com mais de 1 dia, sem direito a recurso. Isso quando o número de afastamentos por saúde em 1 ano aumentou cerca de 15%. São 112 professores afastados por dia no estado! O governo quer levar os professores à exaustão!

Diante disso, foi muito ruim que a direção do sindicato (Apeoesp), desde a corrente Articulação Sindical (PT) até a Resistência-PSOL, tenham se colocado contrários a unificação da paralisação dos professores no dia 3/10 em
conjunto com metroviários, ferroviários e SABESP. Era possível, viável e necessário ter unificado a nossa paralisação nesta data. Teria ajudado a golpear com mais força o governo Tarcísio e colocado as pautas da educação na ordem do dia.

Agora está convocada uma assembleia com paralisação para o dia 20/10. Achamos que essa mobilização é fundamental, e nosso papel é jogar todas as forças para mobilizar a categoria e paralisar as escolas. Tradicionalmente a direção da Apeoesp trata as paralisações como uma decisão individual do professor, não organizando assim a luta coletiva de fato e deixando os professores a mercê do assédio moral para não aderirem a paralisação.

Por isso, opinamos que é fundamental um verdadeiro engajamento para pararmos a educação de SP no dia 20/10. Construindo a paralisação desde as bases, no chão da escola, orientando os professores sobre seu direito de greve e sobre a necessidade dessa luta.  Nós, do Educação em Combate, defendemos que em cada subsede se forme comissões para organizar a paralisação na base.

Sabemos que não derrotaremos o governo de extrema direita sozinhos. Por isso a direção da Apeoesp precisa rever a sua política de não unificar a luta dos professores com as demais categorias em luta contra o governo. Nesse sentido, defendemos que a Apeoesp chame uma reunião com os demais sindicatos para organizar ações e a luta unificada contra o governo.

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