Acorda, CNTE! Plano de lutas pelo #RevogaNem já!”

O coletivo Educação em Combate deu início à campanha: “Acorda, CNTE! Por uma plano nacional de lutas pelo #RevogaNEM já!”. A campanha responde à necessidade urgente das/os profissionais de educação de acabar com a precarização imposta pelo Novo Ensino Médio. Mas, para isso, é necessário que a direção da CNTE (Articulação/PT) abandone a sua política de pacto com o governo e com o Congresso e aprove um plano nacional de lutas, para colocar os trabalhadores da educação em marcha, nas ruas, para conquistar essa reivindicação.
Por que o PL do governo Lula/Alckmin não resolve o problema?
O “NEM 2.0”, enviado pelo governo Lula/Alckmin à Câmara Federal no final de 2023, deve ir à votação nos próximos dias. O projeto tem apoio da Fundação Lehman e de outros setores do empresariado que aprovaram a Reforma do governo Temer em 2017 e participaram da construção da BNCC. No essencial, o governo manteve os pilares que vem ampliando a precarização do Ensino Médio: a diluição das disciplinas em grandes áreas do conhecimento, a substituição dos conteúdos por habilidades e competências e o engodo ideológico do “projeto de vida” e do “empreendedorismo”. As poucas alterações, que versam sobre a carga horário, a obrigatoriedade de algumas disciplinas e o fim do notório saber, não tem garantia alguma de se concretizarem, pois a essência do NEM, que está na própria BNCC, está preservada. Ou seja, com a aprovação do NEM 2.0, vamos continuar “dando aula” de “O que rola por aí?”, “Brigadeiro caseiro” etc.. Com essa política de conciliação de Lula e Camilo Santana com os empresários da educação, vamos continuar vendo os recursos públicos enchendo os bolsos dessas fundações e consultoras educacionais. Assim, Lula, em vez de revogar uma política nefasta, aprovada em governos repudiados por profissionais de educação e estudantes, nas ruas e nas eleições, resolve mantê-la.
E a direção da CNTE?
Desde o ano passado, várias redes estaduais protestaram e fizeram greves pelo cumprimento do piso nacional e também pela revogação do NEM. No mês passado, trabalhadores da educação do Pará entraram em greve contra a nova matriz curricular do governo Barbalho, que nada mais era do que a adequação ao NEM e à BNCC. A própria CONAE, um fórum institucional e bastante limitado para a organização da nossa categoria, votou a REVOGAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO. E a direção da CNTE, além de não ter unificado as greves nem construído jornada de luta alguma pela revogação do NEM desde o ano passado, chama a “pressionar” pela aprovação do projeto original do governo, sem as emendas do relator, Mendonça Filho, ex-ministro da Educação do governo Temer, responsável pela aprovação da reforma. Ou seja, ao não apostar no poder de mobilização da educação, a direção da CNTE, além de trair a nossa reivindicação, que é pela revogação, ainda deixa nas mãos desse Congresso conservador a solução de um problema que está arrebentando nossas condições de trabalho e ensino.
Some-se a nossa campanha
Nesse sentido, a necessário pressionar a direção da CNTE a romper com esse imobilismo, que blinda o governo e nos leva a mais derrotas. Apostamos que, com mobilização, como fizemos no Tsunami da Educação em 2019, é possível arrancar a revogação do NEM e o cumprimento do piso nacional pelos governadores e prefeitos. Esse é o espírito da campanha “Acorda, CNTE! Por um plano de lutas pelo #RevogaNem já!”. Mobilize a sua escola e some-se a essa campanha!

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