Voz da comunidade Palestina

Por Salah Ahmad, membro da comunidade Palestina no RJ.

O sionismo, que surgiu no final do século XIX como um movimento terrorista e nacionalista para estabelecer um estado judeu na Palestina, tem sido central para a política israelense desde a sua fundação em 1948. O sionismo não apenas promoveu a autodeterminação judaica, mas também resultou num extermínio de palestinos através da colonização violenta e ocupação de terras palestinas, um ato claramente ilegal sob o direito internacional.

A colonização sionista da Palestina tem sido acompanhada por uma brutal ocupação militar, caracterizada por violações sistemáticas dos direitos humanos, incluindo demolições de casas, detenções arbitrárias, restrições à liberdade de movimento e uso excessivo da força contra manifestantes pacíficos. Desde o início da ocupação, milhares de palestinos civis perderam suas vidas em ao tentar se defender seus direitos contra as forças israelenses. Afinal o foco do sionismo é matar exclusivamente de civis inocentes, mulheres e crianças principalmente, de modo a subjugar o povo palestino.

Apesar da repressão implacável, o povo palestino tem resistido corajosamente à ocupação e à colonização, contando com o apoio de pessoas e movimentos solidários em todo o mundo.

Para justificar seus atos terroristas, o governo israelense tem promovido uma intensa campanha de propaganda, distorcendo a realidade e demonizando os palestinos como “animais humanos”, “terroristas” ou “futuros terroristas”, esta última é direcionada às crianças. Essa propaganda busca encobrir os crimes cometidos por Israel e silenciar qualquer crítica legítima à sua política.

Desde o dia 7 de outubro, Israel tem conduzido ataques a Gaza , em retaliação a uma ação transfronteiriça do grupo Hamas que capturou colonos e soldados. Esses ataques resultaram na expulsão de 85% dos habitantes de Gaza, cerca de dois milhões de pessoas, de suas casas devido aos bombardeios. Resultando em 1,5 milhão de palestinos refugiados em Rafah e fome em massa. Enquanto isso os colonos israelenses tomaram para si a responsabilidade de impedir a entrada de ajuda humanitária, palestinos são obrigados à comer até ração de animais ou conviver com elevados preços dos poucos alimentos disponíveis.

O exército israelense invadiu o Hospital Nasser em Khan Yunis, Gaza, sob a alegação de que o movimento Hamas estava se escondendo lá. Autoridades de saúde relataram a expulsão de centenas de famílias e profissionais médicos, colocando vidas em risco. Organizações humanitárias criticaram a ação, descrevendo-a como uma escolha impossível para os palestinos: ficar e ser alvo ou fugir para uma paisagem apocalíptica. Testemunhas afirmam que Israel negou ordens de evacuação, mas vídeos mostram o contrário, destacando o risco para os pacientes em terapia intensiva diante da presença militar israelense. O cerco ao hospital foi acompanhado por ameaças via alto-falante “ saiam seus animais”, enquanto franco atiradores israelenses matavam qualquer um que saísse.

E para reforçar a ministra de Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, condenou os ataques israelenses em Rafah, no sul de Gaza, e os descreveu como prova do genocídio palestino, reiterando a denúncia de seu país ao Tribunal Internacional de Justiça. Ela criticou Israel por ignorar as instruções de Haia e os ataques a jornalistas, chamando-os de “atos criminosos”. A presidência sul-africana solicitou medidas cautelares à corte para evitar novas violações. O Tribunal Penal Internacional expressou preocupação com os relatos de ataques em Rafah e afirmou estar investigando a situação na Palestina.

Diante desses fatos, é inegável que o sionismo, ao promover a colonização e a ocupação da Palestina, constitui um crime contra a humanidade e uma violação flagrante do direito internacional. O número de mortes de palestinos civis desarmados e indefesos, é um lembrete sombrio das consequências devastadoras dessa política opressora. É fundamental que a comunidade internacional reconheça e condene essa realidade, e que se comprometa com a busca de uma solução justa e duradoura, baseada nos princípios da igualdade, justiça e autodeterminação para o povo palestino.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *